quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Pitão-da-Birmânia

 

Nome Comum: Pitão-da-Birmânia

Nome Científico: Python bivittatus

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Família: Pythonidae

Género: Python

Habitat Natural: Zonas húmidas do Sudeste Asiático

Estatuto de conservação:  Quase ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Está incluída no Apêndice II da CITES*. Principais ameaças: Captura intensiva para o comércio ilegal de peles e para consumo humano. É a espécie do género Python que existe em maior número sob cuidados humanos.

Encontram-se em zonas húmidas (vales de rios, florestas densas e ocasionalmente terrenas de plantação), geralmente na proximidade da água. Na natureza, podes encontra-lo na Índia, no Sri Lanka e no Sudeste Asiático (incluindo a Indonésia).

Podem medir até seis metros de comprimento, encontrando-se entre as maiores serpentes vivas. Os machos são mais estreitos e curtos do que as fêmeas. A pele apresenta um padrão de manchas quadrangulares, com uma linha dourada à volta, que se estendem ao longo do dorso e exibem escamas iridescentes. O albinismo apresentado por alguns indivíduos é uma característica recessiva que se manifesta pela ausência de melanina, o pigmento que dá cor escura à pele o aos olhos. A cauda é preênsil. Os Pitões têm dentição áglifa (dentes cónicos não-inoculadores de veneno). Conseguem engolir presas muito maiores do que a sua abertura bucal normal, pois os ossos dos maxilares estão unidos por ligamentos muito elásticos e podem mover-se independentemente. Além disso, têm língua bifurcada que serve, conjuntamente com o órgão de Jacobson, para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente.

Os boídeos têm, também, fossetas termossensoriais, pequenos orifícios localizados entre as escamas «labiais», que possuem membranas sensíveis ao calor; graças a estas fossetas conseguem detectar, em plena escuridão, a localização das suas presas de «sangue quente» (homeotérmicas).

Além disso, nos boídeos, ambos os sexos possuem esporões cloacais, que são utilizados durante o acasalamento (embora os dos machos sejam geralmente mais desenvolvidos).

São animais solitários e mais activos ao crepúsculo ou durante a noite; passam a maior parte do dia ao sol ou escondidos em refúgios subterrâneos.

Os Pitões são serpentes não venenosas, que matam as presas por constrição: seguram-nas com as mandíbulas e enrolam o seu corpo em torno destas, imobilizando-as e apertando-as até que estas morram por asfixia. Alimentam-se de anfíbios, roedores, aves, répteis e gado.

É uma espécie ovípara, ou seja, que põe ovos. A época de acasalamento decorre de Novembro a Fevereiro, e as posturas em Março ou Abril. Durante o período de incubação (60 a 80 dias), a fêmea não se alimenta e enrola-se em torno da postura, conseguindo, através de contrações e distensões musculares, aumentar ligeiramente a temperatura dos ovos, apesar de ser um animal ectotérmico.

Cada postura é em média de 12 a 36 ovos (podendo chegar aos 100). Estas serpentes atingem a maturidade sexual aos dois ou três anos.

A principal ameaça é a caça para o comércio das peles, e em menor grau para consumo humano. O número de indivíduos em cativeiro é elevado, sendo esta a espécie mais representada dentro do seu género (género Python), nestas condições.

Fonte: Jardim Zoológico

Texto: Carlos Coelho

Fotos da net

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