segunda-feira, 20 de março de 2023

Dia Mundial sem Carne

Muitas pessoas estão a mudar para um regime à base de vegetais. No dia Mundial sem Carne 20 de Março

Vantagens de não comer carne!

Uma alimentação vegetariana contém, geralmente, menos gorduras e mais fibras dietéticas, prevenindo alguns tipos de cancro, doenças cardio- vasculares, pressão arterial alta e diabetes. Se pensa que uma dieta sem carne, ou mesmo lacticínios, pode não ser segura, desengane-se! Existem produtos que podem ser excelentes alternativas a este alimento…

Tofu

É uma espécie de queijo de soja que, apesar de ter pouco sabor, absorve os sabores de outros alimentos e condimentos durante a confecção. Pode ser utilizado em sobremesas doces, como pudins, e também em pratos mais elaborados, como assados e estufados. O tofu é um alimento, rico em cálcio, proteínas e isoflavonas.

Seitan

É um alimento rico em proteínas, semelhante á carne em aspecto firme, textura e sabor.

Gelatina Agar-Agar

Rica em sais minerais, é feita a partir de algas marinhas vermelhas e o sabor é neutro. Pode ser usada como substituto do ovo.

Salsichas e Hambúrgueres vegetarianos

São produtos feitos a partir de soja ou de seitan, podem conter misturas de algas ou cogumelos. Podem ser usadas para comer no pão ou consumir em refeições principais, servidas com um acompanhamento. São excelentes alternativas às salsichas ou hambúrgueres de carne. Não possuem colesterol nem gorduras saturadas.

Soja

É um dos alimentos mais completos e versáteis que traz muitos benefícios para a saúde. É rica em proteínas, possui isoflavonas e ácidos gordos insaturados q e que têm acção na prevenção de doenças crónico-degenerativas e cardiovasculares. Também é uma excelente fonte de minerais.

Fonte: Revista Maria

Texto/autor: Dr. Custódio César, nutricionista.

Fotos da net

domingo, 12 de março de 2023

Gengibre

 Gengibre – Poderosa raiz

Apesar do seu aspecto pouco apetitoso, o gengibre conquistou um espaço importante nas várias cozinhas orientais pelo seu sabor especial e inúmeras qualidades terapêuticas. O seu clube de apreciadores é extenso e não se admire se lhe disser que até a NASA se rendeu aos seus poderes curativos. Para ajudar os astronautas a controlar as náuseas e enjoos provocados pelas viagens com gravidade zero, esta raiz de odor cítrico e sabor picante tornou-se um aliado valioso com resultados surpreendentes. Mas as suas propriedades não se esgotam aqui. Aprecie as qualidades desta especiaria versátil que dá nome a um dos refrigerantes mais conhecidos do mundo: o ginger ale.

Bilhete de Identidade:

O nome oficial é Zinziber Officinale, mas é mais conhecido entre nós como gengibre. Existe há mais de três mil anos e é natural do Sudeste Asiático, embora o país exacto de origem seja uma incógnita. Adoptado no Ocidente pelos romanos atingiu o seu auge na Idade Média, altura e que o seu consumo se tornou tão comum como o da pimenta. O gengibre era apreciado não só pelo seu uso culinário, mas essencialmente pelas suas propriedades medicinais. Nessa época, tal era a popularidade desse alimento naturalmente rico em magnésio, cálcio, fósforo e potássio, que se atribuiu a sua origem misteriosa ao Jardim do Éden.

Fórmula Natural:

O gengibre ganhou reputação como poderoso antioxidante, anti-inflamatório e fungicida. Os benefícios da utilização desta especiaria não se resumem á prevenção das náuseas e enjoos e o seu uso é recomendado na convalescença de estados gripais, no controlo das dores menstruais, no auxílio da digestão e em dietas de emagrecimento. O gengibre é, também, frequentemente mencionado como um dos mais antigos afrodisíacos. Ao auxiliar a circulação sanguínea, aumenta e prolonga a função eréctil, para além de desempenhar um papel importante no combate da fadiga sexual. Esta é sem dúvida, mais uma excelente razão para o adicionar ao seu menu.

Livro de Receitas:

Pode consumir o gengibre fresco, moído, cristalizado, em conserva ou em pedaços de raiz secos. Quando é fresco pode ser ralado ou cortado em fatias finas e adicionado a sopas, molhos e doces para intensificar o seu sabor. Acredita-se ainda que o chá feito com gengibre fresco ralado tem um efeito anti-séptico e expectorante, qua ajuda no tratamento das gripes e constipações. Em pó pode ser acrescentado a bolos, doces, frutos secos e biscoitos. Deve ser consumido em pequenas quantidades, não excedendo as dez gramas por pessoa. Na hora de escolher o gengibre, procure o mais jovem e opte pelas raízes pequenas e menos enrugadas. As mais novas são consideradas as melhores e as que detêm um sabor mais delicado. Para o guardar basta envolve-lo num saco de papel e coloca-lo no frigorífico onde se conservará por algumas semanas. As sugestões estão dadas. Agora resta-lhe apenas experimentar esta raiz verdadeiramente multifacetada.

 

Fonte: Revista Saber Mais

Texto: Autor: Paula Nascimento

Fotos da Net

quarta-feira, 1 de março de 2023

A Universidade chegou a Portugal no dia 1 de Março de 1290

 Liberdade para estudar há 733 anos.

A universidade portuguesa é uma das mais antigas do mundo. Num documento com o selo de D. Dinis, datado de 1 de Março de 1290, o rei anuncia ter decidido ordenar a criação, em Lisboa, de um Estudo Geral – em honra de Deus, da Virgem maria e de S. Vicente (padroeiro da cidade) – com “cópia de doutores em todas as artes e robustecida com muitos privilégios”, garantindo ainda a protecção dos estudantes.

Cinco meses depois, a 9 de Agosto, o Papa Nicolau IV confirmou a fundação da Universidade pela bula De statu regni Portugaliae, lembrando que alguns prelados, abades de Cister, priores das Ordens de santo Agostinho e de S. Bento e reitores de algumas igrejas seculares tinham prometido pagar, das suas rendas o salário dos mestres. Na mesma bula, o Papa aprovava o ensino das “faculdades lícitas”, com excepção de Teologia (cujo estudo ficava reservada aos frades dominicanos e franciscanos; só mais tarde integrou a Universidade): artes (incluindo a Gramática, a Lógica e a Filosofia Natural, antepassada das ciências), Direito Canónico, Direito Cívil e Medicina.

A Universidade ficou instalada em Lisboa, perto de S. Vicente de Fora, onde ainda hoje fica a Rua das Escolas Gerais. Em 1308, D. Dinis decide transferir o Estudo Geral para Coimbra, atribuindo-lhe o Paço Real da Alcáçova. Ali se mantém até 1338 quando foi de novo transferida para Lisboa, mas por pouco tempo: em 1354 voltou a Coimbra, regressando à capital em1377, onde ficou quase dois séculos. Em 1537, já no reinado de D. João III, foi instalada definitivamente em Coimbra, dominada pela torre do sino que gerações de estudantes conheceram como “a cabra”.

Os primeiros estatutos da universidade, Magna charta privilegiorum, datam ainda do reinado de D. Dinis, em 1309. Em 1431, o Infante D. Henrique, então protector da Universidade, atribuiu novos estatutos, no mesmo ano em que fez uma doação de casas, em Lisboa, para instalar as aulas de Geometria, Astronomia, Aritmética e Música.

O título de protector passou a pertencer a rei a partir de D. Manuel I, que, em 1503, outorgou novos estatutos. Em 1513 foi criada a cátedra de Astrologia – que incluía o ensino de matemática e da Astronomia. Foi como professor dessas matérias que se distinguiu Pedro Nunes, já depois da transferência definitiva para Coimbra.

Em 1559, o cardeal D. Henrique, em nome de D. Sebastião, fundou a Universidade de Évora. Dirigida pelos jesuítas, foi extinta exactamente 200 anos depois, em 1759, quando o Marquês de Pombal expulsou de Portugal a Companhia de Jesus. Também em 1559 entraram em vigor novos estatutos em Coimbra, que viriam a ser alterados em 1591, por Filipe I.

Nos séculos XVII e XVIII, a Universidade entrou num período de decadência. Enquanto na europa se vivia a revolução científica das experiências e dos laboratórios Coimbra entrincheirava-se em defesa da Física aristotélica e repudiava as descobertas de Descartes e Newton. Luís António Verney, em O verdadeiro Método de Estudar, publicado em 1746, denunciava o atraso e dava o exemplo da Faculdade de Medicina, onde a anatomia humana era aprendida em carneiros. É tambémVerney quem, perante o panorama da educação em Portugal, desabafa: “É lástima que homens que passaram tantos anos nas escolas não saibam escrever uma carta!” A situação só mudou com a reforma radical da universidade imposta pelo Marquês de Pombal e pelo reitor-reformador D. Francisco de Lemas, em 1772.

Datam dessa altura o laboratório Químico, o Jardim Botânico, o gabinete de física e o Observatório Astronómico, que colocaram Coimbra na vanguarda da ciência experimental europeia. No século XIX a universidade afastou-se do espírito da reforma pombalina e voltou a fechar-se sobre si própria. Em 1911, a Républica acabou com o monopólio de Coimbra e criou as Universidades de Lisboa e do Porto.

(Universidade de Coimbra)

O Fundador D. Dinis

O primeiro Rei de Portugal que foi mais governante do que guerreiro – passou á História como “o Lavrador” -, D. Dinis (1261-1336), “nacionalizou” as ordens religiosas e salvou os templários portugueses ao criar a Ordem de Cristo. Desenvolveu a agricultura e prometeu o povoamento. Além de ter fundado a universidade, protegeu a cultura, tendo sido ele próprio poeta. Foi durante o seu reinado que os documentos oficiais passaram a ser escritos em português.

Fonte: Revista Notícias Sábado

Texto/autor: João Ferreira

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