sexta-feira, 17 de abril de 2020

Peixe-Leão



Peixe-leão, peixe-peru, peixe-dragão, peixe-escorpião e peixe-pedra são alguns nomes vulgares para uma grande variedade de peixes marinhos venenosos dos gêneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, pertencentes à família Scorpaenidae. Um dos seus representantes mais conhecidos é o peixe-leão-vermelho.
Os peixes-leões são predadores vorazes. Quando estão a caçar encurralam as presas com seus espinhos e, num movimento rápido, engolem-nas. Eles são conhecidos pelos seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.
Os peixes-leões são nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, mas algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.


Os peixes-leões vivem até 15 anos e podem pesar até 200g. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.
Veneno
O veneno dos peixes-leões é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Geralmente possuem de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais. Cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.
A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são: dor intensa localizada, seguida de edema local, podendo também a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.
O veneno dos peixes-leões é constituído de proteínas termo sensíveis, que são vulneráveis ao calor e se desnaturam facilmente. Os primeiros socorros constituem-se na imersão do local afetado em água quente (43-45 °C) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir.

Fotos da net

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Convento de Nossa Senhora do Desterro (Monchique)



O Convento de Nossa Senhora do Desterro é um antigo convento dos frades da Terceira Ordem Regular de São Francisco, localizado no concelho de Monchique, no distrito de Faro, em Portugal. Foi fundado em 1631, e apresenta uma arquitetura no estilo Manuelino. O edifício foi gravemente danificado pelo Sismo de 1755, tendo depois sido reconstruído. Posteriormente foi expropriado e dividido em várias parcelas, tendo sido algum tempo depois abandonado, chegando a um avançado estado de ruína. O complexo do Convento incluía igualmente uma magnólia monumental, que foi classificada em 1947, mas que acabou por morrer em 2016.




O convento está situado no alto de um cerro, junto à vila de Monchique, possuindo acesso por um arruamento denominado de Caminho do Convento. O convento situa-se num local arborizado, de onde se desfruta de um amplo panorama sobre a vila de Monchique.

Arquitetura e composição




O edifício do convento foi construído no estilo Manuelino. Tem uma forma de quadrilátero, cuja zona oriental era ocupada pelo primeiro átrio, onde foi instalado um brasão de armas da família Silva, e pela nave da igreja e capela-mor. O átrio era denominado de portaria, sendo utilizado, segundo uma tradição local, para oferecer alimento aos pobres da vila.
A face Norte era composta por uma antiga sacristia e uma capela, enquanto que a área Sul era formada por outras celas, e a fachada da igreja com a sua torre. O lado poente consistia na frente da mesma capela e por diversas celas, sendo também aí situado o refeitório e outra entrada do convento. 


Junto aos lados do refeitório situavam-se as mesas para os frades, enquanto que ao fundo existia uma mesa mais pequena, provavelmente para o superior do convento e outros membros importantes. A parede por detrás desta mesa estava decorada com um painel de azulejos, representando o quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci.


No canto esquerdo da sala, junto à entrada, estava situado um púlpito para a leitura, enquanto que no lado direito localizava-se a cozinha. No espaço central do edifício situava-se o claustro, rodeado por uma arcada com corredor, decorado como painéis de azulejos representando cruzes da Via Sacra. Na face Sul do claustro estava a entrada para a casa mortuária. O convento estava dedicado a Nossa Senhora do Desterro, cuja imagem foi guardada na Ermida de São Sebastião.


O complexo do convento incluía igualmente uma quinta, onde se situa a Fonte dos Passarinhos, que já esteve decorada com azulejos representando aves. 


Nesta quinta também estava situada uma magnólia, que de acordo com a tradição, foi levada da Índia pelo fundador do convento, e que foi classificada como de Interesse Público em 1947. A árvore, que chegou a ser a maior magnólia da Europa, foi considerada um dos ex-Libris do concelho de Monchique. 


Na altura do seu falecimento, tinha um tronco com 5,58 m de perímetro à altura de 1,30 m, uma copa com cerca de 30 m de diâmetro, e uma altura de 27 m, tendo a sua idade sido calculada em mais de 200 anos.



História

o convento foi fundado no ano de 1631 por Pero da Silva, que ocupou depois a função de Vice-Rei da Índia. O convento pertencia à Franciscanos Terceiros. A sua criação está ligada a uma lenda, na qual dois mareantes que estavam em perigo no oceano fizeram uma promessa de construir uma igreja na primeira povoação em território português que vissem à chegada. Segundo a mesma lenda, um dos navegantes trazia consigo uma pequena imagem de Nossa Senhora em marfim, oriunda da Índia, que após o seu falecimento foi venerada como relíquia pelos frades do convento. Durante uma tempestade em 1834, um dos frades teria levado a imagem dentro do hábito, tendo sido entregue a uma senhora para a guardar.




O edifício foi destruído pelo Sismo de 1755, tendo sido depois reconstruído. Foi encerrado em 1834, no âmbito do processo de extinção das ordens religiosas em Portugal, tendo sido nacionalizado e vendido em hasta pública em 1842. Foi vendido em frações a vários proprietários, passando a ter uma utilização residencial. Posteriormente o complexo foi abandonado, tendo chegado a um avançado estado de ruína.


Em 1911, João Ribeiro Cristino da Silva relatou, num artigo da revista O Occidente, que a igreja do convento já se encontrava parcialmente arruinada. 


Em 1915 terá sido feita a primeira referência à magnólia, no Boletim Trimestral da Associação Protetora da Árvore, onde foi relatado que «a soberba Magnólia de Monchique que representa a melhor árvore, do género, de que por enquanto temos conhecimento.». Em 1947, a magnólia foi classificada como de Interesse Público pelo Diário do Governo n.º 105, Série II, de 8 de Maio.
Durante a Década de 1970, o convento, então já em ruínas, foi ocupado por várias pessoas de baixos recursos, incluindo um casal que assinou um contrato com os proprietários para o arrendamento do edifício. Em 1983, a autarquia iniciou o processo para a aquisição dos terrenos do convento, tendo dois anos depois conseguido já obter várias partes do edifício. Em 2003, foi aberto o concurso público internacional para a realização de obras de recuperação no edifício do convento, e em 2004 o projeto foi autorizado pelo Instituto Português do Património Arquitetónico, no valor de cerca de cinco milhões de Euros. Em 2007, as antigas instalações do convento estavam ocupadas por uma família de sete indivíduos, que tinham montado estruturas para animais domésticos no claustro.
A magnólia morreu em 2016, após um período de doença de cerca de dez anos. Em Março de 2017, a autarquia organizou uma iniciativa em sua memória, no âmbito do Dia da Árvore, que incluiu a plantação de dez magnólias por crianças, seis no local da antiga árvore, duas na Escola EB 23 Manuel do Nascimento e outras duas na Quinta da Vila, junto às Piscinas Municipais. Em 29 de Abril desse ano, a Vicentina - Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste organizou uma peça teatral no convento, no âmbito do programa Momentos Fantásticos com o Património – Sítios com história. Também em 2017, a autarquia de Monchique estava a preparar a aquisição do convento, devido ao seu valor histórico e ao estado de ruína em que se encontrava. Este processo foi complicado devido ao grande número de proprietários, tendo o presidente da Câmara Municipal, Rui André, explicado que a autarquia estava a propor a compra das partes cujos donos eram conhecidos, enquanto que as restantes porções seriam expropriadas. O fim destas obras seria reabilitar o edifício, de forma a garantir a segurança dos visitantes, e a possibilitar a organização de eventos culturais ou religiosos na antiga igreja. O passo seguinte seria a instalação de um ou hotel ou pousada de luxo que aproveitaria parcialmente o convento e os terrenos em redor. O projeto aprovado em 2004 incluía a instalação de 28 camas em 24 quartos, dois dos quais em suite e outros dois preparados para mobilidade reduzida. No piso térreo seriam instaladas uma receção, um espaço para o culto religioso e outro para a sacristia, duas salas de estar de dimensões diferentes, sendo a maior ligada à sala para refeições para hóspedes, uma cozinha, instalações sanitárias e uma sala de refeições para funcionários. No primeiro andar estaria a entrada principal, uma receção com sala de estar, um escritório para a administração, treze quartos duplos, uma suite e um quarto para deficientes, e um espaço para vários serviços. O segundo andar seria ocupado por sete quartos, uma sala de estar com bar, e a copa de piso. Os terrenos em redor do convento também seriam recuperados, incluindo os tanques e a emblemática Fonte dos Passarinhos, e seria instalada uma piscina, um espaço técnico e instalações sanitárias. Nesta altura, também tinha sido criada uma petição pública para a recuperação do convento e alojar a família residente no seu interior, mas falhou em obter apoio suficiente para este empreendimento.


Durante o Incêndio de Monchique de 2018, o edifício esteve ameaçado pelas chamas, tendo sido salvo devido à intervenção dos filhos do casal, apesar da imprensa ter anunciado que o convento tinha sido destruído.

Foto: net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Urtiga


Conheça os seus atributos medicinais

Cresce por todo o lado, sobretudo nesta altura do ano, e tem bastantes nutrientes, que fazem verdadeiros milagres. Saiba quais!


Quando se fala em urtigas, quase apostamos que a primeira coisa que nos vem à cabeça são as picadelas que sofreu em criança, quando ia para o meio do campo brincar. Pois é! Porém hoje em dia, as urtigas são tão mal-amadas como desejadas, sabia? ´E que elas são uma boa ajuda no que diz respeito ás alergias, anemia, exaustão ou fadiga, mas são também um excelente diurético. As urtigas existem agora nesta altura do ano e depois vão desaparecendo à medida qua o tempo começa a aquecer. É por isso mesmo que esta é a altura perfeita para fazer um chazinho ou usá-las na culinária, nomeadamente em sopas, e daqui tirar todos os seus benefícios.

De erva daninha a rainha



De origem asiática e europeia, a urtiga é utilizada pelo homem desde 4000 a.C. As suas fibras chegaram a ser utilizadas na fabricação de tecidos e, mais tarde, na produção de papel, mas é o seu poder medicinal que, actualmente, chama a atenção devido ao facto de ser muito rica em vitaminas, nomeadamente nas do complexo B, C e K, bem como em minerais, como o magnésio e o ferro, oligoelementos, betacaroteno, aminoácidos e cálcio.
Ainda assim, a urtiga é um superalimento nutritivo, curativo e desintoxicante, que cresce um pouco por todo o lado, estando por isso á mão de semear para a utilizarmos facilmente de acordo com os seus benefícios:

- Reduz o teor de ácido úrico no sangue, o que é bastante benéfico ao organismo, já que essa substância em excesso pode causar doenças cardiovasculares;
- Alivia os sintomas de artrose, de gota e de outras manifestações reumáticas;
- Melhora a irrigação sanguínea em todo o corpo;
- Melhora também o aspecto das unhas, combatendo as unhas fracas;
-Acção anti-inflamatória que ajuda no tratamento de doenças respiratórias, como asma e bronquite.

Chá

Para fazer uma infusão qua a ajude a combater as alergias e purifique o sangue, faça-a com urtiga e trevo-vermelho: uma colher de sopa de cada uma das ervas em 500ml de água. Ferva a água e, depois de desligar o lume, introduza as folhas, deixando-as assentar durante a noite. De manhã, coe e beba.

Sopa

Ingredientes:
200g de folhas de urtiga
1 alho francês
3 batatas médias
1 cebola
1 nabo pequeno
Azeite
Tomilho
Sal
1 litro de água

Comece por fazer um refogado com o azeite e a cebola e, quando esta estiver lourinha, acrescente a água, o alho francês, as batatas e o nabo cortados aos pedaços.
De seguida tempere com o tomilho e o sal a gosto.
Deixe cozinhar durante dez minutos e adicione as folhas de urtiga. Deixe cozinhar por mais dez minutos e passe a sopa, ficando pronta a servir.
Bom apetite!

Sabia que…
…flores e folhas não são para ser fervidas? O que se deixa ferver são infusões feitas com raízes, mas, ainda assim, por pouco tempo.

Fonte: Revista Maria /Rita Leal
Fotos da net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Garuda



 Garuda é um pássaro lendário ou criatura semelhante a um pássaro na mitologia hindu, budista e jainista. Ele é diferentemente o veículo montado ( vahana) do deus hindu Vishnu , um protetor do dharma e Astasena no budismo, e o Yaksha do Jain Tirthankara Shantinatha.

Garuda é descrito como o rei dos pássaros e uma figura parecida com uma pipa. Ele é mostrado em forma zoomórfica (pássaro gigante com asas parcialmente abertas) ou em forma antropomórfica (homem com asas e algumas características de pássaros). Garuda é geralmente um protetor com poder de ir rapidamente a qualquer lugar, sempre vigilante e inimigo da serpente. Ele também é conhecido como Tarkshya e Vynateya .


Garuda faz parte das insígnias do estado na Índia, Mianmar, Tailândia, Camboja e Indonésia. O brasão oficial indonésio está centrado no Garuda. O emblema nacional da Indonésia é chamado Garuda Pancasila . A Força Aérea Indiana também usa os Garuda em seu brasão de armas e até nomeou sua unidade de operações especiais como Força de Comando Garud.

© Carlos Coelho

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Novo Coronavírus


O que se sabe

Surgiu na China e alastrou a outros países


Este novo vírus que está a deixar o mundo em alerta, debilita o sistema imunitário e pode causar infeções potencialmente mortais.



A pneumonia viral que começou na cidade de Wuhan, na China, no final do ano passado e que conta com mais de 140 casos de infeção, colocou as autoridades em alerta. A Organização Mundial de Saúde já avisou que o vírus pode alastrar-se a outros países e apesar das autoridades continuarem a garantir que as possibilidades de transmissão de humano para humano são muito limitadas, com três casos confirmados fora da China – Tailândia Coreia do Sul e Japão -, isso tornou-se motivo para preocupação, o que pode significar que um surto internacional da doença está próximo.

Atenção aos sintomas



Esta pneumonia é causada pelo chamado coronavírus, um grupo de vírus que causam infeções respiratórias em seres humanos e animais e são transmitidos por via aérea (através da tosse ou espirros) ou contacto físico. Alguns destes vírus resultam apenas numa constipação, enquanto outros podem gerar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia atípica. Os sinais clínicos relatados pelos doentes são febre, dificuldades respiratórias e dores musculares e as autoridades de saúde já avisaram que todos os cidadãos devem estar atentos a estes sintomas.

Como se prevenir

Em Portugal, a Direcção Geral de Saúde emitiu um comunicado com cuidados para quem viajar para a zona asiática.
- Lavar frequentemente as mãos;
-Evitar contacto com animais e pessoas com infecções respiratórias agudas;
- Tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
- Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

Fonte: Revista Maria
Foto: net
© Carlos Coelho

sábado, 15 de setembro de 2018

Malietoa Tanumafili II

O Rei do paraíso


Os samoanos, diz-se, gostavam deste homem forte e sorridente que, à maneira polinésia, posava com farfalhudos colares de flores e os representava (sem os governar directamente) desde 1962, o ano da morte do seu pai, Malietoa Tanumafili I. A seguir ao Rei Bhumibol da Tailândia e à Rainha Isabel II de Inglaterra, Tanumafili II era o mais antigo soberano do mundo em exercício. Se contássemos com Fidel castro, passaria para quarto lugar. No que respeita a idade, tratava-se do governante mais velho no seu posto.


Neste infinito domínio das curiosidades e das estatísticas, o segundo utente do nome Tanumafili era a segunda testa coroada do mundo, a seguir à Rainha Maria da Roménia, a professora e fé Baha’i, de quem fez eregir um digno templo (embora não tão imponente como os Delhi e Haifa) em Tiapapata, a oito quilómetros de Ápia, a capital do minúsculo estado perdido no Pacífico. 


Foi no dia 11 de Maio de 2007 que Tanumafili II cerrou os olhos aos 94 anos no hospital de Moto’otua e partiu para se juntar aos seus antepassados da estirpe Malietoa, no panteão das infinitas pastagens marinhas que rodeiam o minúsculo reino oceânico de samoa, cruzado por ventos, aventuras, tragédias e sonhos à maneira de Maugham e de Conrad.

 Fonte: Revista Visão

Fotos da Net

©CarlosCoelho

sábado, 21 de julho de 2018

Maria Antonieta


O perfume da Rainha sem cabeça

Este frasquinho custa 1500 Euros. Parece-lhe caro? É o preço a pagar pelo aroma favorito de Maria Antonieta – a rainha austríaca que escandalizou a corte francesa dos finais do século XVIII, por causa dos seus refinados hábitos de higiene. O perfume, também ele de nome pomposo, Sillage de la Reine (traduzido à letra O Acordar da Rainha) passou a estar à venda desde Setembro de 2005. Mas não será fácil encontra-lo: só no Palácio de Versalhes, em Paris, onde ela viveu, ou através de encomendas directas à empresa anglo-holandesa Quest International.

E foi precisamente na antiga morada da Rainha que decorreu a apresentação da amostra, em meados de Fevereiro de 2005. Cerca de 80 pessoas escolhidas a dedo pela companhia espreitaram os seus aposentos e a mala onde ela guardava as essências. O anfitrião foi o francês Francis Kurkdjian, uma sumidade de perfumes, que resolveu recuar no tempo e criar a réplica perfeita da fragância de Jean-Louis Fargeon, o perfumista pessoal de Maria Antonieta.

Sillage de la Reine é um coquetel de luxo. Mistura jasmim, flor de íris, âmbar-cinzento, rosa e tuberosa, entre outros ingredientes. Todos com um denominador comum: eram os preferidos da Rainha.

A sua obsessão por perfumes foi provocada por um estranho motivo: para evitar desmaios. Maria Antonieta só não perdia os sentidos quando lhe vinham os odores do âmbar, almíscar e sândalo. Ao saber desta fraqueza, em 1774, Jean-Louis Fargeon apresentou-se a ela com umas luvas aromatizadas. Conquistou-a na hora.

Os livros de história descrevem-na como uma vilã frívola. “Foi a primeira fashion victim”, garante a historiadora francesa Elisabeth de Feydeau, que dedicou uma biografia ao perfumista real. Apesar de as suas práticas de higiene terem chocado a corte, Maria Antonieta deixou marca. Aliás, muitas marcas: os cabelos soltos, a maquilhagem leve e, claro, os perfumes, que viriam a transformar-se numa indústria que movimenta milhões.

Reza a lenda que na Revolução Francesa o povo apanhou a carruagem real por causa do rasto de perfume de Maria Antonieta. O desfecho já se sabe: em 1793 foi condenada à guilhotina. Mas ainda gritou ao carrasco: “Malvado, malvado, não me descomponha!”

Receita com secreções de Baleia


A receita de Sillage de la Reine tem um ingrediente original: âmbar-cinzento, retirado das secreções de baleia. Pode ser encontrado em África, na China, no Japão e na América. Quanto ao processo de fabrico, mantém a tradição da época.

Primeiro mistura-se a baunilha com rosa, tuberosa, jasmim, flor de Íris e flor de laranjeira. E fica a repousar durante dez dias, ao ar livre.

A etapa seguinte consiste em adicionar ao coquetel inicial uma outra preparação, á base de glicerina, cedro, sândalo, âmbar-cinzento e almíscar (substância aromática retirada de uma glândula do almiscareiro). Da união de todos os ingredientes resulta um perfume requintado.

Recentemente, uma equipe de perfumistas na França embarcou em uma missão intrigante: recriar o famoso perfume de Maria Antonieta. Utilizando descrições históricas e documentos da época, eles se propuseram a recriar o aroma que encantava a rainha.

A tarefa não foi fácil, pois muitos dos ingredientes originais não estão mais disponíveis ou são extremamente raros. No entanto, com dedicação e habilidade, a equipe conseguiu recriar a fragrância com precisão, usando ingredientes que evocam o mesmo aroma que Maria Antonieta conheceu e amou.

O Aroma da História

O perfume recriado de Maria Antonieta oferece uma janela olfativa para o passado. Quando você fecha os olhos e inala essa fragrância, é como se estivesse fazendo uma viagem no tempo para os salões luxuosos do Palácio de Versalhes. É uma fragrância que evoca a elegância e a sofisticação da corte francesa do século XVIII.

A Embalagem: Uma Homenagem à Época

Além do próprio perfume, a embalagem do frasco é uma verdadeira obra de arte. Inspirada na estética da época de Maria Antonieta, a embalagem é adornada com detalhes delicados e refinados, incluindo motivos florais e dourados que refletem a opulência da corte.

Fonte: Revista Sábado

Texto: Joaquim Torrinha

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terça-feira, 12 de junho de 2018

Ciência

Sapos anunciam sismos?


O Êxodo de sapos da região de Abruzzo, em Itália, onde a terra tremeu destruindo boa parte da cidade de Áquila, leva os cientistas a reforçarem a ideia de que os animais têm formas de predizer a ocorrência de tremores de terra. Até agora, estudos com várias espécies (cães, vacas, raposas e até peixes) registam algum tipo de comportamento estranho antes dos abalos, mas uma investigadora britânica deu conta do sumiço dos sapos de uma colónia que estudava, cinco dias antes do sismo – 96por cento dos machos fugiram cinco dias antes e três dias antes do abalo não restava nenhum.

Fonte: Revista Notícias Sábado

Autor: LM.

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sábado, 5 de maio de 2018

Shakespeare

Shakespeare existiu!

 


Escreveu William Shakespeare as obras que lhe são atribuídas? Ou pior ainda: Shakespeare existiu? Mark Twain, Henry James ou Freud, entre outros, chegaram a pôr em dúvida que tivesse havido um só autor para todas as obras de Shakespeare. Se os cépticos continuam a fazer-se ouvir, há quem os desminta com base na investigação histórica. É o caso do norte-americano James Shapiro, Professor da Universidade de Columbia, que considera que as dúvidas sobre a existência do autor, filho de um comerciante, que só surgiram dois séculos após a sua morte, mas não sã do que a prova de preconceito cultural e snobismo.

Fonte: Revista Notícias Sábado

Autor: J.A.S

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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Pepino


Porque é bom beber água com pepino?


- Ajuda a emagrecer
. O pepino é um alimento pouco calórico e é abundante em potássio, contribuindo para eliminar a retenção de líquidos.
- Aumenta as defesas do organismo
. As vitaminas A, B, C e E, além de minerais como ferro, cálcio e potássio, tornam o pepino um ótimo aliado para fortalecer o sistema imunológico.
- É diurético
. A água do pepino ajuda a eliminar as toxinas e os resíduos alojados no corpo. Remove ainda o excesso de ácido úrico no organismo.
- Tem um efeito laxante
. Rico em fibras, o pepino funciona como um laxante natural.

Fonte: Revista Maria
Foto: net
© Carlos Coelho

sexta-feira, 2 de março de 2018

Morte

Morrer Islâmico

No médio Oriente é difícil morrer sozinho. O Médico, em viagem, descobre uma cultura feita de rituais diferentes, rigorosos e sem pressas.

 

(Cemitério muçulmano de Sidi el Mezri em Monastir Tunísia)

A morte é parte da vida. Uma parte da vida tão difícil de aceitar quanto mais sofisticada é a cultura e que se morre. Se alguns povos celebram a morte como um renascimento, outros são os que a choram perpetuamente inumando as suas vidas em roupa negra e cemitérios solitários. Hábitos e culturas diferentes. Nascemos a gritar no meio de muita gente. Todos se preparam para nos receber em festa. Quando morremos, muitas vezes fazemo-lo sozinhos, sem que ninguém se aperceba em silêncio.

No médio Oriente é difícil morrer sozinho. Só existe um tipo de família: aquela em que todos partilham o mesmo chão, a mesma refeição, o mesmo quotidiano, o mesmo tempo. Quando o fim se anuncia, há sempre tempo. Tempo para pegar numa mão, para beijar uma face. Tempo para trocar as últimas palavras de afecto. Tempo para começar a construção da memória, essa vida eterna que nos assiste.

A morte anuncia-se discretamente e tudo deve ser executado segundo esta regra. O ritmo acelera. Há pouco tempo para preparar o enterro. Todo o processo será feito com rigor mas rapidamente. Inicia-se a lavagem do corpo. Homens lavam mulheres e mulheres lavam mulheres. Crianças com menos de oito anos de idade podem ser lavadas por ambos os sexos. Depois de colocar o corpo num estrado elevado, circula-se à sua volte três, cinco ou sete vezes queimando incenso. É chegado o momento de lavar o corpo três vezes. Se estiver limpo não é necessário lavar outra vez. No entanto, se o corpo ainda não estiver conforme o estabelecido deve continuar a ser lavado sempre em número ímpar de vezes. Se à sexta lavagem já estiver pronto, uma sétima lavagem será executada.

A água deve ser fria, a não ser que o tempo não o permita ou o corpo demasiado sujo. Pode-se perfumar as partes do corpo que contactam com o chão durante a prostração.

O corpo correctamente lavado deve ser correctamente vestido. A escolha do vestuário é criteriosa. As roupas devem ser do próprio mas, se não existir roupa digna, é da responsabilidade do seu representante legal providenciar o traje. O cadáver só está autorizado a vestir aquilo que lhe era permitido em vida. Seda pura tingida com açafrão ou bordados com ouro são estritamente proibidos aos homens. São igualmente proibidos versos do Corão no vestido, roupa excessivamente cara ou escolhida em vida para o efeito. Deseja-se roupa branca, a estrear ou usada, simples. A oração pode ser feita em casa, na mesquita ou no cemitério, mas obedece a uma fórmula obriga ao seu reinício. O corpo é colocado diante dos crentes com a cabeça do lado direito. Uma pessoa falecida deve ser sempre acompanhada até ao local do seu enterro. Se o cortejo se fizer a pé, toda a gente segue à frente do caixão. Uma mulher só é autorizada a seguir atrás do caixão caso se trate do seu marido e apenas se se souber comportar dignamente. Chorar é permitido, mas manifestações exaltadas são completamente interditas. Disse o profeta Maomé: «Aquele que bate na sua cara, rasga a sua roupa ou chora os seus mortos como no tempo dos dias da ignorância não é um de nós.»

Fonte: Revista Única (Expresso)

Texto: Luís Mieiro

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Henrique VIII de Inglaterra

 O Rei Tirano


Obcecado por ter um filho varão, o monarca casou-se seis vezes, decapitou duas rainhas, rompeu com a Igreja Católica e fundou a sua própria religião.

Nomeação: Henrique tornou-se rei por acaso. A coroa pertencia ao seu irmão mais velho, Artur, que morreu precocemente, o que levou Henrique a ser nomeado e a casar-se com a cunhada.

Amor: O Rei Inglês teve seis mulheres e várias amantes. No entanto, o seu grande amor foi Ana Bolena, que o levou a divorciar-se da sua primeira mulher Catarina, e, consequentemente, a romper com a Igreja Católica. Porém, quando Ana o desiludiu por não lhe dar o tão esperado filho varão, ele mandou enforca-la.

Guerra: O segundo rei da dinastia Tudor procurou sempre a honra da guerra e na década de 50 invadiu a França.

Religião: Depois de romper com a Igreja Católica, devido ao seu divórcio, Henrique perseguiu o clero e fundou a Igreja Anglicana.

Físico: Henrique VIII recebeu o cognome de O Gordo. Quando morreu, a sua cintura tinha 137centímetros.

Sucessão: Apesar de ter um filho varão, Eduardo, foram as suas duas primeiras filhas, Maria I e Isabel I, que subiram ao trono.

1491 – Nasce Henrique, filho de Henrique VII e Elizabete de York.

1499 – O irmão mais velho de Henrique, Artur, Casa-se com Catarina de Aragão.

1502 – Artur morre.

1503 – Catarina de Aragão fica noiva de Henrique.

1509 – Henrique sobe ao trono após a morte do pai.

1525-1533 – O rei pede o divórcio, mas é recusado pelo Papa.

1533 – Henrique anula o seu casamento e é excomungado.

1534 – Henrique cria a Igreja Anglicana.

1536 – O rei apodera-se das propriedades da Igreja.

1547 – Henrique morre aos 55 anos.

As mulheres de Henrique VIII

Catarina de Aragão – (1509-1533)

Esteve grávida seis vezes, mas apenas Mary sobreviveu.

Ana Bolena (1533-1536)

Teve uma filha, Isabel, e abortou duas vezes.

Jane Saymour (1536-1537)

Deu o tão esperado varão a Henrique VIII Eduardo, mas morreu duas semanas após o parto.

Ana de Cleves (Jan a Jul. de 1540)

O casamento nunca chegou a ser consumado.

Catarina Howard (1540-1542)

Trinta anos mais nova do que o rei inglês, era estéril e foi enforcada por adultério.

Catarina Parr (1543-1547)

Cuidou de Henrique na velhice e morreu um ano depois dele.

 

Fonte: Revista Maria

Texto: Mónica Santos/Ronnie V.

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