domingo, 26 de maio de 2013

Palácio Nacional da Pena

Símbolo da arquitectura romântica nacional


Residência real de veraneio, o Palácio Nacional da Pena constitui uma das expressões máximas do romantismo aplicado ao património edificado no século XIX em Portugal.

A cerca de 30 quilómetros de Lisboa, no cimo da serra de Sintra, ergue-se, em majestade, o símbolo maior da arquitectura romântica nacional, o Palácio Nacional da Pena.


Residência real de veraneio, este paço acastelado foi mandado construir por D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885) com quem a nossa rainha D. Maria II (1819-1853) contraiu matrimónio a 9 de Abril de 1836, na Sé de Lisboa.
Na construção do Palácio foram aproveitadas as ruínas de um pequeno convento já existente neste local, mandado edifica no século XVI pelo Rei D. Manuel I, em comemoração da segunda viagem do navegador Vasco da Gama à India.
O pequeno convento Jerónimo de Nossa Senhora da Pena estava, no momento em que foi adquirido pelo rei-consorte em 1838, em avançado estado de ruína na sequência do terramoto que arrasou Lisboa em 1755 e da extinção das ordens religiosas, decretada em 1834.

O projecto inicial consistia na recuperação do antigo convento, mas a pequenez das instalações para os fins em vista levou o mecenas à ampliação da construção com um conjunto de novas construções a que se chamou o Palácio Novo. Este projecto de maior envergadura, que corresponde á parte do edifício de tonalidade amarela e revestido a azulejos, teve a colaboração do barão Von Eschwege, engenheiro de minas alemão que se encontrava entre nós.


O gosto romântico do rei-artista (como D. Fernando II ficou conhecido entre nós) aliado a uma versatilidade de interesses como as artes decorativas, a pintura, a escultura e o seu grande entusiasmo pelos espaços verdes levou á criação de um magnífico jardim romântico, sendo o parque da Pena um exemplo acabado do paisagismo pitoresco tão ao gosto da época plantado uma invulgar colecção de plantas e árvores que são hoje ex-libris do verde sintrense.


O Palácio Nacional da Pena constitui um exemplo de tendências arquitectónicas e decorativas ímpares do período romântico e da riquíssima personalidade de D. Fernando II. A estrutura arquitectónica de características únicas explorando o ideário nacional, o eclectismo e o exotismo oriental e islâmico criaram o programa romântico de todo o conjunto constituindo-se, espaço verde e espaço edificado, como “obra de arte total”.


Uma estrutura arquitectónica de características únicas emolduradas pela beleza da Serra de Sintra.

Fonte: Jornal Diário de Notícias
22 de Janeiro de 2006
Texto: José Manuel Carneiro / Ippar


Depoimento

Um bálsamo para os espíritos mais exigentes
É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro Jardim de Klingsor – e, lá no alto, está o Castelo do Santo Graal.
Richard Strauss, referindo-se ao Palácio da Pena
Qualquer caminho que conduza o visitante a Sintra encontrará como marco de referência o Palácio da Pena, bem no alto da Serra de Sintra. Venhamos nós das praias, nesses dias únicos de fogosos entardeceres, ou do pouco romântico IC19, que entroncava algures na mítica Estrada de Sintra, o certo é adoçarmos o olhar quando entrevemos o Castelo da Pena.
A Pena é um lugar mágico a que não se escapa. Consta já desde o século XII que aquele era um local de devoção cristã por ter sido testemunhada a aparição de Nossa Senhora sobre uma penha. Mas será só com D. Manuel que o mosteiro da Pena viverá uma ampliação, permitindo receber, condignamente, a Ordem dos frades Jerónimos. Com o passar dos séculos começará a sua lenta degradação que culminará com a extinção das ordens religiosas em 1834.
Mas, tal como num conto de fadas de “era uma vez”, surge D. Fernando II que , em 1838, arremata em hasta pública por 700 mil réis o Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, ressalvando o Diário do Governo que a compra se fazia “ com expressa cláusula de ficar o arrematante obrigado a cuidar da sua boa conservação(…), visto ser um monumento nacional, e conter uma Igreja um retábulo de primorosa escultura”.
D. Fernando apaixonou-se por Sintra e, após a morte de D. Maria II, casou, anos mais tarde, com a cantora lírica Elisa Hensler, a condessa d’Edla. E será a cumplicidade do casal que irá permitir o fabuloso nascimento do Palácio e Parque da Pena.
Convido-vos a visitar ambos, porque é ainda perceptível o desvelo aplicado na reabilitação do Palácio, bem como a exuberância patente nas múltiplas espécies arbóreas existentes no Parque.
Não posso nem quero terminar este meu singelo depoimento sem uma palavra de homenagem à direcção do Ippar e em particular ao Director do Palácio da Pena, que desde há alguns anos mantém uma perfeita ambiance, aguardando, em qualquer momento, a chegada do rei, para jantar…
Sem saudosismos do passado mas sabendo recriar a História, a Pena foi, e será um bálsamo para os espíritos mais exigentes. Para os restantes, comuns mortais, resta-nos o anseio do Poeta de uma outra Serra:
“Pelo sonho é que vamos!”
Fonte: Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Dr. Fernando Seara
Por: CarlosCoelho

Nerum Oleander

É também conhecida por loendro, aloendro, Loureiro-Rosa cevadilha, espirradeira ou nério. Todas as partes desta planta são venenosas, especialmente a seiva. Há que usar sempre luvas para se cuidar dela.
 
Cuidados
Estas plantas gostam de luz forte e sol directo todo o ano. Os nérios de interior dão-se bem em temperaturas ambientes normais. No inverno, um mínimo de 7º C torna-se bastante adequado. O truque é manter ao mesmo tempo esta baixa temperatura e o máximo possível de luz directa do sol. Contudo, não gostam de temperaturas acima dos 21º C. durante a Primavera e o Verão precisam de água apenas suficiente para humedecer a terra. Aplique um adubo líquido vulgar de 15 em 15 dias.
 
Propagação
Corte as estacas de ponta abaixo de um nó, arranque as três folhas inferiores e introduza as estacas a uma profundidade de 4 – 5 cm, numa mistura humedecida composta por partes iguais de turfa e areia. Exponha as estacas a uma temperatura ambiente normal e sol directo velado e regue apenas o indispensável para manter a mistura um pouco humedecida. As estacas podem também enraizar em água. Quando as raízes medirem 3 cm de comprimento, mude as novas plantas para uma mistura de envasar recomendada.
 
Pragas e doenças
Podem aparecer ácaros vermelhos, cochinilha- algodão, cochinilha –lapa e podem ocorrer secreções dos insectos. Os ácaros devem procurar-se na parte inferior das folhas. Espalham-se com muita rapidez e provocam imensos estragos. Remova e destrua as partes afectadas da planta e depois regue-a com derris. A melhor forma de eliminar as cochinilhas é manter  a planta sempre limpa. Existem também insectos sugadores de seiva que produzem uma secreção viscosa. Limpe-as com água e sabão.
Fonte: Revista Correio Mulher
CarlosCoelho

domingo, 19 de maio de 2013

Salvador Dalí


Uma das personagens mais polémicas do século XX, salvador dali nasceu em 1904 em Figueras , na Catalunha. Objecto do desejo de García Lorca, que conheceu em Madrid aos 17 anos, quando estudava na Escola de Belas-Artes, nunca assumiu uma possível homossexualidade, sendo o mais irreverente promotor da sua própria obra. Em 1929 casa com Gala, uma mulher russa, recentemente divorciada do poeta surrealista Paul Eluard. Em meados dos anos 40 emigra para Nova Iorque, tornando-se mundialmente conhecido, o que levou André Breton, “papa” do movimento surrealista, a cognominá-lo de “Avidadollares”. Morreu em 1989, numa pequena aldeia de pescadores na costa perto de Figueras, onde se encontra um museu dedicado à sua obra.
 

O Museu Nacional Reina Sofia abre a sua nova ala, com desenho do arquitecto francês Jean Nouvel, com duas exposições emblemáticas, uma de Roy Lichenstein e outra de Dalí, dedicada sobretudo à sua participação no cinema e produção de objectos da cultura de massas, como a publicidade e a moda. A obra do pintor catalão estruturou-se sempre na dinâmica dos sonhos, num universo em que a realidade é encarada e os seus fantasmas mais perturbadores são projectados em cenários oníricos. Profundamente ligado à estética cinematográfica, a relação de Dalí com a Sétima Arte começou cedo, com a sua participação, em 1928, no filme Un Chien Andaluz, da autoria de Luis Buñuel, tendo ele mesmo realizado, um ano depois, L’Age d’Or. Nesta exposição explora-se não só a sua colaboração com Hitchcok, mas também a sua passagem pelos palcos teatrais, as suas incursões no mundo do desenho têxtil e a moda e umas particulares intervenções na publicidade nos pós-guerra, confirmando-se que, mais uma vez, não é possível dar forma plástica às teorias freudianas de Dalí,  figura cimeira das artes plásticas de Espanha.

Fonte: Revista Caras nº 470
CarlosCoelho

sábado, 18 de maio de 2013

Indigo Bay Bazaruto - Moçambique

O Paraíso na terra


O Indigo Bay Island Resort está em harmonia com a paisagem da ilha. Um paraíso dentro de outro, no arquipélago de Bazaruto, em Moçambique, onde ver só não chega, é preciso sentir. Para viver o lado luxuoso de África.


 
É mais uma pérola do continente africano. Indigo Bay fica na ilha de Bazaruto, em Moçambique. Os diferentes ecossistemas do arquipélago fazem com que exista uma grande variedade de interesses, como as praias de areia branca, os recifes que abrigam golfinhos e lagostas gigantes, as águas pouco profundas e límpidas como cristal. A Fauna e a flora abundam no local, tornando-o um dos últimos paraísos na terra. Em Contraste com as praias, a faixa oriental é composta por enormes dunas de areia.
 


 

Fonte: Revista Lux 
Fotos da net

sexta-feira, 17 de maio de 2013

As mansões dos famosos - 5

Um Palácio para o Rapper P. Diddy

Oito quartos, seis garagens, uma piscina com queda de água e SPA, uma sala de cinema, court de ténis e campo de basquetebol, uma adega e um aquário gigante. Fica em Alpine, New Jersey, e é de um dos cantores mais ricos do Planeta.

 
Já se fez chamar Puffy, Puff Daddy e P. Diddy, mas o seu nome verdadeiro é Sean Combs. Este rapper, já namorou com Jennifer Lopez, comprou esta mansão que lhe custou nove milhões de Euros ao empresário Mark Arzzoomanian. A casa fica em Alpine, New Jersey, no meio de nada, mas tem tudo lá dentro: piscina, Spa, sala de cinema, court de ténis e campo de basquetebol, adega e muitos quartos. E porque para P. Diddy tudo é uma festa acreditamos que este será mais um espaço para reunir os amigos – e são muitos, desde estrelas de cinema a músicos com cadastro. Este self-made-man, recorde-se, ganhou muito dinheiro nos anos 90, usando material de outros artistas e adicionando o seu rap. Agora, tem a sua produtora, corre maratonas por solidariedade, tem a sua marca de roupa e até protagonizou um musical na Broadway.

Fonte: Revista Nova Gente nº1457
Fotos: Polaris/Cityfiles
Arquivo Impala
CarlosCoelho

A casa de um Solteirão Leonardo DiCaprio

Pagou três milhões para morar na Zona Chique de Hollywood

 
Mora perto de outro actor solteiro que, por acaso, tem a mesma idade que ele e é seu amigo de infância. Foi aliás Tobey MacGuire que o ajudou a encontrar esta casa, em Hollywood  Hills.
Chamam-lhes “the Boys”, os rapazes. E não é para menos: são amigos de infância, são solteiros e vivem perto um do outro. Para além do mais, ganham muito dinheiro. Diz a tabela de Hollywood que Tobey Macguire recebeu 17 milhões de dólares pelo filme Homem-Aranha 2 e Leonardo DiCaprio, 20 milhões por Apanha-me se puderes. Mas quando não estão a gravar, os dois actores passam o tempo em Hollywood Hills, em Los Angeles. Esta casa que a imagem mostra foi comprada por DiCaprio em 2003. MacGuire deu-lhe a dica, ele gostou mas a propriedade, que tem três quartos e vista para a cidade, não estava à venda. Mesmo assim, ele insistiu e ofereceu três milhões de Euros. A quantia foi aceite no momento.

Fonte: Revista Nova Gente nº 1457
Fotos: Most Wanted Pictures/ ADS
Arquivos Impala
CarlosCoelho

 Pierce Brosnan

Irlandês com casa na Califórnia

 

Mudámos o berço de Paris Beckett do interior da casa para o terraço. E a água é um conforto maravilhoso para ele. O ruído do mar é a melhor das amas para o nosso filho. “ Foi assim, numa entrevista à Hola! , que Pierce Brosnan mostrou o que sente pela sua casa de Malibu, na Califórnia. A vivenda tem cinco quartos e cada uma das divisões aproveita ao máximo a vista para o oceano Pacífico. O ator e a mulher, uma ex-jornalista com quem casou decoraram o refúgio ao estilo da década de 50 e encheram-no de plantas e flores. “ A Keely fez coisas surpreendentes com elas”, confessou o 007. O casal tem outra casa, ali perto, numa colina, mas é nesta que gosta de estar em família.

Fonte: Revista Nova Gente nº 1456
Fotos: Most Wanted
Pictures / ADS e Arquivo Impala
CarlosCoelho

Kate Moss

Compra uma quinta e ganha outro contrato Milionário
Viver no campo por 3 milhões.


“Toda a gente aqui na vila ouviu falar dela. Foi o tema de conversa no almoço anual da igreja”, confidenciou um novo vizinho de Kate Moss. A manequim e a filha de 21 meses, Lila grace, estão de malas aviadas para a Quinta da Igreja, em Little Faringdon. Segundo um jornal britânico, kate gastou 3 milhões de euros por esta casa do século XVII, cujos jardins murados lhe dão toda a privacidade de que precisa. Entretanto, a manequim de 30 anos, que já foi a imagem de um perfume Chanel, tem mais um motivo para celebrar: um contrato de 1 milhão e meio de euros com a Cacharel para fazer a publicidade da fragância Anais Anais.

Fonte: Revista Nova Gente nº1456
Fotos: Rex/Feriaque e Arquivos Impala
CarlosCoelho

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dormir é o melhor remédio

Descubra os benefícios e os prazeres do sono
Sabia que os idosos acordam mais facilmente que os jovens e que, em geral, as mulheres despertam com uma maior rapidez que os homens? Porém nos dias de hoje, são muitos os fatores que interferem na rotina do sono, como os horários alargados, as preocupações profissionais e a grande oferta de distrações que relegam para segundo plano a importância das horas de sono. Porém, mesmo que a maior parte das pessoas não percebe a necessidade de uma certa rotina a dormir, ela existe e, quando quebrada, podem surgir sintomas como fadiga, falta de concentração ou irritabilidade. Veja como se altera o sono consoante o avançar da idade.
Crianças
 
Nos primeiros dias de vida, os recém – nascidos dormem entre 16 e 20 horas e não distinguem o dia da noite. Ao atingirem os três anos, este tempo é reduzido para 10 a 11 horas, mais uma sesta ao meio dia. A partir dessa idade, a quantidade de sono varia consoante as necessidades de cada criança. Fatores como o estado de saúde ou mudanças de rotina, associados a uma fase de vida agitada, resultam em pesadelos e num sono pouco tranquilo. Para ajudar o seu filho a vencer esta fase, crie-lhe uma rotina para a hora de dormir e assegure-se que o quarto tem todas as condições para uma noite descansada.
 
Adolescência
 

Com uma atividade física acelerada e as primeiras descobertas da vida adulta, é comum os adolescentes “desprezarem” as horas de sono. Dormem pouco e os problemas e ansiedade próprios da idade fazem com que não tenham o descanso necessário.
O ideal é que recupere, sempre que possam, o sono perdido, nem que seja durante o fim de semana, pois caso a situação se prolongue podem mesmo acorrer problemas de crescimento e alterações hormonais.
 
Idade Adulta (25-60anos)
 

O Stress, a vida sedentária e os maus hábitos perturbam as horas de descanso e o cansaço vai-se acumulando de dia para dia. Siga as dicas que lhe dou mais abaixo e verá, que em pouco tempo, sentir-se-á revitalizado e com mais energia para enfrentar cada novo dia.
 
Terceira Idade (a partir dos 60 anos)
 
Todo o ritmo do organismo diminui e as doenças que surgem tendem a existir mais horas de descanso. Porém, o sono, nesta idade, é bastante ligeiro e tem tendência a ocorrer durante todo o dia, especialmente após as refeições. Para ter um sono reparador, é essencial que os idosos sigam horários regulares na hora de dormir e é aconselhável, também, pequenos períodos de sesta (que não durem mais de 20 minutos).
 
O que o mantém Desperto
 
Conheça os erros que cometemos que não permitem uma boa noite de sono
 
Horários variáveis para adormecer e acordar;
Permanecer períodos muito longos na cama;
Consumir álcool ou cafeína antes de dormir;
Dormir numa cama desconfortável ou num colchão de má qualidade;
Desempenhar atividades que exijam muita concentração antes de deitar;
Envolver-se em práticas excitantes perto da hora de dormir.
 
Rituais para noites descansadas
 

Descubra o que fazer para conseguir o local ideal e as condições perfeitas de forma a ter noites bem passadas, livres de insónias e pesadelos.
 
Controle o exercício físico – Fazer exercício, até seis horas antes de se deitar, torna o sono superficial.
 

Durma num ambiente escuro e silencioso – Mesmo que a pessoa não perceba, a claridade e os ruídos também tornam o sono mais superficial. Use máscaras e tampões para os ouvidos.
 

Evite calor ou frio no quarto - Temperatura abaixo dos 15 graus causa sonhos desagradáveis e calor acima dos 29 provoca um despertar espontâneo. Nas noites frias, um banho quente proporciona um relaxamento instantâneo.
 
Não durma com fome - Um copo de leite morno ao deitar é um excelente calmante. O leite é rico em triptofano, um percursor da serotonina, uma substância envolvida no processo do sono.
Faça refeições ligeiras à noite – a partir do ínicio da adolescência, os alimentos começam a ser digeridos com mais dificuldade. Coma alimentos sem gorduras e opte por processos de cozedura, como os grelhados ou os cozidos.
Use a cama para dormir – Algumas pessoas fazem da cama um recanto para sala de jogos, de TV e de leitura – isto cria hábitos desfavoráveis ao sono.
 
Fonte: Revista Ana
Mikii

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Cheiro dos livros antigos


Existem determinados cheiros que são característicos e o papel velho é imbatível. Se entrarmos num alfarrabista ou numa biblioteca repleta de livros antigos, reconhecemo-lo de imediato. Uma equipa de cientistas químicos da Universidade de Londres estudou o odor exalado pelos livros antigos e concluiu que este tem origem na reação produzida entre a composição orgânica do livro e uma série de fatores, como o calor, a luz, a humidade e principalmente, os produtos químicos usados na sua produção.
 
Com o passar do tempo cada livro fica repleto de componentes orgânicos muito voláteis que circulam pelo ar e acabam por ficar impregnados nas páginas.
 
Estiveram em investigação as propriedades da madeira que fazem o papel e também a tinta do texto e das ilustrações. Sobre o ponto de vista químico, a maior razão do apodrecimento dos livros é a sua acidez, que acelera o processo de deterioração e acentua o cheiro.
 
É muito comum encontrar elevados níveis de acidez em livros impressos nos séculos XIX e XX, o que explica o odor típico das publicações mais antigas descrito, pelo grupo de trabalho, como, “a combinação de folhas de erva com um penetrante odor de ácidos e um toque de baunilha que sobressai do mofo”.
 
O papel também absorve os cheiros do seu meio envolvente, como o fumo das lareiras por exemplo. O local ideal para preservar livros é num local fresco, seco e sem luz direta. O estudo é relevante para a preservação de documentos antigos de valor inestimável.
 
Fonte: http://cienciahoje.pt (adaptado)
Mikii

terça-feira, 19 de março de 2013

Torre de Belém

Grandes Monumentos portugueses
 
Jóia do estilo Manuelino e ex-líbris de Portugal
 
Construida em homenagem ao patrono de Lisboa, São Vicente, no local onde se encontrava ancorada a grande Nau, a Torre de Belém ficou a dever-se ao arquiteto Francisco de Arruda, que iniciou a sua construção em 1514.
 
A Torre de São Vicente de Belém foi mandada erguer por D. Manuel, destinando-se a terminar a nova obra de defesa da barra de Lisboa, iniciada por D. João II. O baluarte foi construído entre 1514 e 1520, tendo como arquiteto Francisco de Arruda, que provavelmente trabalhou sobre orientação de Boitaca. Destinava-se a substituir a Grande Nau, até então fundeada a meio do Tejo, cruzando fogo com a fortaleza de São Sebastião da Caparica.
 
A estrutura é construída pela torre de habitação acastelada, ainda de tradição medieval, e pela fortificação abaluartada, de conceção moderna e desenho poligonal, adaptada à primeira utilização de pirobalística em Portugal.
 
 
E é particularmente aqui, no projeto experimentalista do baluarte, que se revela o génio de um dos maiores arquitetos de D. Manuel. Recém-chegado do Norte de África, onde a sua já considerável experiencia fora aplicada nas obras de várias praças- fortes, Francisco de Arruda foi capaz de criar uma fortaleza digna da capital de vocação universal que era a efervescente Lisboa manuelina. A silhueta da torre, imponente e terrífica guardiã da cidade e do Tejo, porta da larga via marítima por onde se espraiava o Império, era também imagem do período áureo que se vivia no reino.
 
O baluarte tem disposição essencialmente funcional, cobrindo ampla área de fogo. A torre, de quatro pisos abobadados, é um eco assumido das tradicionais torres de menagem. Torre e baluarte possuem sugestivas guaritas cilíndricas nos ângulos, cuja tipologia reflete uma simbólica influência magrebina e orientalizante.
 
A minuciosa ornamentação manuelina, de inspiração fantástica, completa o discurso militar do conjunto, que sabe ainda evocar – na conjugação de perfil e função, e na poética de elementos como a amurada engalanada de escudos, ou as escotilhas e grossos calabres marítimos – a sua malograda antecessora feita de madeira.
Fonte: Sílvia Leite / Ippar
 
Emblema de prestígio da capital desde o séc.XVI
 
 
Construído como fortaleza, a Torre de Belém fazia parte do primeiro plano integrado de defesa de uma cidade. Neste aspeto fazia parte de um projeto pioneiro de D. João II, que envolvia a Fortaleza de Cascais e a de São Sebastião da Caparica, para defender a entrada da barra.
 
Temos de pensar que estávamos face a uma Lisboa muito cosmopolita, que tinha a atenção do mundo sobre ela e sobre todas aquelas coisas novas que chegavam desses outros mundos, de além-mar. Era o início de uma primeira globalização. Como dizia Fernando Pessoa, “ o mar passou a unir e já não a separar”.
 
Construída no tempo de D. Manuel, o monarca quis colocar à entrada da sua capital um emblema de prestígio. Por isso é que todas as insígnias reais estão postas em grande exuberância: o escudo de Portugal, a esfera armilar, a Cruz de Cristo. Essa arquitetura também constitui uma inovação. Deixa de ser o velho torreão medieval, sozinho, e passa a ter um corpo avançado, para o mar, como se fosse um galeão, à época, apresentando dois registos de fogo de onde os canhões podiam disparar contra quem indevidamente quisesse entrar em Lisboa.

 
 
Todos os povos têm elementos diferenciadores e penso que, nesse especto, a Torre de Belém constitui um pólo identificador de um país.
 
É um dos monumentos onde o estilo manuelino se assume como elemento diferenciador, que a UNESCO reforçou ao classificar a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos como património da Humanidade. Esta arquitetura tem realmente muito a ver com um povo que teve um contacto pioneiro, através da navegação, com outros povos, culturas e civilizações. E que com esse contexto e com tudo aquilo que recebeu expressou-a na sua arte e nos seus edifícios.
 
A época da construção da Torre de Belém foi aquela em que Portugal deu um dos seus maiores contributos à história da humanidade, o que a Torre, no lavor da sua pedra, consubstancia.
 
Depoimento
Isabel Cruz Almeida
Diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém
Fonte: Jornal de Notícias
Mikii