As vantagens de comer fruta com
casca
Os produtos oriundos da
agricultura biológica estão na moda no mundo ocidental e em Portugal, embora
não ao ritmo de outros países europeus, há um crescente interesse por parte dos
consumidores. As frutas são um dos principais vectores desse crescimento, respeitando
a sazonalidade, não recorrendo a pesticidas, apresentando um sabor muito mais
intenso e agradável.
José Carlos Ferreira,
vice-presidente da Agrobio, adianta uma das principais vantagens para a saúde
do consumo de fruta biológica. “Na pêra, por exemplo, a casca tem 40 vezes mais
antioxidantes do que a polpa e quatro vezes mais vitamina C. Mas muitos
nutricionistas aconselham a comer a fruta descascada porque sabem que é na
casca que se concentram os pesticidas. Ora, na agricultura biológica isso não
acontece. Pode-se comer à vontade uma pêra com casca”. No entanto, apesar de
parecerem inquestionáveis as vantagens para a saúde e para o ambiente dos
produtos biológicos, os seus preços elevados, quando comparados com os
“convencionais”, são ainda um factor que inibe o consumo. O mesmo responsável
considera que essa diferença de preços tem vindo a atenuar-se e a tendência vai
nesse sentido. “À medida que aumentar o consumo, aumenta o número de produtores
e a sua oferta. Logo, os custos de produção e transporte vão ser menores”.
Aliás, já quase toda a grande distribuição os inclui e há mesmo “ilhas” de
certos produtores em hipers. Mas ele sublinha que os preços, dadas as
características da produção biológica, deverão ser sempre um pouco superiores.
“Temos também que pagar os custos de ter uma empresa que nos certifica. É o
princípio do pagador-poluidor, mas ao contrário”, diz.
Pêssego
– o inimigo do estômago
Um pêssego médio (100g) contém
33 calorias e vitaminas A, B1, B2, C e D, sendo uma excelente fonte de
potássio. Conhecido como laxativo e diurético, é muito bem tolerado pelo
estômago graças à sua acidez média. Também é aconselhado em casos de
reumatismo, obesidade, úlceras e afecções pulmonares. Se não estiver bem
maduro, guarde-o. À temperatura ambiente, numa só camada, mas atenção porque,
se estiver “tocado” deteriora-se rapidamente. Por isso, examine-o bem na hora
de comprar. Em boas condições, aguenta bem uns três ou quatro dias fora do
frigorífico. Pode também ser congelado, mas convém retirar o caroço.
Melancia
– para os rins e a sede
Uma talhada (200g) de melancia
contém 62 calorias, mais vitamina C, alguns carotenóides e potássio. É muito
aconselhada para os rins devido á sua acção depurativa e desintoxicante. Certos
autores salientam que o seu sumo limpa os tecidos e o sangue e também a
recomendam em caso de bronquite e catarros pulmonares. Muito refrescante, sabe
especialmente bem no verão, para matar a sede. Apesar de gostarmos dela fresca,
temos de ter cuidado porque temperaturas inferiores a 10ºC podem danificá-la,
mas entre os 13ºC e os 16ºC conserva-se por duas semanas. É facilmente
transformada em sumo e em gelados.
Figo
– o reconstituinte
Não tendo quase vitamina C, o
figo é rico em vitaminas do grupo B, bem como em ferro e cobre. Durante
séculos, recomendaram-no para a cura do cancro, mas parece certo ser
aconselhável para tonificar os pulmões, para casos de obstipação e para
libertar o sangue de impurezas. É há muito tempo visto como reconstituinte do
organismo, para recuperar a energia e vitalidade. Deve-se comprar figos já
maduros, porque contém um látex cáustico que só desaparece com a maturação
completa. Mas atenção porque são muito frágeis e rapidamente se deterioram fora
do frigorífico. Prestam-se a um sem número de utilizações culinárias.
Ameixa
– Laxativa e nutritiva
Uma ameixa média contém 20
calorias e é boa fonte de vitaminas A e C. Rica em açúcares naturais, apresenta
bons minerais como magnésio, cálcio, ferro, cobalto, manganésio, fósforo,
enxofre, potássio e sódio. É assim uma fruta extremamente nutritiva. São
conhecidas as suas propriedades laxativas, sobretudo quando consumida logo pela
manhã, em jejum, ao acordar. Mas também favorece a função dos rins e é
diurética, podendo ser benéfica para a tosse, artrite, reumatismo, gota e
intoxicações alimentares. Deve ser consumida bem madura, mas como é muito
perecível, é melhor guardá-la no frigorífico, onde poderá aguentar uma semana.
Melão
– sozinho e de manhã
Uma talhada de melão (100g) tem
24 calorias, sendo muito rico em caroteno (uma forma percursora da vitamina A)
e apresentando um importante teor de vitamina C. É das poucas frutas frescas
que não tem potássio, mas contém brómio e SOD (superóxido dismutase) que
desempenha um papel antioxidante na luta contra os radicais livres que provocam
o cancro. Laxativo e diurético, refrescante, é também bom para hepáticos. Ao
contrário do que muita gente faz, recomendam comê-lo sozinho, de preferência
logo de manhã. Tem de haver algum cuidado com o seu consumo excessivo, já que
pode ser indigesto. Aguanta bem uma semana no frigorífico ou em local fresco.
Pêra
– boa para quase tudo
Uma pêra média (150g) contém 60
calorias, sendo rica em vitaminas A, B e C, bem como em açúcar, apesar de
permitida a diabéticos, e em minerais alcalinos. Boa fonte de fibras, previne o
cancro de cólon e diminui o mau colesterol. São inúmeros os problemas de saúde
que ajuda a combater: hipertensão arterial, obstipação, reumatismo, artritismo,
gota, astenia, anemia, edema nos doentes cardíacos e renais e muitos mais.
Quando cozinhada, além de manter várias propriedades, ainda ganha outras,
podendo, por exemplo, ao ser cozida em pouca água, ser adequada a quem sofre de
enxaquecas. É das frutas que melhor se conservam no frio.
Fonte: Jornal Diário de
Notícias
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da Net
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