Nome Comum: Pitão-da-Birmânia
Nome Científico:
Python bivittatus
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Pythonidae
Género: Python
Habitat Natural: Zonas
húmidas do Sudeste Asiático
Estatuto de conservação: Quase ameaçada (segundo a União Internacional
para a Conservação da Natureza). Está incluída no Apêndice II da CITES*.
Principais ameaças: Captura intensiva para o comércio ilegal de peles e para
consumo humano. É a espécie do género Python que existe em maior número sob
cuidados humanos.
Encontram-se em zonas
húmidas (vales de rios, florestas densas e ocasionalmente terrenas de
plantação), geralmente na proximidade da água. Na natureza, podes encontra-lo
na Índia, no Sri Lanka e no Sudeste Asiático (incluindo a Indonésia).
Podem medir até seis metros de comprimento, encontrando-se entre as maiores serpentes vivas. Os machos são mais estreitos e curtos do que as fêmeas. A pele apresenta um padrão de manchas quadrangulares, com uma linha dourada à volta, que se estendem ao longo do dorso e exibem escamas iridescentes. O albinismo apresentado por alguns indivíduos é uma característica recessiva que se manifesta pela ausência de melanina, o pigmento que dá cor escura à pele o aos olhos. A cauda é preênsil. Os Pitões têm dentição áglifa (dentes cónicos não-inoculadores de veneno). Conseguem engolir presas muito maiores do que a sua abertura bucal normal, pois os ossos dos maxilares estão unidos por ligamentos muito elásticos e podem mover-se independentemente. Além disso, têm língua bifurcada que serve, conjuntamente com o órgão de Jacobson, para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente.
Os boídeos têm, também,
fossetas termossensoriais, pequenos orifícios localizados entre as escamas
«labiais», que possuem membranas sensíveis ao calor; graças a estas fossetas
conseguem detectar, em plena escuridão, a localização das suas presas de
«sangue quente» (homeotérmicas).
Além disso, nos boídeos,
ambos os sexos possuem esporões cloacais, que são utilizados durante o
acasalamento (embora os dos machos sejam geralmente mais desenvolvidos).
São animais solitários e
mais activos ao crepúsculo ou durante a noite; passam a maior parte do dia ao
sol ou escondidos em refúgios subterrâneos.
Os Pitões são serpentes não
venenosas, que matam as presas por constrição: seguram-nas com as mandíbulas e
enrolam o seu corpo em torno destas, imobilizando-as e apertando-as até que
estas morram por asfixia. Alimentam-se de anfíbios, roedores, aves, répteis e
gado.
É uma espécie ovípara, ou
seja, que põe ovos. A época de acasalamento decorre de Novembro a Fevereiro, e
as posturas em Março ou Abril. Durante o período de incubação (60 a 80 dias), a
fêmea não se alimenta e enrola-se em torno da postura, conseguindo, através de contrações
e distensões musculares, aumentar ligeiramente a temperatura dos ovos, apesar
de ser um animal ectotérmico.
Cada postura é em média de
12 a 36 ovos (podendo chegar aos 100). Estas serpentes atingem a maturidade
sexual aos dois ou três anos.
A principal ameaça é a caça para o comércio das peles, e em menor grau para consumo humano. O número de indivíduos em cativeiro é elevado, sendo esta a espécie mais representada dentro do seu género (género Python), nestas condições.
Fonte: Jardim Zoológico
Texto: Carlos Coelho
Fotos da net
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