domingo, 18 de março de 2007

PontoG

 Existe ou não?

Um estudo britânico disse que o ponto G é fruto da imaginação e dos terapeutas. Quer saber o que dizem os nossos especialistas?

Não é novidade

A inexistência é quase unânime entre a comunidade médica/científica. O problema é ser descrito como uma Caixa de pandora entre as mulheres. De facto, certas mulheres podem ser mais sensíveis onde se diz existir o ponto G, outras são mais sensíveis quando estimuladas atrás das orelhas ou noutras partes do corpo. Não esquecemos que a nossa pele é um enorme ponto G. a explicação é do sexólogo clínico Fernando Mesquita, da Policlínica do Areeiro. “Não existe fisicamente, em termos psicológicos existe. Não é mensurável, ou localizável na realidade não existe”, diz Ana Calvinho, terapeuta sexual.

Boa-nova para os casais

“Muitos casais sentem-se frustrados pelas tentativas sucessivas em procurar algo como ‘verdade adquirida’, que, afinal, pode não existir. Pode ser uma boa notícia para os casais em geral e para as mulheres em particular. A procura de um suposto ‘botão’ para proporcionar prazer à mulher parece demasiado redutor e tira algo, que as mulheres, e as próprias relações íntimas, têm de fascinante: a sua complexidade e a necessidade de uma variedade de estímulos para tirar prazer sexual”, explica Fernando Mesquita. “As relações não vão deixar de ser prazeirosas.”

Então como chegar lá…

“A mulher possui o único órgão que serve unicamente para proporcionar prazer: o clitóris. Ao contrário do pénis no homem, que também serve para urinar, a mulher tem o clitóris como a função exclusiva de proporcionar prazer. A estimulação do clitóris é a amais utilizada pelas mulheres para atingir o orgasmo e muitas delas só com a estimulação directa do clitóris consegue ter orgasmos”, explica Fernando Mesquita. “Há dois tipos de orgasmo: o clitoriano e o vaginal. Cada um depende do tipo de estimulação sexual de cada mulher”, acrescenta Ana Calvinho.

Bom ou mau para elas?

“A negação de algo que acreditavam ter e potencializar a sexualidade pode desapontar algumas mulheres. Mas a mente é infinita em termos de imaginação. Podemos sempre recorrer a outro tipo de ideias e sustentar a nossa sexualidade noutra base. A sexualidade é um conjunto de factores que nos leva a acreditar que as coisas podem correr bem ou mal, com isto não quer dizer que as relações vão deixar de ser prazeirosas”, acredita Ana calvinho.

Fonte: Revista Nova Gente

Texto/Autor: Ana Jerónimo

Fotos da net

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