quinta-feira, 28 de abril de 2022

Charlotte Brontë

 


Charlotte Brontë (Thornton, 21 de Abril de 1816 — Haworth, 31 de Março de 1855) foi uma escritora e poetisa inglesa, a mais velha das três irmãs Brontë que chegaram à idade adulta e cujos romances são dos mais conhecidos da literatura inglesa. Nasceu em Thornton, oeste de Bradford, West Yorkshire, Reino Unido no dia 21 de abril de 1816. Escreveu o seu romance mais conhecido, Jane Eyre com o pseudônimo Currer Bell.

Este minimanuscrito data de 1830 e, como se percebe na imagem, foi escrito pelo romancista inglesa Charlotte Bronte, autora de Jane Eyre. Uma preciosidade adquirida por mais de 800 mil euros pelo Musée des Lettres et Manuscrits de Paris. São quatro mil palavras escritas em 19 páginas da Young Men’s Magazine, a última de uma série de três revistas escritas à mão por Bronte e pelo irmão, Branwell, durante a sua adolescência, e que incluíam artigos, histórias e cartas. Tudo em miniatura.

Fonte: Revista Caras /wikipedia

Fotos: Net

© Carlos Coelho

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Golden Route- África do Sul

A rota do mar

(Vista nocturna de Durban)

Denominado Golden Route, o percurso entre Durban e a Cidade do Cabo, na África do Sul, é um passeio a não perder, cuja diversidade cultural resulta da mistura entre as cidades modernas e o legado arquitectónico da colonização inglesa. Aqui, a força da Natureza revela-se em toda a sua exuberância, com o mar sempre como horizonte e os marinheiros portugueses como referência.

(Vista parcial de Simon's Town)

O centro de negócios de Durban, ponto de partida da Golden Route. Nas cidades, a arquitectura moderna mistura-se de forma elegante com a arquitectura tradicional colonialista, como o exemplo de um prédio antigo em Simon’s Town, na província do Cabo.

A escultura dedicada a todos os que deram a sua vida na procura de Preste João, na cidade de Port Elizabeth.

No percurso entre Durban e a Cidade do cabo, a vida animal é exuberante e, de acordo com a época, podem ver-se baleias e pinguins nas praias, bem como vestígios de navios naufragados.

Fonte: Revista Caras /Geo

Fotos: net

© Carlos Coelho


segunda-feira, 18 de abril de 2022

Eugène Boudin

 

Eugène Boudin

Nascido em Honfleur, na região francesa da Normandia, no seio de uma família de marinheiros, aos 11 anos Eugène Boudin já era grumete num barco onde o pai era comandante. Aos 21 anos, abre uma loja de molduras onde Millet corrige os seus primeiros desenhos. Em 1846, vende a sua parte do negócio para pagar a isenção do serviço militar e passa a dedicar-se à pintura. Em 50 faz a sua primeira exposição na Sociedade Amigos das Artes do Havre e este município concede-lhe uma bolsa de 3 anos em Paris, para onde parte no ano seguinte.

Patrocinado pelo barão Taylor, viaja pela Bélgica e França e estuda os marinhistas do séc. XVII. Regressa a Paris em 55 e conhece Monet, sobre quem exerce uma profunda influência. A partir de 1859 expõe com regularidade no Salon. Ganha a medalha de ouro da Exposição Universal de 1889 e recebe a Legião de Honra em 1892. Morre em Deauville, em 1898.


“Veneza. O cais Esclavons, a Alfândega e o Salute”. Óleo sobre tela (46x65cm) de 1895.


Precursor do Impressionismo, Eugène Boudin, a quem Carot chamava “rei dos céus”, pelo extraordinário tratamento plástico que dava aos seus céus e nuvens, tem agora uma retrospetiva no Museu Jacquemart-André. Mestre das atmosferas, recorria a uma fórmula iconográfica muito simples e eficaz, centrada na sobreposição de alinhamentos horizontais, planos de céu, de água, frisos de gente e areia da praia. Como escrevia Castagnary, em 1869, Boudin inventou um género de marinhas povoadas pelo mundo exótico da burguesia, no ócio estival, e que aqui nos parecem próximos, em confronto com a fluidez dos horizontes no mar.

Fonte: Revista Caras

Texto: Arte por Júlio Quaresma

Fotos: net

© Carlos Coelho

 

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Virginia Hall


Virginia Hall Goillot (Baltimore, 6 de abril de 1906 – Pikesville, 8 de julho de 1982)

Uma das espiãs mais perigosas da segunda guerra mundial.

A espiã aliada 'mais perigosa' da Segunda Guerra Mundial era uma mulher americana com uma perna de pau que ela chamava de Cuthbert.

Virginia Hall, também conhecida como a 'Dama manca', organizou operações de sabotagem e resgate em toda a França ocupada, abrindo caminho para a invasão aliada.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais nazistas estavam constantemente á caça de combatentes da resistência e os espiões aliados que os ajudavam. Mas havia um agente estrangeiro pelo qual o Terceiro Reich desprezava especialmente, uma mulher responsável por mais fugas de presos, missões de sabotagem e vazamentos de movimentos de tropas nazistas do que qualquer espião na França. Seu nome era Virginia Hall, mas os nazistas conheciam-na apenas como “a dama manca".

Virginia Hall, mancava devido um acidente de caça que exigiu a amputação da sua perna esquerda abaixo do joelho. No seu lugar havia uma desajeitada prótese de madeira de três quilos que ela carinhosamente apelidou de Cuthbert.

Hall foi criada em Baltimore, Maryland, por uma família rica e liberal que não colocou limites ao potencial de sua filha. Atlética, afiada e engraçada, ela foi eleita “a mais simpática da classe” no seu anuário do ensino médio. Ela começou os estudos universitários em Barnard e Radcliffe, mas terminou-os  em Paris e Viena, tornou-se fluente em francês, alemão e italiano, com um pouco de russo. Queria servir o seu país, mas ficou chocada ao receber uma carta de rejeição que dizia, “Não aceitamos mulheres".

Hall voltou a Paris como civil em 1940, às vésperas da invasão alemã. Ela conduziu ambulâncias para o exército francês e fugiu para a Inglaterra quando a França capitulou aos nazistas. Num pub de Londres, Hall estava a falar mal de Hitler,  quando uma estranha lhe entregou um cartão de visita e disse: “Se você está realmente interessada em parar Hitler, venha me ver”.

A mulher era ninguém menos que Vera Atkins, uma espiã britânica que se acredita ser a inspiração de Ian Fleming para Miss Moneypenny na série James Bond. Atkins, que recrutou agentes para o recém-criado Special Operations Executive (SOE) de Winston Churchill, ficou impressionado com o conhecimento em primeira mão de Hall do interior da França, sua fluência em vários idiomas e sua coragem imperturbável.

Em 1941, Hall tornou-se a primeira agente residente feminina da SOE na França, com um nome e documentos falsos, disfarçada como repórter americana do New York Post. Ela rapidamente provou ser excecionalmente habilidosa não apenas em transmitir informações por rádio sobre movimentos de tropas e postos militares alemães, mas também em recrutar uma rede de espiões leais da resistência no centro da França.

O que a espionagem dos anos 1940 carecia de sofisticação tecnológica, sobrava em criatividade. A BBC inseriria mensagens codificadas em seus noticiários noturnos de rádio. Hall mandava “notícias” para seu editor em Nova York, com missivas codificadas para seus chefes da SOE em Londres.

“Em Lyon, Hall colocava um vaso de gerânio em sua janela quando havia uma picape a ser feita”, diz Pearson, que conversou com alguns dos compatriotas idosos de Hall na França. “E a picape seria uma mensagem atrás de um tijolo solto em uma parede específica, ou poderia ser ir a um determinado café, e se houver uma mensagem, o barman lhe daria um copo com algo preso no fundo.”

Hall tornou-se tão notória para os líderes nazistas que a Gestapo a apelidou de “a mais perigosa de todas as espiãs aliadas”. Quando a Gestapo espalhou cartazes procurando a “senhora manca”, Hall fugiu do país da única maneira que pôde, uma cansativa caminhada de 80 quilômetros pelas montanhas dos Pireneus em direção ao sul da Espanha. Seus guias espanhóis primeiros se recusaram a levar uma mulher, muito menos uma amputada, mas ela os convenceu. O clima de novembro estava muito frio e sua prótese estava no limite.

Em uma casa segura nas montanhas, Hall ligou para seus superiores em Londres para informar que ela estava bem, mas que Cuthbert estava lhe causando problemas. A resposta séria da sede da SOE a surpreenderia, confundindo Cuthbert com um informante, eles disseram: “Se Cuthbert está lhe dando problemas, elimine-o”.

Mas Hall não terminou de lutar contra os nazistas. Como o OES britânico se recusou a mandá-la de volta à França por ser procurada, Hall se inscreveu no Escritório de Serviços Estratégicos dos EUA (OEditSS), um precursor da CIA.

Em 1944, meses antes da invasão do Dia D na Normandia, Hall embarcou em um navio torpedeiro britânico para a França, disfarçada como uma camponesa de 60 anos, cruzou o campo francês organizou missões de sabotagem contra o exército alemão. Em um relatório da OSS, a equipe de Hall foi creditada com o descarrilamento de trens de carga, explosão de quatro pontes, a morte de 150 alemães e captura de mais 500.

Após a guerra, Hall foi premiada com a Distinguished Service Cross, uma das maiores honras militares dos EUA por bravura em combate. Ela foi a única mulher a receber o prêmio durante a Segunda Guerra Mundial. De volta para casa, ela continuou a trabalhar para a CIA até se reformar obrigatóriamente aos 60 anos. Hall faleceu em 1982.

: De acordo com os comentários há um filme baseado na vida dela na Netflix chamado

" As Espiãs de Churchill" (a call to spy)

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Virginia_Hall

Texto: Wikipedia /Carlos Coelho

Fotos: net

© Carlos Coelho