A última embriaguez de Átila
Átila, o sanguinário rei dos
hunos, que no século V espalhou por toda a Europa a morte e a destruição, não
morreu no campo de batalha nem por qualquer golpe do inimigo. Sucumbiu
simplesmente embriagado!
Tendo resolvido aumentar o número
das suas mulheres, entre as quais contava uma filha, caprichou em desposar uma
formosíssima rapariga chamada Ildico.
O acontecimento foi
assinalado por ruidosos festins, durante os quais o famoso rei bárbaro bebeu em
demasia. O vinho subiu-lhe á cabeça e quando recolheu com a noiva aos aposentos
deitou-se pesadamente de costas, vencido pelo álcool. Uma apoplexia vitimou-o
pouco depois.
Os seus oficiais foram
encontra-lo já sem vida e como a noiva chorava copiosamente junto ao corpo,
puseram-se a arrancar os próprios cabelos e a golpear profundamente o rosto,
dizendo que era com lágrimas de sangue que se devia chorar tão grande Rei.
As tropas formadas em volta
dos aposentos reais cantaram, em gritos de desespero, as proezas do Rei morto,
até que se preparou outro banquete em que de novo se comeu e bebeu
excessivamente.
O corpo de Átila foi
encerrado em três caixões, uns dentro dos outros, um de ferro, um de prata e o
terceiro de ouro, juntamente com algumas armas tomadas ao inimigo e vários
adornos.
O cadáver foi enterrado de noite, em segredo, o os escravos que abriram a sepultura foram degolados para que não pudessem revelar o local da inhumação.
Fonte: Livro Ler e Crer
-Setembro 1945
Texto/autor: Desconhecido
Foto da Net
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