Existe ou não?
Um estudo britânico disse
que o ponto G é fruto da imaginação e dos terapeutas. Quer saber o que dizem os
nossos especialistas?
Não é novidade
A inexistência é quase
unânime entre a comunidade médica/científica. O problema é ser descrito como
uma Caixa de pandora entre as mulheres. De facto, certas mulheres podem ser
mais sensíveis onde se diz existir o ponto G, outras são mais sensíveis quando
estimuladas atrás das orelhas ou noutras partes do corpo. Não esquecemos que a
nossa pele é um enorme ponto G. a explicação é do sexólogo clínico Fernando
Mesquita, da Policlínica do Areeiro. “Não existe fisicamente, em termos
psicológicos existe. Não é mensurável, ou localizável na realidade não existe”,
diz Ana Calvinho, terapeuta sexual.
Boa-nova para os casais
“Muitos casais sentem-se
frustrados pelas tentativas sucessivas em procurar algo como ‘verdade adquirida’,
que, afinal, pode não existir. Pode ser uma boa notícia para os casais em geral
e para as mulheres em particular. A procura de um suposto ‘botão’ para
proporcionar prazer à mulher parece demasiado redutor e tira algo, que as
mulheres, e as próprias relações íntimas, têm de fascinante: a sua complexidade
e a necessidade de uma variedade de estímulos para tirar prazer sexual”,
explica Fernando Mesquita. “As relações não vão deixar de ser prazeirosas.”
Então como chegar lá…
“A mulher possui o único órgão
que serve unicamente para proporcionar prazer: o clitóris. Ao contrário do
pénis no homem, que também serve para urinar, a mulher tem o clitóris como a
função exclusiva de proporcionar prazer. A estimulação do clitóris é a amais
utilizada pelas mulheres para atingir o orgasmo e muitas delas só com a
estimulação directa do clitóris consegue ter orgasmos”, explica Fernando
Mesquita. “Há dois tipos de orgasmo: o clitoriano e o vaginal. Cada um depende
do tipo de estimulação sexual de cada mulher”, acrescenta Ana Calvinho.
Bom ou mau para elas?
“A negação de algo que
acreditavam ter e potencializar a sexualidade pode desapontar algumas mulheres.
Mas a mente é infinita em termos de imaginação. Podemos sempre recorrer a outro
tipo de ideias e sustentar a nossa sexualidade noutra base. A sexualidade é um
conjunto de factores que nos leva a acreditar que as coisas podem correr bem ou
mal, com isto não quer dizer que as relações vão deixar de ser prazeirosas”,
acredita Ana calvinho.
Fonte: Revista Nova Gente
Texto/Autor: Ana Jerónimo
Fotos da net
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