Os Ursos-pardos, que
antigamente habitavam toda a Europa, Norte de África, Ásia a norte dos
Himalaias e América do Norte, hoje só se encontram na Rússia, em regiões
montanhosas da Europa e em algumas regiões da américa do Norte. De corpo pesado
e robusto, pêlo castanho-escuro, cauda curta e patas fortes com cinco garras,
usadas para escavar o solo em busca de alimento ou de abrigo, para pescar, para
trepar e para defesa, os ursos-pardos têm uma cabeça larga com orelhas curtas e
arredondadas e o focinho comprido.
Os que vivem mais a
norte são os maiores e é no Outono que todos atingem o seu peso máximo graças
às reservas de gordura acumuladas, podendo os machos chegar aos 780 quilos. São
animais solitários, mas podem reunir-se onde haja muita comida. No inverno
recolhem-se em grutas forradas com vegetação seca, ficando num estado
letárgico, como se estivessem a dormir. Assim poupam energia e não sofrem com a
falta de alimento.
Sobrevivem graças às
reservas de gordura a cumuladas no Verão e no Outono. Em estado de letargia, o
urso não come, não bebe, não defeca nem urina, mas pode acordar para se
defender de predadores, como os lobos. Por isso os especialistas não falam em verdadeira
hibernação.
Os ursos-pardos
preferem os vegetais, mas a sua dieta é omnívora, incluindo herbáceas, frutos,
insectos, mel, truta e salmão, ovos e juvenis de aves, roedores, veados, renas
ou alces.
Os bebés ursos nascem sempre na toca onde as mães passam o Inverno,
de olhos fechados, sem pêlo e com cerca de meio quilo, mas crescem num instante
graças ao leite das mães ursas, que é espesso, viscoso e muito rico em gordura
e proteína. Mamam durante ano e meio e ficam com a mãe até aos três ou quatro
anos, aprendendo com ela as técnicas de sobrevivência como adultos solitários.
Fonte: Revista Terra do
Nunca
Texto: Jardim Zoológico
Fotos: Net
© Carlos Coelho