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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Casanova - Ladrão de Corações

Casanova, o sedutor, o alquimista, o cobridor incontinente, o violinista, o homem das mil mulheres…



Ao lado deste, o capitão Roby, D. Juan ou Porfírio Rubirosa são boatos de homem. Nenhum galanteador chegou aos calcanhares da fama (e proveito) de Giovanni Giacomo Casanova, cavaleiro de Seingalt, o aventureiro veneziano que incendiou de amores o século XVIII (1725-1795).




A reputação femeeira do artista – que também o foi, ultrapassou as fronteiras europeias e não houve país, por mais longínquo, que não reclamasse a sua passagem.
Atribui-se-lhe, amiúde, a paternidade de mais de três milhares de rebentos. Isto multiplicando em gerações daria em números redondos 300 mil herdeiros do seu afã cobridor. Porém a história do italiano esteve vai-não-vai para tomar outro rumo.
As evidências precoces de nato sedutor – antes de completar 14 anos já se engalfinhara, de uma maneira ou de outra, com todo o mulherio que mexesse na cidade de Veneza – obrigaram os pais a medidas drásticas. Sem ligar a ais nem uis de amantes em desespero de causa, que se perdia um bonito homem, que votá-lo aos altares seria um desperdício, fazerem orelhas moucas e enfiam o rapaz num seminário, na esperança de o senhor o devolver aos bons caminhos. Não contou a família que nas redondezas houvesse um mosteiro de novas donzelas…



Expulso do seminário por conduta indecorosa, experimenta um rol de ofícios. Para nomear alguns: amanuense, soldado do exército veneziano, espião, violinista, director de casas de jogos, tratador de fêmeas em desespero de causa, sapateiro, vendilhão e alquimista.
Ocupa-se entretanto da intriga palaciana, regendo-se pela cartilha d’’’O Príncipe’’
de Maquiavel, enquanto cita aos ouvidos das suas amantes as poesias hipnóticas de Ovídio. Decerto valendo-se das artes mágicas, corteja às três e sete de enfiada, entre elas uma vetusca, que ficará para a história como a Madame de Pompadour.

Esta, aliás, será a mais duradoura das suas investidas, que, por regra, não iam além das semanas. Podendo, contudo, repetir-se a proeza quando alguma donzela insistia com mais jeitinho, já que, por mais afadigado, o homem nunca descurou o ofício que lhe deu fama, nem fez, tão pouco por amansar as suas incontinências de líbido. Na corte de Luís XV, o monarca francês ícone de Iluminismo, Casanova ficará conhecido por “arranca-corações”, um título recuperado pelo escritor Boris Vian, que o perfila como o amante mais exímio de todos os tempos, dotado de membro infatigável, corpo comunicativo e doce palavra.




C@rlos@lmeida
Fonte:Revista Tv Mais
Texto: Tiago Salazar
Ilustração: Pedro Machado
(Fotos da Net)