segunda-feira, 20 de março de 2023

Dia Mundial sem Carne

Muitas pessoas estão a mudar para um regime à base de vegetais. No dia Mundial sem Carne 20 de Março

Vantagens de não comer carne!

Uma alimentação vegetariana contém, geralmente, menos gorduras e mais fibras dietéticas, prevenindo alguns tipos de cancro, doenças cardio- vasculares, pressão arterial alta e diabetes. Se pensa que uma dieta sem carne, ou mesmo lacticínios, pode não ser segura, desengane-se! Existem produtos que podem ser excelentes alternativas a este alimento…

Tofu

É uma espécie de queijo de soja que, apesar de ter pouco sabor, absorve os sabores de outros alimentos e condimentos durante a confecção. Pode ser utilizado em sobremesas doces, como pudins, e também em pratos mais elaborados, como assados e estufados. O tofu é um alimento, rico em cálcio, proteínas e isoflavonas.

Seitan

É um alimento rico em proteínas, semelhante á carne em aspecto firme, textura e sabor.

Gelatina Agar-Agar

Rica em sais minerais, é feita a partir de algas marinhas vermelhas e o sabor é neutro. Pode ser usada como substituto do ovo.

Salsichas e Hambúrgueres vegetarianos

São produtos feitos a partir de soja ou de seitan, podem conter misturas de algas ou cogumelos. Podem ser usadas para comer no pão ou consumir em refeições principais, servidas com um acompanhamento. São excelentes alternativas às salsichas ou hambúrgueres de carne. Não possuem colesterol nem gorduras saturadas.

Soja

É um dos alimentos mais completos e versáteis que traz muitos benefícios para a saúde. É rica em proteínas, possui isoflavonas e ácidos gordos insaturados q e que têm acção na prevenção de doenças crónico-degenerativas e cardiovasculares. Também é uma excelente fonte de minerais.

Fonte: Revista Maria

Texto/autor: Dr. Custódio César, nutricionista.

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domingo, 12 de março de 2023

Gengibre

 Gengibre – Poderosa raiz

Apesar do seu aspecto pouco apetitoso, o gengibre conquistou um espaço importante nas várias cozinhas orientais pelo seu sabor especial e inúmeras qualidades terapêuticas. O seu clube de apreciadores é extenso e não se admire se lhe disser que até a NASA se rendeu aos seus poderes curativos. Para ajudar os astronautas a controlar as náuseas e enjoos provocados pelas viagens com gravidade zero, esta raiz de odor cítrico e sabor picante tornou-se um aliado valioso com resultados surpreendentes. Mas as suas propriedades não se esgotam aqui. Aprecie as qualidades desta especiaria versátil que dá nome a um dos refrigerantes mais conhecidos do mundo: o ginger ale.

Bilhete de Identidade:

O nome oficial é Zinziber Officinale, mas é mais conhecido entre nós como gengibre. Existe há mais de três mil anos e é natural do Sudeste Asiático, embora o país exacto de origem seja uma incógnita. Adoptado no Ocidente pelos romanos atingiu o seu auge na Idade Média, altura e que o seu consumo se tornou tão comum como o da pimenta. O gengibre era apreciado não só pelo seu uso culinário, mas essencialmente pelas suas propriedades medicinais. Nessa época, tal era a popularidade desse alimento naturalmente rico em magnésio, cálcio, fósforo e potássio, que se atribuiu a sua origem misteriosa ao Jardim do Éden.

Fórmula Natural:

O gengibre ganhou reputação como poderoso antioxidante, anti-inflamatório e fungicida. Os benefícios da utilização desta especiaria não se resumem á prevenção das náuseas e enjoos e o seu uso é recomendado na convalescença de estados gripais, no controlo das dores menstruais, no auxílio da digestão e em dietas de emagrecimento. O gengibre é, também, frequentemente mencionado como um dos mais antigos afrodisíacos. Ao auxiliar a circulação sanguínea, aumenta e prolonga a função eréctil, para além de desempenhar um papel importante no combate da fadiga sexual. Esta é sem dúvida, mais uma excelente razão para o adicionar ao seu menu.

Livro de Receitas:

Pode consumir o gengibre fresco, moído, cristalizado, em conserva ou em pedaços de raiz secos. Quando é fresco pode ser ralado ou cortado em fatias finas e adicionado a sopas, molhos e doces para intensificar o seu sabor. Acredita-se ainda que o chá feito com gengibre fresco ralado tem um efeito anti-séptico e expectorante, qua ajuda no tratamento das gripes e constipações. Em pó pode ser acrescentado a bolos, doces, frutos secos e biscoitos. Deve ser consumido em pequenas quantidades, não excedendo as dez gramas por pessoa. Na hora de escolher o gengibre, procure o mais jovem e opte pelas raízes pequenas e menos enrugadas. As mais novas são consideradas as melhores e as que detêm um sabor mais delicado. Para o guardar basta envolve-lo num saco de papel e coloca-lo no frigorífico onde se conservará por algumas semanas. As sugestões estão dadas. Agora resta-lhe apenas experimentar esta raiz verdadeiramente multifacetada.

 

Fonte: Revista Saber Mais

Texto: Autor: Paula Nascimento

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quarta-feira, 1 de março de 2023

A Universidade chegou a Portugal no dia 1 de Março de 1290

 Liberdade para estudar há 733 anos.

A universidade portuguesa é uma das mais antigas do mundo. Num documento com o selo de D. Dinis, datado de 1 de Março de 1290, o rei anuncia ter decidido ordenar a criação, em Lisboa, de um Estudo Geral – em honra de Deus, da Virgem maria e de S. Vicente (padroeiro da cidade) – com “cópia de doutores em todas as artes e robustecida com muitos privilégios”, garantindo ainda a protecção dos estudantes.

Cinco meses depois, a 9 de Agosto, o Papa Nicolau IV confirmou a fundação da Universidade pela bula De statu regni Portugaliae, lembrando que alguns prelados, abades de Cister, priores das Ordens de santo Agostinho e de S. Bento e reitores de algumas igrejas seculares tinham prometido pagar, das suas rendas o salário dos mestres. Na mesma bula, o Papa aprovava o ensino das “faculdades lícitas”, com excepção de Teologia (cujo estudo ficava reservada aos frades dominicanos e franciscanos; só mais tarde integrou a Universidade): artes (incluindo a Gramática, a Lógica e a Filosofia Natural, antepassada das ciências), Direito Canónico, Direito Cívil e Medicina.

A Universidade ficou instalada em Lisboa, perto de S. Vicente de Fora, onde ainda hoje fica a Rua das Escolas Gerais. Em 1308, D. Dinis decide transferir o Estudo Geral para Coimbra, atribuindo-lhe o Paço Real da Alcáçova. Ali se mantém até 1338 quando foi de novo transferida para Lisboa, mas por pouco tempo: em 1354 voltou a Coimbra, regressando à capital em1377, onde ficou quase dois séculos. Em 1537, já no reinado de D. João III, foi instalada definitivamente em Coimbra, dominada pela torre do sino que gerações de estudantes conheceram como “a cabra”.

Os primeiros estatutos da universidade, Magna charta privilegiorum, datam ainda do reinado de D. Dinis, em 1309. Em 1431, o Infante D. Henrique, então protector da Universidade, atribuiu novos estatutos, no mesmo ano em que fez uma doação de casas, em Lisboa, para instalar as aulas de Geometria, Astronomia, Aritmética e Música.

O título de protector passou a pertencer a rei a partir de D. Manuel I, que, em 1503, outorgou novos estatutos. Em 1513 foi criada a cátedra de Astrologia – que incluía o ensino de matemática e da Astronomia. Foi como professor dessas matérias que se distinguiu Pedro Nunes, já depois da transferência definitiva para Coimbra.

Em 1559, o cardeal D. Henrique, em nome de D. Sebastião, fundou a Universidade de Évora. Dirigida pelos jesuítas, foi extinta exactamente 200 anos depois, em 1759, quando o Marquês de Pombal expulsou de Portugal a Companhia de Jesus. Também em 1559 entraram em vigor novos estatutos em Coimbra, que viriam a ser alterados em 1591, por Filipe I.

Nos séculos XVII e XVIII, a Universidade entrou num período de decadência. Enquanto na europa se vivia a revolução científica das experiências e dos laboratórios Coimbra entrincheirava-se em defesa da Física aristotélica e repudiava as descobertas de Descartes e Newton. Luís António Verney, em O verdadeiro Método de Estudar, publicado em 1746, denunciava o atraso e dava o exemplo da Faculdade de Medicina, onde a anatomia humana era aprendida em carneiros. É tambémVerney quem, perante o panorama da educação em Portugal, desabafa: “É lástima que homens que passaram tantos anos nas escolas não saibam escrever uma carta!” A situação só mudou com a reforma radical da universidade imposta pelo Marquês de Pombal e pelo reitor-reformador D. Francisco de Lemas, em 1772.

Datam dessa altura o laboratório Químico, o Jardim Botânico, o gabinete de física e o Observatório Astronómico, que colocaram Coimbra na vanguarda da ciência experimental europeia. No século XIX a universidade afastou-se do espírito da reforma pombalina e voltou a fechar-se sobre si própria. Em 1911, a Républica acabou com o monopólio de Coimbra e criou as Universidades de Lisboa e do Porto.

(Universidade de Coimbra)

O Fundador D. Dinis

O primeiro Rei de Portugal que foi mais governante do que guerreiro – passou á História como “o Lavrador” -, D. Dinis (1261-1336), “nacionalizou” as ordens religiosas e salvou os templários portugueses ao criar a Ordem de Cristo. Desenvolveu a agricultura e prometeu o povoamento. Além de ter fundado a universidade, protegeu a cultura, tendo sido ele próprio poeta. Foi durante o seu reinado que os documentos oficiais passaram a ser escritos em português.

Fonte: Revista Notícias Sábado

Texto/autor: João Ferreira

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domingo, 12 de fevereiro de 2023

Wangari Maathai

Wangari Maathai (1940-2011)

Uma mulher e 40 milhões de árvores

Lutou pelo ambiente, democracia e direitos das mulheres. Foi a primeira africana a receber o Nobel da Paz.

Na manhã de 8 de Outubro de 2004, o embaixador do Quénia na Noruega telefonou a Wangari Maathai e pediu-lhe para ficar atenta a uma chamada que haveria de receber de Oslo, da parte de um alto representante do parlamento norueguês, a quem cabe o direito de atribuir anualmente o Prémio Nobel da Paz. A senhora Maathai iria transformar-se numa celebridade, vendo reconhecida a missão a que se propôs quando, ainda jovem, regressou ao Quénia depois de se ter doutorado numa universidade norte-americana.

A Academia Nobel nem sequer precisou de muitas palavras para explicar ao Mundo porque premiava aquela mulher queniana: “Wangari Maathai está na vanguarda do combate por um desenvolvimento ecológico que seja social, económico e culturalmente viável no Quénia e em África”.

Wangari Maathai nasceu numa aldeia do Quénia, os seus pais eram agricultores que puderam proporcionar-lhe uma educação. Excelente aluna, foi admitida na escola de uma missão católica, aprendeu a falar fluentemente inglês, converteu-se ao catolicismo e mudou o seu nome para Marie Joséphine.

Ao abrigo de um programa norte-americano de bolsas de estudo para estudantes africanos, doutorou-se em Biologia pela Universidade de Pittsburgh completou os seus estudos na Universidade de Munique. Quando regressou a casa, deixou o nome de Marie Joséphine para trás, reassumiu a sua identidade queniana, a par de lutas várias e com custos para o regime opressivo do seu país, lembrou-se de fundar, em 1977, uma organização a que chamou Movimento Green Belt. O seu projecto era promover a biodiversidade, criar emprego para as mulheres e responder aos efeitos nefastos e visíveis das alterações climáticas com a plantação massiva de árvores. O Movimento Green Belt foi assim responsável pela plantação de mais de 40 milhões de árvores no Quénia, na Tanzânia, no Uganda e no Lesoto.

Wangari Maathai foi também uma notável combatente contra a corrupção em África. Em 2006, entrevistada pela Antena1, em Nova Iorque, a senhora Maathai explicou o seu pensamento e a sua acção: “Os países ricos vão continuar a recusar ajuda aos pobres enquanto os governos dos países pobres não respeitarem compromissos nem evidenciarem transparência e eficiência na sua acção. E é contra isto que luto e lutarei”.

Com Obama, em 2006, quando ainda era um senador à procura de entrar na corrida presidencial, Barack Obama visitou o Quénia e, ao lado de Wangari Maathai, plantou uma árvore no Uhura Park, em Nairobi. Curiosamente, o pai de Obama beneficiou do mesmo programa de bolsas de estudo que permitiu a Maathai estudar nos Estados Unidos.

“Altruísta e determinada, a senhora Maathai foi uma campeã do combate pelo meio ambiente e do combate pela paz e pela prosperidade em África”.

Kofi Annan – ex-secretário-geral da ONU.

 

Texto: Autor: Leonor Pinhão

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

República Checa - Praga

 Praga


A Capital da Républica Checa foi fundada no século IX, nas margens do rio Moldava. A majestosa Praga é uma cidade histórica, considerada por muitos a capital cultural da Europa, daí que sejam cada vez mais aqueles que a procuram como destino turístico.

(Igreja gótica de Tyn)

A charmosa cidade velha está localizada na margem leste do rio e a elegante parte nova situa-se a sueste, datando a construção desta do século XIX.


(Camara Municipal do século XIV)

Praga que ocupa sete colinas nas margens do rio Moldava, no coração da Boémia, foi fundada no século IX, quando a família dos príncipes Premysl se estabeleceu em Vysehrad, um penhasco junto ao rio, ao sul da cidade moderna.


(Universidade de Carlos, Fundada em 1348)

A cidade velha, na margem leste do rio, conserva a igreja gótica de Tyn, a Câmara Municipal do século XIV, a Universidade de Carlos, fundada em 1348, e o gueto judaico do século X.




(Monumentos do Gueto Judaico em Praga)

A ligação entre a parte velha e a cidade menor é assegurada pela ponte, que também recebeu o nome do Imperador Carlos IV.


(Ponte Imperador Carlos IV)

A cidade nova construída no século XIX, tem como “ex-libris” a majestosa Praça de Venceslau. Visitar Praga é comungar da história do velho continente.


(Praça de Venceslau)

Nesta capital europeia não se pode ficar indiferente à arquitectura dos elegantes edifícios que povoam a cidade.

As igrejas católicas são um óptimo exemplo.



(Catedral de São Vito)

A Catedral de São Vito (em checo: Katedrála svatého Víta) é uma das principais construções da cidade de Praga e a maior igreja da República Checa.

Situada no Castelo de Praga e estando construída juntamente com o castelo, a construção da catedral no seu atual estilo gótico foi iniciada em 1344 e finalizou-se, depois de uma interrupção das obras no século XV, só em 1929. Destaca-se - entre outros - a grande Capela de São Venceslau do século XIV, compreendendo mais de 1.000 pedras semi-preciosas, a par de frescos de temas bíblicos.



(Bandeira da Républica Checa)

Texto: Autor: Revista Caras,Wikipédia.

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sábado, 24 de dezembro de 2022

Rudolph

A rena do nariz vermelho

Na tradição anglo-saxónica eram oito as renas que puxavam o trenó do Pai Natal: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder e Blitze.

Mais tarde, apareceu uma outra, com a particularidade de ter um nariz vermelho que brilha. Aconteceu em 1939, quando nasceu a rena Rudolph para um anúncio da Montgomery Ward Company.

Rudolph surgiu quando a cadeia de lojas Montgomey Ward Company, com sede em Chicago, pediu ao seu empregado Robert L. May para criar uma história de Natal para ser oferecida aos seus clientes. May aceitou o desafio e inspirou-se em “O patinho Feio”, mas também no seu próprio passado. Em criança fora muitas vezes insultado por ser pequeno, tímido e ter ar débil. Também Rudolph era rejeitado por ter uma anomalia física: o nariz vermelho que reluzia.

Antes de se decidir pelo nome de Rudolph, pensou em Rollo e Reginald, mas ambos foram rejeitados.

A história de Rudolph foi escrita em verso e “aprovada” pela filha de May, que se chamava Barbara e tinha 4 anos. Já o seu patrão teve dúvidas, sobretudo com o nariz vermelho, pois este podia ser associado á bebida e aos alcoólicos. Para resolver esse problema, May levou Denver Gillen, um amigo do departamento de arte da Montgomery Ward, ao Jardim zoológico Lincoln Park Zoo, para este fazer um esboço de Rudolph.

O desenho de Gillen colocou um ponto final na hesitação do patrão de May e a Montgomery Ward distribuiu 2,4 milhões de cópias da história de Rudolph, nesse Natal.

No pós-guerra, a procura da figura de Rudolph foi enorme. Mas os direitos de autor tinham ficado com a Montgomery Ward. Apenas em janeiro de 1947, já endividado com a doença da mulher, May convenceu os seus patrões a darem-lhe o direito da história que inventara.

“Rudolph The Red-Nosed Reindeer”, o livro, foi então posto á venda nas livrarias e no ano seguinte, virou peça de Teatro.

Canção Sucesso

O grande sucesso aconteceria, no entanto, quando o cunhado de May, Johnny Marls, compôs a letra e a música de “Rudolph the Red-Nosed Reindeer”, gravada por Gene Autry. Nesse ano vendeu dois milhões de cópias, tornando-se numa das músicas de Natal mais vendidas de todos os tempos. Refira-se por curiosidade que entre a história de May e a canção de Mark existem algumas diferenças. Nenhuma interferiu na popularidade que esta rena ainda hoje tem entre miúdos e graúdos.

Fonte: Revista Sábado

Texto: Autor: Desconhecido

Fotos da Net

domingo, 1 de maio de 2022

Tecelão - Philetairus socius

 

Um ninho de tecelão republicano gigante na Namíbia, possivelmente a estrutura mais espetacular que qualquer pássaro já construiu.  O tecelão republicano (Philetairus socius) é uma espécie de ave encontrada na África do Sul, Namíbia e Botswana.  Esta espécie constrói grandes ninhos comunitários compostos que se assemelham a cabanas com telhados de palha inclinados que retêm da chuva.  


Esses ninhos são as maiores e mais populosas casas na árvore do mundo e algumas têm uma tonelada ou mais de 1,80 m de largura.  Essas aves estão constantemente fazendo melhorias em suas casas, adicionando novas salas de nidificação e alguns ninhos estão em uso há mais de um século!

Fonte: Revista Caras /wikipedia

Fotos: Net

© Carlos Coelho

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Charlotte Brontë

 


Charlotte Brontë (Thornton, 21 de Abril de 1816 — Haworth, 31 de Março de 1855) foi uma escritora e poetisa inglesa, a mais velha das três irmãs Brontë que chegaram à idade adulta e cujos romances são dos mais conhecidos da literatura inglesa. Nasceu em Thornton, oeste de Bradford, West Yorkshire, Reino Unido no dia 21 de abril de 1816. Escreveu o seu romance mais conhecido, Jane Eyre com o pseudônimo Currer Bell.

Este minimanuscrito data de 1830 e, como se percebe na imagem, foi escrito pelo romancista inglesa Charlotte Bronte, autora de Jane Eyre. Uma preciosidade adquirida por mais de 800 mil euros pelo Musée des Lettres et Manuscrits de Paris. São quatro mil palavras escritas em 19 páginas da Young Men’s Magazine, a última de uma série de três revistas escritas à mão por Bronte e pelo irmão, Branwell, durante a sua adolescência, e que incluíam artigos, histórias e cartas. Tudo em miniatura.

Fonte: Revista Caras /wikipedia

Fotos: Net

© Carlos Coelho

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Golden Route- África do Sul

A rota do mar

(Vista nocturna de Durban)

Denominado Golden Route, o percurso entre Durban e a Cidade do Cabo, na África do Sul, é um passeio a não perder, cuja diversidade cultural resulta da mistura entre as cidades modernas e o legado arquitectónico da colonização inglesa. Aqui, a força da Natureza revela-se em toda a sua exuberância, com o mar sempre como horizonte e os marinheiros portugueses como referência.

(Vista parcial de Simon's Town)

O centro de negócios de Durban, ponto de partida da Golden Route. Nas cidades, a arquitectura moderna mistura-se de forma elegante com a arquitectura tradicional colonialista, como o exemplo de um prédio antigo em Simon’s Town, na província do Cabo.

A escultura dedicada a todos os que deram a sua vida na procura de Preste João, na cidade de Port Elizabeth.

No percurso entre Durban e a Cidade do cabo, a vida animal é exuberante e, de acordo com a época, podem ver-se baleias e pinguins nas praias, bem como vestígios de navios naufragados.

Fonte: Revista Caras /Geo

Fotos: net

© Carlos Coelho


segunda-feira, 18 de abril de 2022

Eugène Boudin

 

Eugène Boudin

Nascido em Honfleur, na região francesa da Normandia, no seio de uma família de marinheiros, aos 11 anos Eugène Boudin já era grumete num barco onde o pai era comandante. Aos 21 anos, abre uma loja de molduras onde Millet corrige os seus primeiros desenhos. Em 1846, vende a sua parte do negócio para pagar a isenção do serviço militar e passa a dedicar-se à pintura. Em 50 faz a sua primeira exposição na Sociedade Amigos das Artes do Havre e este município concede-lhe uma bolsa de 3 anos em Paris, para onde parte no ano seguinte.

Patrocinado pelo barão Taylor, viaja pela Bélgica e França e estuda os marinhistas do séc. XVII. Regressa a Paris em 55 e conhece Monet, sobre quem exerce uma profunda influência. A partir de 1859 expõe com regularidade no Salon. Ganha a medalha de ouro da Exposição Universal de 1889 e recebe a Legião de Honra em 1892. Morre em Deauville, em 1898.


“Veneza. O cais Esclavons, a Alfândega e o Salute”. Óleo sobre tela (46x65cm) de 1895.


Precursor do Impressionismo, Eugène Boudin, a quem Carot chamava “rei dos céus”, pelo extraordinário tratamento plástico que dava aos seus céus e nuvens, tem agora uma retrospetiva no Museu Jacquemart-André. Mestre das atmosferas, recorria a uma fórmula iconográfica muito simples e eficaz, centrada na sobreposição de alinhamentos horizontais, planos de céu, de água, frisos de gente e areia da praia. Como escrevia Castagnary, em 1869, Boudin inventou um género de marinhas povoadas pelo mundo exótico da burguesia, no ócio estival, e que aqui nos parecem próximos, em confronto com a fluidez dos horizontes no mar.

Fonte: Revista Caras

Texto: Arte por Júlio Quaresma

Fotos: net

© Carlos Coelho

 

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Virginia Hall


Virginia Hall Goillot (Baltimore, 6 de abril de 1906 – Pikesville, 8 de julho de 1982)

Uma das espiãs mais perigosas da segunda guerra mundial.

A espiã aliada 'mais perigosa' da Segunda Guerra Mundial era uma mulher americana com uma perna de pau que ela chamava de Cuthbert.

Virginia Hall, também conhecida como a 'Dama manca', organizou operações de sabotagem e resgate em toda a França ocupada, abrindo caminho para a invasão aliada.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais nazistas estavam constantemente á caça de combatentes da resistência e os espiões aliados que os ajudavam. Mas havia um agente estrangeiro pelo qual o Terceiro Reich desprezava especialmente, uma mulher responsável por mais fugas de presos, missões de sabotagem e vazamentos de movimentos de tropas nazistas do que qualquer espião na França. Seu nome era Virginia Hall, mas os nazistas conheciam-na apenas como “a dama manca".

Virginia Hall, mancava devido um acidente de caça que exigiu a amputação da sua perna esquerda abaixo do joelho. No seu lugar havia uma desajeitada prótese de madeira de três quilos que ela carinhosamente apelidou de Cuthbert.

Hall foi criada em Baltimore, Maryland, por uma família rica e liberal que não colocou limites ao potencial de sua filha. Atlética, afiada e engraçada, ela foi eleita “a mais simpática da classe” no seu anuário do ensino médio. Ela começou os estudos universitários em Barnard e Radcliffe, mas terminou-os  em Paris e Viena, tornou-se fluente em francês, alemão e italiano, com um pouco de russo. Queria servir o seu país, mas ficou chocada ao receber uma carta de rejeição que dizia, “Não aceitamos mulheres".

Hall voltou a Paris como civil em 1940, às vésperas da invasão alemã. Ela conduziu ambulâncias para o exército francês e fugiu para a Inglaterra quando a França capitulou aos nazistas. Num pub de Londres, Hall estava a falar mal de Hitler,  quando uma estranha lhe entregou um cartão de visita e disse: “Se você está realmente interessada em parar Hitler, venha me ver”.

A mulher era ninguém menos que Vera Atkins, uma espiã britânica que se acredita ser a inspiração de Ian Fleming para Miss Moneypenny na série James Bond. Atkins, que recrutou agentes para o recém-criado Special Operations Executive (SOE) de Winston Churchill, ficou impressionado com o conhecimento em primeira mão de Hall do interior da França, sua fluência em vários idiomas e sua coragem imperturbável.

Em 1941, Hall tornou-se a primeira agente residente feminina da SOE na França, com um nome e documentos falsos, disfarçada como repórter americana do New York Post. Ela rapidamente provou ser excecionalmente habilidosa não apenas em transmitir informações por rádio sobre movimentos de tropas e postos militares alemães, mas também em recrutar uma rede de espiões leais da resistência no centro da França.

O que a espionagem dos anos 1940 carecia de sofisticação tecnológica, sobrava em criatividade. A BBC inseriria mensagens codificadas em seus noticiários noturnos de rádio. Hall mandava “notícias” para seu editor em Nova York, com missivas codificadas para seus chefes da SOE em Londres.

“Em Lyon, Hall colocava um vaso de gerânio em sua janela quando havia uma picape a ser feita”, diz Pearson, que conversou com alguns dos compatriotas idosos de Hall na França. “E a picape seria uma mensagem atrás de um tijolo solto em uma parede específica, ou poderia ser ir a um determinado café, e se houver uma mensagem, o barman lhe daria um copo com algo preso no fundo.”

Hall tornou-se tão notória para os líderes nazistas que a Gestapo a apelidou de “a mais perigosa de todas as espiãs aliadas”. Quando a Gestapo espalhou cartazes procurando a “senhora manca”, Hall fugiu do país da única maneira que pôde, uma cansativa caminhada de 80 quilômetros pelas montanhas dos Pireneus em direção ao sul da Espanha. Seus guias espanhóis primeiros se recusaram a levar uma mulher, muito menos uma amputada, mas ela os convenceu. O clima de novembro estava muito frio e sua prótese estava no limite.

Em uma casa segura nas montanhas, Hall ligou para seus superiores em Londres para informar que ela estava bem, mas que Cuthbert estava lhe causando problemas. A resposta séria da sede da SOE a surpreenderia, confundindo Cuthbert com um informante, eles disseram: “Se Cuthbert está lhe dando problemas, elimine-o”.

Mas Hall não terminou de lutar contra os nazistas. Como o OES britânico se recusou a mandá-la de volta à França por ser procurada, Hall se inscreveu no Escritório de Serviços Estratégicos dos EUA (OEditSS), um precursor da CIA.

Em 1944, meses antes da invasão do Dia D na Normandia, Hall embarcou em um navio torpedeiro britânico para a França, disfarçada como uma camponesa de 60 anos, cruzou o campo francês organizou missões de sabotagem contra o exército alemão. Em um relatório da OSS, a equipe de Hall foi creditada com o descarrilamento de trens de carga, explosão de quatro pontes, a morte de 150 alemães e captura de mais 500.

Após a guerra, Hall foi premiada com a Distinguished Service Cross, uma das maiores honras militares dos EUA por bravura em combate. Ela foi a única mulher a receber o prêmio durante a Segunda Guerra Mundial. De volta para casa, ela continuou a trabalhar para a CIA até se reformar obrigatóriamente aos 60 anos. Hall faleceu em 1982.

: De acordo com os comentários há um filme baseado na vida dela na Netflix chamado

" As Espiãs de Churchill" (a call to spy)

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Virginia_Hall

Texto: Wikipedia /Carlos Coelho

Fotos: net

© Carlos Coelho

segunda-feira, 14 de março de 2022

Chover no molhado

“Repetimos e habituamo-nos ao gesto, à ideia, à palavra, acabando por nos sentirmos confortáveis com a previsibilidade do que nos espera, com a segurança que o controlar tudo, mesmo que o tudo seja infinitamente pouco, acarreta.”

Já se sabe que viver em sociedade é uma canseira. Que estamos sempre a começar de novo, a fazer os mesmos gestos, a repetir, como se tivesse graça, ou fosse engraçado, uns tantos chavões, umas tantas frases batidas, as queixas do costume e, já agora, porque não, a esperança idiota a que nos agarramos para sobreviver, os pequenos e grandes afectos que vamos sentindo e querendo sentir, no reconhecimento da dificuldade da estranheza e também do privilégio da existência.

Devemos quase todos ter vocação para chatos. De certeza. Deve ser daí que vem esta curiosa tendência para nos agarrarmos com unhas e dentes a umas tantas pessoas. Para demarcar um território que alindamos, em que nos refugiamos e a que chamamos nosso.

Para conseguir, entrar ano e sair ano, estamos horas em filas várias, esperando, esperando sempre. Para achar que é mesmo assim toda a gama de injustiças e bizarrias com que nos cruzamos, ou que vemos de longe entre a preguiça, a tentativa de indiferença e a mágoa fininha e entranhada.

Repetimos automaticamente tantos gestos que já nem é inquietante ligar o telefone duas vezes seguidas para a mesma pessoa e perguntar a mesma coisa ou lavar uma e outra vez os dentes em caso de dúvida. Repetimos e habituamo-nos ao gesto, à ideia, à palavra, acabando por nos sentir confortáveis com a previsibilidade do que nos espera, com a segurança que o controlar tudo, seja infinitamente pouco, acarreta.

De vez em quando, olhamos para trás e reparamos que passou muito tempo e estamos exactamente no mesmo sítio, com o mesmo discurso, as mesmas dificuldades, pessoas, medos e anseios. Ou, então, invade-nos a sensação de déjà-vu, descolamos de nós e penetramos num registo sensorial em que todas as impressões e imagens se repetem ou se rememoram.

Sempre as mesmas. Às vezes, só às vezes, afligimo-nos seriamente com aquilo a que chamamos rotina, com a estranha compulsão que nos conduz inexoravelmente a transformar novidades em hábitos, surpresas em expectativas, pessoas bonitas em homens invisíveis, momentos felizes em direitos adquiridos.

Às vezes, muito às vezes, damos conta que o tempo de que dispomos é limitado, que os seres que amamos não são eternos na disponibilidade e na presença, que os nossos pretensos adquiridos de desgastam e degradam como, alias, é suposto.

Por excepção, em momentos únicos e breves, damos conta que a chuva tem mesmo de cair no molhado e aproveitamos uma velha metáfora para significar outro dia .

Fonte: Revista Caras /Psicologia

Texto: Por Isabel Leal / Professora de Psicologia Clínica no ISPA

Fotos: Net

© Carlos Coelho