domingo, 26 de abril de 2020

Leptis Magna-Líbia


Leptis Magna – um pedaço de Roma na África
Leptis Magna é uma das mais bem preservadas ruínas romanas do Mediterrâneo. É considerada uma das maravilhas de África.


Léptis Magna (em púnico: Lpqy; em grego: Νεάπολις; transl.: Neápolis; em latim: Leptis Magna, Lectis Magna ou Lepcis Magna), também conhecida como Léptis Altera (Leptis Altera, "Outra Léptis", em referência à Léptis Parva) ou ainda Lebida ou Lebda.

Leptis Magna foi uma prospera cidade do Império Romano. Suas ruínas estão situadas em Al khums – Homs, Líbia, 130 quilômetros ao leste de Tripoli. Era uma das mais belas cidades do Império Romano devido a Septímio Severo, que a aumentou e embelezou, erigindo imponentes edifícios públicos, um porto, um mercado, armazéns, lojas e bairros residenciais.

Período Púnico

A cidade provavelmente foi fundada por colonos Fenícios em 1100 a.C., embora não tivesse a mesma importância que Cartago que se transformou em um poder principal no mar Mediterrâneo século IV a.C. Fez parte do estado de Cartago até a segunda guerra púnica. Em 146 a.C. foi anexada á república Romana.

Período Romano

Leptis Magna voltou a renascer durante o Período Romano, altura em que a cidade foi incorporada ao império no governo do imperador romano Tibério, como sendo uma parte da Província Romana de África.
Desde essa altura, passou a ser a 3ª cidade mais importante de África. Durante o reinado do Imperador Septímio Severo, atingiu o auge ao ser agraciada com um amplo programa de obras.

Teatro

Septímio Severo, originário de Leptis, favoreceu a sua cidade natal, patrocinando o seu engrandecimento em grande escala e em grande estilo.
Por volta do Séc. III, houve um declínio do comércio Romano, a importância de Leptis Magna também caiu, na metade do século IV, as principais partes da cidade tinham sido abandonadas.

Vândalos, Bizantinos e Árabes

Devido à anarquia militar, Leptis Magna e a maioria das cidades da Tripolitania estavam desprotegidas. Em 439 os Vândalos invadem o Império Romano fundando um reino no norte da áfrica, tendo Cartago como capital. Leptis Magna passou a fazer parte do Reino dos Vândalos.

Em 523 um grupo de incursores Berberes saqueiam a cidade. Em 534 o general bizantino Belisario reconquista Leptis Magna e destrói o Reino dos Vândalos. A cidade foi anexada ao Império Bizantino. Em 650 os árabes venceram os bizantinos e dominaram toda Tripolitania.

A morte e a destruição da cidade

A invasão árabe, que atinge velozmente o norte de África depois da derrota de Bizâncio frente aos Muçulmanos, vem apenas concluir um processo de declínio e de apagamento de uma grande e importante rede de grandes cidades.

Segundo informações da Enciclopédia Britânica, Leptis Magna entrou em decadência e, após a conquista árabe do Norte da África, no século 07 d.C., foi deixada ao abandono, não tendo sido habitada desde então. Isso garantiu a preservação não só dos edifícios romanos, mas também de indícios de outras civilizações que ocuparam a região, como os cartagineses e os númidas.

Com o seguir dos anos, Leptis passou a ser uma fonte de lucro. Parte dos mármores de Versalhes, foi retirada de Leptis. A partir dos anos 1920 passou a ser escavada sistematicamente.

Ruínas Romanas


Arco de Septimus Severus

Algumas estruturas merecem destaque, como o Arco de Septimus Severus, logo na entrada, construção com quatro entradas em arco.~


Termas de Adriano


Mercado


Fórum


Basílica

Há também as Termas de Adriano, que ainda conservam quase intactas as latrinas de mármore utilizadas em tempos imperiais; o mercado; o Fórum e a Basílica, que embora não tenham mais teto, ainda conservam as paredes e vários dos relevos e inscrições originais. Algumas colunas da Basílica têm entalhes detalhados retratando a vida do deus Dionísio e os doze trabalhos de Hércules.


Anfiteatro

O edifício mais impressionante, porém, é o anfiteatro, em ótimo estado de conservação.

Texto: Lucília Galha
Fontes: Agência de Notícias ANBA / Wikipédia / Fronteiras do Desconhecido
Fotos da Net
© Carlos Coelho