sexta-feira, 12 de maio de 2023

Hieronymus Bosch

Jeroen van Aken, cujo pseudônimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch Hertogenbosch, c. 1450 — 9 de Agosto de 1516), foi um pintor e gravador brabantino dos séculos XV e XVI.

Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo.

Pintores alemães como Martin Schongauer, Matthias Grünewald e Albrecht Dürer influenciaram a obra de Bosch. Apesar de ter sido quase contemporâneo de Jan van Eyck, o seu estilo era completamente diferente.

Especula-se que a sua obra terá sido uma das fontes do movimento surrealista do século XX, que teve mestres como Max Ernst e Salvador Dalí.

Pieter Brueghel, o Velho foi influenciado pela arte de Bosch e produziu vários quadros num estilo semelhante.

Biografia

O seu nome verdadeiro era Jheronimus (ou Jeroen) van Aken. Ele assinou algumas das suas peças como Bosch (AFI /bɔs/), derivado da sua terra natal, Hertogenbosch. Na Espanha, é também conhecido como El Bosco. Sabe-se muito pouco sobre a sua vida. A não existência de documentos comprovativos de que o pintor tenha trabalhado fora de 's-Hertogenbosch levam a que se pense que Bosch tenha vivido sempre na sua cidade natal. Aí se terá iniciado nas lides da pintura na oficina do pai (ou de um tio), que também era pintor. Casou-se com Aleid van de Meervenne uma rica jovem que lhe permitiu se dedicar à pintura.

Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia, tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição. Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse, que surgiram perto do ano de 1500. Existem registros de que Filipe, o Belo, duque de Brabante, encomendou a Bosch em 1504 um altar que deveria representar o Juízo final, o Céu e o Inferno. A obra, atualmente perdida (sem unanimidade julga-se que um fragmento da obra corresponde a um painel em Munique), valeu ao pintor o reconhecimento e várias encomendas posteriores. Os primeiros críticos de Bosch conhecidos foram os espanhóis Filipe de Guevara e José de Sigüenza. Por outro lado, a grande abundância de pinturas de Bosch na Espanha é explicada pelo fato de Filipe II de Espanha (neto de Filipe, o Belo) ter colecionado avidamente as obras do pintor.

Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.

Pintura: A Morte e o Avarento, trabalho feito em 149

A história desenrola-se no interior de uma casa, na cena vemos o leito de morte de um avarento.

O moribundo está dividido entre o anjo, que lhe assiná-la um crucifixo, colocado numa janela no alto e da qual emana a luz, e um demônio que aparece por debaixo da cortina com um saco de dinheiro na mão. Parece que o diabo está a roubar o dinheiro e o enfermo está mais preocupado com este fato do que com a sua salvação; também pode ser que é ao contrário, que o demônio lhe está a oferecer esse dinheiro para comprar sua alma, e este tem dúvidas se aceita o dinheiro ou escolhe o crucifixo, isto é, a salvação.

Do lado esquerdo, através de uma porta semi-aberta, aparece a morte, representada como um esqueleto que se apresenta segurando um objeto.

Aos pés da cama está um idoso, com um rosário entre os dedos, que está repondo moedas dentro de um cofre cheio de animais monstruosos, enfim, a obra é notavelmente rica em detalhes, permitindo uma ampla reflexão sobre o tema abordado.

Fonte: Wikipédia, https://www.ebiografia.com/hieronymus/

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