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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Quimera

A morte de um ser fantástico

Quimera era uma criatura fantástica, metade leão, metade cabra, com cauda de víbora, que trazia aterrorizando o reino de Lícia.

Pela cabeça de leão cuspia fogo, como se fosse um dragão; com a agilidade da cabra escapava a quem a quisesse atingir; com o veneno da víbora matava quem se aproximasse. Para acabar com esta ameaça o rei Ióbates pediu a Belorofonte, príncipe de Argos, que destruísse Quimera. Para tal, Belorofonte precisava de montar Pégaso, o cavalo alado, o que conseguiu com uma rédea de ouro que lhe foi dada pela deusa Atena.

Voando pelos ares na sua nova montada, o príncipe atacou Quimera, enfiando pela boca de leão uma lança cuja ponta tinha colocado uma bola de chumbo. As chamas que saíam da boca do monstro derreteram o chumbo e queimaram as entranhas da Quimera que, desta forma, teve uma morte horrível.

Belorofonte foi aclamado herói. Recebeu a filha do rei em casamento e todas as pessoas comentavam a sua bravura. Aos poucos, a vaidade foi-se apossando da criatura, que começou a comparar-se aos deuses.

Resolveu então visitar o Olimpo. Trajou-se a rigor, montou pégaso e fê-lo subir para além das nuvens. Já estava perto da morada dos deuses quando Zeus resolveu castigar tanto orgulho e atrevimento. O senhor do Olimpo soltou um moscardo, o qual picou Pégaso debaixo da cauda. Com dor o cavalo escoiceou e deu pinotes até que Belorofonte escorregou da sela e precipitou-se no vazio, acabando por se esmagar no solo. Um simples moscardo tinha sido suficiente para por fim aquele a quem a vaidade levara a pensar que se podia igualar aos deuses.

Fonte: Revista Domingo Magazine

Texto/autor: Manuel Rosado

Foto da Net