A maior coleção de pedras preciosas do mundo.
Guardados desde o fim
da II Guerra Mundial no cofre de um banco, os objetos mais valiosos do Tesouro
de São Januário.
A riqueza oferecida durante séculos pelos devotos do santo, patrono de Nápoles, é de um valor incalculável. O tesouro é considerado a maior coleção de pedras preciosas do mundo e suplanta largamente outras coleções de referência, as joias do Czar da Rússia e da Coroa Britânica.
A outra estrela da
exposição é uma mitra de oito quilogramas, feita de ouro e prata, coberta com
mais de três mil diamantes, 164 rubis e cerca de duzentas esmeraldas. Para os
gemólogos, a mitra de São Januário é uma coleção impressionante de pedras
preciosas provenientes de minas colombianas.
Para os devotos, as
esmeraldas simbolizam a união de São Januário à eternidade, os rubis o sangue
do mártir e os diamantes a sua fé inabalável. A fé dos católicos em São
Januário leva-os a acreditar que o sangue do santo, guardado numa ampola de
vidro inserida num relicário de prata, se liquidifica duas vezes por ano, uma
das quais a 19 de setembro, data da sua morte. Os crentes defendem que numa
dessas ocasiões a liquefação do sangue impediu que o Monte Vesúvio entrasse em
erupção.
Há pinturas, documentos
e objetos litúrgicos, como crucifixos e cálices, e até candelabros de ouro e
prata, também eles adornados por pedras preciosas, num total de 70 peças.
Escusado será dizer
que o transporte deste tesouro entre Nápoles e Roma decorreu sobre fortes medidas
de segurança. Segundo Paolo Jorio "as peças foram distribuídas por vários
camiões blindados e sairam do museu do Tesouro de São Januário escoltadas pelos
carabinieri, enquanto a multidão aplaudia à medida que os veículos iam
passando".
Fonte: https://expresso.pt/cultura/
Texto: André de Atayde - Jornalista- 30 de Outubro 2013
Fotos: https://expresso.pt/cultura/
© Carlos Coelho
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