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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Do milho às Pipocas



Para os pré-colombianos, os grãos de milho explodiam porque os espíritos que continham aborreciam-se com o calor. Mas o milho everta, o único que permite obter pipocas ao aumentar 30 vezes o seu volume, estala graças a uma pequena gota de água no seu interior, rodeada de amido. Exposta ao calor, a água evapora-se, produz-se uma grande tensão no seu interior, a semente rebenta e o amido explode.

Fonte: Revista Domingo
Foto da net

© Carlos Coelho

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Os Segredos da Múmia

Os segredos da múmia


Com raios-X de alta resolução, os cientistas estão a conseguir imagens espantosas de uma menina que morreu cedo demais.

Viveu nos tempos de Cristo, mas não durante muito tempo.Com cerca de 5 anos, esta menina egípcia, que tinha menos de 1 metro e 20 de altura, passou por aquilo que o seu povo acreditava ser a próxima vida. Na preparação para esta jornada, os seus órgãos internos – todos excepto o coração- foram retirados e substituídos por conservantes aromáticos. Depois foi envolvida em ligaduras, mumificada e colocada num caixão feito de um material similar ao papier-mâché.
Assim ficou durante 2 mil anos – primeiro no Egipto e, nos últimos 80 anos, no Museu Egípcio Rosicruciano em San Jose, na california (Estados Unidos).Durante vários meses, a menina – que entretanto recebeu o nome de Sherit, uma antiga palavra egípcia que significava «pequena» - visitou o Centro Nacional de Biocomputação de Stanford – NASA, perto de Palo Alto.
Foi ali que os médicos e outros cientistas, em colaboração com especialistas em imagem da Silicon Graphies, tem estado a desembrulha-la – não fisicamente, o que poderia provocar enormes danos, mas virtualmente. Utilizando mais de 60 mil imagens de raios-X de alta resolução que produzem 35 vezes mais informação do que as imagens do Faraó Tut divulgadas no inicio deste ao, a equipa compôs um retrato tridimensional do que jaz dentro do caixão.

A pista dos dentes

Observando os ossos da múmia, por exemplo, os cientistas concluíram que Sherit devia poder andar normalmente e não tinha quaisquer doenças crónicas debilitantes.
Muito provavelmente, sucumbiu a uma infecção, devido a água contaminada ou a comida estragada, como acontecia a cerca de metade das crianças no antigo Egipto antes de perfazerem um ou dois anos.
Os ossos e os dentes também ajudaram a estimar a sua idade – ainda não lhe tinham caído os dentes de leite e os definitivos nunca chegaram a descer. E a sua mascara dourada, onde foram encontrados resíduos de perfume caro, indica que os pais eram abastados. Com imagens de maior resolução, os cientistas talvez consigam um dia decifrar os hieróglifos no interior do papel mascado – e assim, talvez, dar à pequena o seu verdadeiro nome.

Fonte: Revista Visão
Time Inc.Traduzido da TIME Magazine

Foto da Revista
© Carlos Coelho

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Turanor Planet Solar: O maior barco solar do mundo!

Turanor Planet Solar: O maior barco solar do mundo!



Este barco construído na Alemanha e idealizado pelo suíço Raphael Domjuan, tem o catamarã com mais de 35 metros de comprimento, tem instalados 537 metros quadrados de células fotovoltaicas, que permitem navegar durante o dia e a noite sem produzir dióxido de carbono.


O Turanor Planet Solar é o primeiro barco solar que conseguiu dar a volta ao mundo.
Os cerca de 60 mil quilômetros da rota da turnê mundial mostram, conclusivamente, que a energia renovável, neste caso o sol, é desenvolvida o suficiente para ter um maior papel em nossas vidas, basta oferecer a oportunidade e o apoio necessários para agilizar e facilitar a sua implantação.

 
O barco alcança uma velocidade de 8 nós, apresenta uma cobertura superior de 540 metros quadrados de painéis solares, o sistema de armazenamento lhe permite navegar por três dias sem luz solar.



MS Turanor PlanetSolar, conhecido sob o nome do projecto PlanetSolar, é o maior barco movido a energia solar do mundo. O navio foi projectado por LOMOcean projecto, construído por Knierim Yachtbau em Kiel, Alemanha, e lançado em 31 Março de 2010.

Em maio de 2012, tornou-se o primeiro veículo eléctrico solar, a circunavegar o globo.


Características técnicas

O barco de 31 metros é coberto por 537 metros quadrados, de painéis solares avaliado 93 kW, que por sua vez ligar-se a um dos dois motores eléctricos em cada casco. Há 8,5 toneladas de iões de lítio baterias em dois cascos do navio. A forma do barco permite-lhe atingir velocidades de até 14 nós. O casco foi modelo testado em túnel de vento e foi tanque testado para determinar a sua hidrodinâmica e aerodinâmica. O barco foi concebido para ser utilizado como um iate de luxo após a tentativa de registo está concluído.

Atualmente está a ser usado como um laboratório de investigação marinha flutuando pela Universidade de Genebra.

Vista do arco, mostrando os três cascos.
O barco está registrado na Suíça e foi financiado por um empresário alemão. Custo de construção foi de € 12,5 milhões.  O nome Turanor, derivado de JRR O romance de Tolkien O Senhor dos Anéis, traduz-se em "The Power of the Sun".


Em todo o mundo

Em 27 de Setembro de 2010, Turanor PlanetSolar partiu de Mónaco a circunavegar o globo apenas com a ajuda da energia solar. Um dos objectivos do projecto foi o de concentrar a consciência pública sobre a importância das energias renováveis para a protecção ambiental.


O barco tinha uma tripulação de seis pessoas. O capitão da expedição foi o francês Patrick Marchesseau, mas no ponto médio da circum-navegação (na Nova Caledónia, em meados de maio de 2011) o francês canadense Erwann Le Rouzic assumiu-se como capitão, para compartilhar a responsabilidade do comandante com o Capitão Marchesseau. Outros participantes foram Christian Ochsenbein (Berna, Suíça) e Jens Langwasser (Kiel, Alemanha); bem como o líder iniciador do projecto,presidente e expedição Raphaël Domjan (Neuchatel, Suíça).


Uma escala significativa foi Cancun, no México, durante a Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas 2010 realizada lá desde 29 novembro-10 Dezembro de 2010.

Durante a expedição, Turanor PlanetSolar quebrou dois recordes: a mais rápida travessia do Oceano Atlântico em barco solar e da maior distância já percorrida pelo veículo eléctrico solar.

Problemas técnicos com o sistema de hélice obrigou o navio a ficar em uma porta asiática param duas semanas de manutenção.

Turanor PlanetSolar retornou ao Mónaco em 4 de Maio de 2012, após 584 dias velejar ao redor do globo.

A embarcação foi então agendada para uma remodelação para que pudesse ser fretado para turistas no Mar Mediterrâneo. Cruzeiros são planejados com 12 passageiros e quatro tripulantes a bordo.


 2013 Voyage e recorde transatlântico

Depois de um reequipamento motor, Turanor PlanetSolar quebrou seu próprio recorde, cruzando o oceano Atlântico a partir de Las Palmas de Saint Martin, no Caribe, em apenas 22 dias, quatro dias mais cedo do que na viagem de circum-navegação. O barco deixou Las Palmas em 25 de Abril e chegou em Marigot em Saint Martin em 18 de maio A viagem levou a Miami, Florida, e depois continuou como uma expedição científica ao longo da Corrente do Golfo. Na viagem de volta o barco chegou a St John, Terra Nova, 01 agosto de 2013 antes de ir para o outro lado do Atlântico.

Vista traseira do Turanor.

O nome Turanor significa "A força do Sol" , "Vitória" é proveniente da saga JRR Tolkien do "Senhor dos Anéis".
O Turano Planet Solar é o maior barco solar do mundo, já recebeu o recorde Guinness que certifica o barco eléctrico mais rápido a cruzar o Atlântico.
Raphael Domjan, idealizador do projecto e capitão desse enorme catamarã ecológico, com esse projecto quer demonstrar ao mundo que:
- O grande potencial das energias renováveis, em especial a energia solar é de grande importância para os avanços tecnológicos;
- O sentido prático da energia durável e sugestões práticas para seu uso;
- Incentivar a investigação científica e o avanço tecnológico na área de energias renováveis;
- Informar ao público sobre a importância das energias renováveis;
- Promover a eficiência da energia de interacção amistosa entre economia e ecologia, para trabalhar com êxito sem problemas.

Que em breve o planeta possa contar com empresas sérias que ofereçam alternativas de energia limpa e renovável, conseguindo assim quebrar a oposição dos "caciques do petróleo".

Fonte:Texto e fotos 
http://www.observatoriosideral.net / 
© Carlos Coelho

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

No meio dos Ratos

No meio dos ratos

Bem dotados para a sobrevivência, convivem com o homem desde o princípio dos tempos. Sua presença é sinónimo de sujidade e doenças. Paradoxalmente, a nossa saúde deve-lhes muito e há quem não os dispense como animais de estimação.

Urbanos do esgoto:
Tal como acontece com o homem, uma grande maioria das 120 espécies de ratos que existem gosta de viver na cidade. A sua vida nos esgotos valeu-lhes o símbolo do lado mais obscuro da urbe. A mais comum é a Norueguesa (rattus norvegicus), da qual se diz provir as restantes, e a ratazana negra (rattus rattus).

Rattus norvegicus



Historicamente culpados:
Desde o século XIV que os ratos são considerados os grandes responsáveis pela peste negra.
Com o passar do tempo, descobriu-se afinal que o verdadeiro foco da infecção era outro. A culpa era das pulgas, que se agarravam ao pelo dos ratos e ao cabelo dos humanos, alastrando a epidemia da Asia Central à Europa.

Os reis do laboratório:
O maior mérito destes roedores é a sua aplicação à ciência, no estudo do desenvolvimento neurológico, de antibióticos e implantes de microcirurgia. Muitos condenam estas práticas (alegam que os animais sofrem os efeitos de cerca de 30 000 substâncias). As experiências com ratos já foram reduzidas em 50%.


Eu vi um rato!
São cada vez mais os ratos adoptados como animais de estimação. Os Noruegueses, os dumbo (com grandes orelhas) e as espécies sem pêlo lideram as preferências de quem não dispensa um companheiro exótico. Já a Zemmifobia representa o pavor pelos roedores. Certo é que a sua presença não deixa ninguém indiferente.


Rato Dumbo
Fonte: Revista Domingo
Foto da net
© Carlos Coelho

sábado, 24 de janeiro de 2015

E se o sol desaparecesse por um instante?



O que aconteceria se o Sol desaparecesse por um momento? Com certeza não seria nada bom. Todas as órbitas dos objectos celestes do sistema solar, é devido a constante aceleração em direcção ao Sol, acontece sob a gravidade dele.

 Se o Sol desaparecesse, acabaria com todo o efeito gravitacional, assim todos os objectos do sistema solar iriam iniciar uma trajectória em linha recta. Pode até parecer pouca coisa, mas cada um desses objectos iriam se mover independentemente, e quando o Sol voltasse suas trajectórias estariam todas modificadas.

 Se fossemos para uma escala maior, sem a existência do Sol retiraria o campo magnético que envolve o sistema solar, que nos protege da radiação e partículas que vêm de fora do sistema solar.

 Sem esse campo magnético, chamado de heliosheath, a radiação iria entrar no sistema solar, mesmo se restaurássemos o campo magnético do Sol seria pouco provável desviar toda essa radiação. Ela ainda poderia causar problemas em satélites.

Fonte: GizModo
Foto da Net
© Carlos Coelho

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Fim do Mundo

O Fim do Mundo
Depois de termos sobrevivido a (pelo menos) duas datas apocalípticas, em 2011 – 21 de Maio e 21 de Outubro, segundo as profecias catastrofistas de Harold Camping, um cristão evangélico norte-americano com púlpito na Rádio Família – o frágil, planeta em que habitamos prepara-se para acabar, outra vez.
 
 
Agora a culpa é dos Mais, que previram o final da quarta era para 21 de Dezembro de 2012. Os deuses tentaram – e falharam – três vezes antes da criação do mundo. Mas, à quarta, acertaram. A época da humanidade dura há quase 5125 anos. O problema é que faltam apenas 15 dias para o final. Está escrito na pedra- no caso, na pedra do Tortuguero, um monumento do século VII encontrado num sítio arqueológico de Tabasco, no México, com inscrições referentes à vinda de Bolon Yokte – o deus da guerra e da criação – no final do ciclo do XIII baktun. O apocalipse surgirá como um dilúvio. Ou então uma tempestade solar. Ou talvez seja sobre a forma de uma mudança da orientação magnética dos polos. Os índios Hopi também o previram – e toda a gente sabe que as previsões dos Hopi se têm revelado «extremamente acertadas». Ou, então é o planeta Nibiru, que tem quatro vezes o tamanho da terra e vai colidir com ela, como os sumérios nos revelaram. Já está a caminho, apesar de ainda ninguém o ter visto. Mas isso é normal, já que ele está escondido atrás do sol, ou de Neptuno, e de qualquer forma é invisível.
Confuso? Para nós também. As narrativas do fim do mundo em 21/12/2012 juntam pseudociência arqueológica e astronómica, misticismo, militarismo, crenças da cultura new age, factos e ficção, num imenso novelo difícil de deslindar. Em 1900
, Ernest Fõrstemann, um estudioso alemão, interpretou a última página do códice de Dresden – o mais velho relato maia de que se tem conhecimento – como uma representação do fim do mundo, num dilúvio. E, em 1966, Michael D. Coe, um antropólogo de Harvard, viu no Popol Vuh – um relato traduzido por um dominicano espanhol do século XVII sobre as origens dos mais guatemaltecos – a sugestão de que um Armagedão aniquilaria «todos os povos degenerados do mundo e da criação, no final do XIII baktun».
O PLANETA NIBIRU E A ONDA ZERO DO TEMPO
Mais tarde a cultura new age, com a sua busca de novos valores espirituais, a propiar-se-ia da história dos maias para prometer a chegada de uma nova era da consciência humana, numa espécie de destruição purificadora, com data marcada: 2012.
Terence Mckenna, um dos símbolos do movimento, convicto de que o xamanismo e as drogas psicadélicas proporcionam novas formas de contacto com o mundo e a autoconsciência, publicou, em 1975, A paisagem Invisível: a Mente, os Alucinogénicos e o I Ching. Fundou, assim, a Teoria da Novidade, segundo a qual os acontecimentos de uma determinada época estão relacionados com os de outras épocas, numa «complexidade organizada» do universo. Baseou-se na sua interpretação do Livro das Mudanças (o «I ching», um dos mais antigos textos e sistemas divinatórios chineses e elaborou até um programa de computador que produzia uma formula numerológica - «timewave zero» ou a « onda zero do tempo» - que lhe permitiu prever o fim do mundo para… 16 de Novembro de 2012. Mas, em 1993, na segunda edição da obra, McKenna já se tinha apercebido de que a sua data distava apenas pouco mais de um mês do apocalipse maia, e mudou-a para 21 de Dezembro. ( Este «psiconauta» é fundador da outra teoria divertida, a do « macaco pedrado », segundo o qual foram os cogumelos alucinógénicos presentes na dieta dos símios que proporcionaram a grande aventura humana).
 
Quase em simultâneo, em 1976, - explica agora David Morrison, um cientista da NASA, que, há anos, tem a ingrata missão de desmistificar o fim do mundo – Zecharia Sitchin , um estudioso amador da cultura mesopotâmica, escrevia o 12º Planeta, onde clamava que tinha encontrado e traduzido documentos sumérios que identificavam um planeta escondido – Nibiru, também conhecido por «Planeta X» - habitado por uma raça de extraterrestres, os Anunnaki, responsáveis pela criação, genética, do Homo Sapiens, que não mais seria do que uma raça escrava dos «deuses». O Naribu passaria pela terra a cada 3600 anos e, nessa altura, haveria um «contacto», potencialmente ameaçador. Sitchin previu a chegada dos Anunnaki e do seu planeta à terra algures neste século XXI. «Depois» - escreve ainda Morrison, no site da NASA - «Nancy Lieder, uma autodeclarada psíquica que canaliza (mensagens de) extraterrestres escreveu, no seu site Zeta Talk («conversa zeta»), que os habitantes de um planeta fictício situado perto da estrela Zeta Reticuli a tinham avisado de que a terra estava sob perigo, oriundo do planeta X ou Nibiru.» A catástrofe estava inicialmente prevista para maio de 2003, mas, quando nada aconteceu, o «doomsday» (dia da maldição) avançou uns anos. Assim, estas duas lendas juntaram-se ao calendário maia e ao solstício de 2012 – e daqui nasceu a crença na fatídica data de 21/12/2012.
DO PELUCHE À “APP”: UM IMENSO NEGÓCIO
 
A comunidade científica ligada à arqueologia, à astronomia e à geologia não se cansa de desmentir os mitos de destruição do planeta, mas a imprevisibilidade da difusão do «conhecimento» na internet – uma simples pesquisa no Google sobre a data da profecia mais efectuada pela Visão, há dois anos, já devolvia 356 milhões de resultados -, a perda da sensação de invulnerabilidade dos norte-americanos causada pelo 11 de Setembro de 2001, a fraquíssima resposta da FEMA ao furacão Katrina, em 2005, a crise financeira, que se arrasta desde 2009, e a tragédia nuclear de Fukushima, em 2011, vieram juntar um novo grupo de acólitos ao apocalipsismo redentor new age : os «preparacionistas», ou «preppers», como gostam de ser chamados agora, depois de gente como Timothy McVeigh e Ted Kaczynski ter «desaconselhado» o uso de termos como «milenaristas» ou «sobrevivencialistas».
Nasceu assim, nos últimos anos, um nicho de mercado. Na Amazon, por exemplo, estão listados cerca de 200 livros dedicados ao fim do mundo (eram «apenas» 170, em 2009). 2012 era título de um blockbuster, seguido de várias réplicas hollywoodescas  de maior ou menor qualidade. Este apetite foi prontamente aproveitado pelas televisões: a National Geographic e o Discovery Chanel, por exemplo. Passaram a produzir reality shows sobre os «preparacionistas», de canal aberto e acrítico. Entre nós, passou há bem poucos dias, no História, um «documentário» - segredos Desclassificados: 2012, O Início – no qual se entrevistam «peritos na cultura maia» que são, afinal astrólogos, e onde se dá por garantido que «as profecias de 2012 já começaram a realizar-se» e que «académicos de todo o mundo dizem que os desastres naturais mortíferos a que estamos a assistir estavam há muito previstos pelas sociedades antigas». Assim, sem contraditório ou aviso: «para maiores de 18».
Já há até políticos que são «preppers» assumidos. É o caso de Roscoe Bartlett, representante republicano do Winconsin, que vê «numerosos acontecimentos em que, nas cidades, as revoltas civis se tornarão muito prováveis» e que construiu um refúgio nos bosques da Virgínia, onde açambarca comida, gasolina e água. Ou do perfeito da cidade brasileira de São Francisco de Paula, Décio Colla, que aconselha os seus munícipes a prepararem-se para o apocalipse Maia: «porque (sic) os australianos, americanos e japoneses estão se preparando? Alguma coisa deve acontecer e não quero que o povo seja surpreendido. Quero que o Brasil acorde e preste atenção. Devemos garantir as merendas nas escolas, medicamentos nos hospitais e outras coisas», diz este médico, que convida crentes de todo o mundo a refugiarem-se nesta cidade, a 110 quilómetros de Porto Alegre: «temos boas energias e estamos a 900 metros acima do nível do mar.» Não vai mesmo haver um dilúvio…
A cultura apocalíptica transformou-se num imenso negócio. Dezenas de sites norte-americanos ensinam-nos quais os lugares mais prováveis para se sobreviver à tragédia, seja em montanhas, seja nas salas do Capitólio ou em complexos militares. Vendem-se antigos silos nucleares transformados em refúgios contra catástrofes, por quase três milhões de euros. Um pouco menos dá-lhe acesso a um bunker de luxo, construído de raiz, que será enterrado no local onde lhe convier, pela Vivos, uma empresa, já alvo de várias «reportagens» da Fox News, que não se coíbe de apresentar, no seu site, um vídeo, longo de vários minutos, sobre a «profecia» (Niribu 2012 – o fim do mundo), nem de alertar para que a «luta de classes» e a «anarquia» que ai vem vão tomar absolutamente necessária esta sua segunda habitação. Centenas de pequenas empresas como a escola das destrezas Nativas do Oeste ou a Practical Preppers dão cursos de sobrevivência e assessoramento de segurança. O negócio da venda de armas, de artigos de campismo e de comida enlatada apanharam a boleia, e, pelo menos nos EUA, vão de vento em popa. O mesmo fenómeno acontece com os cursos de orientação geográfica, os cursos de primeiros socorros e com os «manuais de sobrevivência» comprados online. Por 20 dólares, pode até adquirir, na net, o «ursinho do apocalipse», Sir Vivor, acompanhado do respectivo certificado de «prepper». Sir Vivor consegue ainda, com apenas duas pilhas AA debitar-se nada menos que nove versículos da Bíblia. Ah!, e não falta uma app para ajudar a contar as horas para o fim do mundo e como sobreviver-lhe: Doomsday 2012, por 3,65 euros, na Loja Apple do seu Iphone…
 
RUSSOS AO COMANDO, AMERICANOS EXCLARECIDOS…
O resultado de tudo isto é que, em 2007, David Morrison já recebia um e-mail por semana a perguntar por 2012. Em 2009, já recebia uma dúzia deles a cada 24 horas. E em 20011 já eram aos milhares. Uma mulher solitária pergunta se não será preferível mandar abater o seu melhor amigo, um gato, a deixá-lo sofrer aos horrores que ao vêm. Um casal de adolescentes diz-lhe que está a pensar suicidar-se, tal é o medo que tem da data. Trata-se de um tipo de e-mail típico e tem aumentado a cada dia que passa, sobretudo nos últimos dias do passado mês de Novembro.
O governo da Rússia, através do ministro com a pasta da proteção civil, teve de vir a público dizer, no ínicio deste mês que acede «a sistemas que monotorizam o que se passa no Planeta Terra» e que o mundo não vai acabar. O mesmo fez o americano, através do site US Gov («Os assustadores rumores de que o mundo vai acabar em 2012 são só rumores»). Uns dias antes a NASA  vira-se obrigada a clarificar, que se um planeta estivesse em rota de colisão com a terra, a organização já saberia e teria avisado os restantes terráqueos. Aos adeptos da teoria da conspiração, a NASA teve ainda de se rebaixar a ponto de assegurar que, dados os milhões de astrónomos amadores existentes no globo, seria virtualmente impossível esconder tal facto – uma vez que ele já estaria à vista de todos.
Mas milhões de pessoas, nos EUA e não só, continuam a crer no apocalipse vindouro: uma sondagem da Ipsoos Gobal Public Affairs divulgada em Maio deste ano e realizada junto de 16 262  indivíduos, em mais de 20 paises, revelou que uma em cada sete pessoas acredita que o fim do mundo está próximo. Cerca de 15% dos inquiridos acham que isso vai acontecer durante a sua vida e 10% acreditam que é já daqui a 15 dias…
 
Mas nem tudo são más notícias praticamente em todos os lugares do mundo maia – México, Guatmala, Honduras; Belize e El Salvador – hóteis e muitos voos têm lotação esgotada, em Dezembro. No início do ano, esperava-se um aumento de 10% do afluxo de turistas a estes países – e em muitos casos as expectativas estão a ser superadas, só nos estados mexicanos de Campeche, Chiapas, Quintana, Roo, Tabasco e Yucatam previam-se 52 milhões de visitantes, este ano, e estiveram planeados mais de 500 eventos culturais mais para 2012. Nenhum destes acontecimentos é, a bem da verdade, uma representação séria do fim do mundo, como «teoricamente» era esperado pelos maias. Nem poderia ser: quando Firmo Choco, um camponês indígena do Belize, de 39 anos, ouviu falar das previsões apocalípticas que os ocidentais new age faziam a partir do calendário maia, ficou espantado: afinal de contas, ele já não o usa e, se usasse, limitar-se-ia a virar-lhe a página. De qualquer forma, disse, estava mais preocupado com as colheitas de milho e cacau que iriam permitir à sua família não passar fome durante todo o ano de 2012. O dia 21 de Dezembro incluído.
 
APOCALÍPSE O QUE DIZEM OS CIENTISTAS
 
Autor: Sara Sá
 Profecias à parte, um dia, o mundo vai mesmo acabar. O fim pode vir do espaço, da própria terra ou até ser causado pelo Homem. Conheça os cenários científicos.
 Desde o seu aparecimento, há 3,5 mil milhões de anos, a vida na Terra tem sido sucessivamente ameaçada. Nos períodos de extinção em massa, ainda não se sabe bem porquê, desapareceram mais de 75% das espécies que viviam no nosso Planeta. Os dinossauros são apenas as vítimas mais famosas desses períodos em que a terra se tornou num lugar estranho à vida. Conheça algumas previsões dos cientistas para o fim deste sítio a que chamamos casa.
 
Impacto de um asteroide: Há 65 milhões de anos, um asteroide de 10km de diâmetro atingiu a Terra, perto do Novo México, e acabou com os dinossauros e com mais de metade das espécies que habitavam a Terra. Monica Grady, cientista britânica, especialista em meteoritos, estima que a Terra é atingida por um objeto espacial com mais de seis quilómetros de diâmetro a cada cem milhões de anos. Isto seria suficiente para causar terramotos, tsunamis, escurecer o céu e tornar o planeta num lugar inóspito e pouco recomendável. Neste momento, os astrónomos vigiam 1200 objetos celestes, com um risco potencial de atingir a Terra.
Erupção vulcânica: A caldeira de Yellowsstone, o mais antigo parque Natural americano, tem sido palco de violentíssimas erupções vulcânicas – cada uma mil vezes mais intensa do que o vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial. Nos últimos 2,1 milhões de anos aconteceu três vezes. O último super vulcão explodiu há 640 mil anos, criando a deslumbrante paisagem que atrai milhares de turistas, todos os anos. Pequenas erupções têm continuado a acontecer, desde então. Não se sabe quando voltará a dar-se uma nova mega explosão, para além de poder destruir o continente americano, deixará o ar irrespirável, devido às cinzas, o sol encoberto e os dias transformados num longo inverno vulcânico.
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O fim do Sol: Investigação recente prevê que a Terra venha a ser engolida pelo Sol. Mas, antes disso, a vida na Terra já se terá tornado insustentável, uma vez que, no seu ciclo de vida de gigante vermelho, o Sol ter-se-á tornado demasiado quente, fervendo toda a água do planeta, que se escapará para o Espaço. Este fim está previsto para daqui a mil milhões de anos.
Choque galáctico: dados do telescópio Espacial Hubble permitiram confirmar que a nossa galáxia vai mesmo colidir com a galáxia Andrómeda. O choque está previsto para dentro de 4 mil milhões de anos. O que acontecerá ao Sistema solar e à Terra em particular ainda é uma incógnita. Mas, nessa altura, tal não será muito relevante, uma vez que a vida na Terra já terá desaparecido por causa do aumento da temperatura causada pelo sobreaquecimento do Sol.
A epidemia incontrolável: A gripe das aves, a dos porcos, ou a pneumonia atípica foram uma pequena amostra do que uma epidemia mortal e sem tratamento pode fazer da vida humana. Num mundo globalizado, com viagens intercontinentais à velocidade do som e em que o problema da resistência aos antibióticos preocupa cada vez mais os médicos, não está descartada a hipótese de uma epidemia vir a dizimar a nossa espécie.
O Homem: Ataques com antrax, armas biológicas ou bombas nucleares (as bombas de hidrogénio atuais são 4400 vezes mais potentes que a de Hiroshima) são apenas algumas das ameaças terroristas, bem reais, nos nossos dias. Sem esquecer a poluição e as alterações climáticas com todo o impacto que podem ter no equilíbrio dos ecossistemas. É caso para dizer que o maior inimigo da vida na Terra pode ser o próprio Homem.
Fonte: Revista Visão nº 01031
De 6 a 12 de Dezembro de 2012
Por João Dias Miguel
Mikii

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Poder das Nádegas


Há muitos anos que os cientistas afirmam que o corpo humano foi feito para andar e não para correr. Contudo, um estudo apresentado no jornal “Nature” sublinha que terá sido precisamente a corrida que deu vantagem à raça humana em relação a espécies ancestrais, sendo primordial para a nossa estrutura anatómica.
A parte mais original do trabalho está no facto dele se ter centrado numa região fora do comum: os glúteos, vulgo nádegas. De acordo com os cientistas, é nesta área do corpo que se observa a grande diferença entre os homens e os macacos, mais desenvolvida do ponto de vista muscular devido a longas maratonas percorridas em busca de alimento – acredita-se que a nossa espécie competia nesse especto com hienas e cães selvagens.
 
Fonte: Revista...
Mikii

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vida marinha

Censo dos organismos mais pequenos


O projecto tem 10 anos e os resultados finais são revelados em Outubro, mas os investigadores dos Censo Internacional de Micróbios Marinhos revelaram já uma novidade: o número de seres catalogados é muito maior do que se julgava possível.

Ou, na definição do líder do projecto, Mitch Sogin, é “um extraordinário mundo novo de diversidade e abundância”. Foram estudados 1.200 locais recolhidas mais de 18000 sequências de ADN e calcula-se que haja no fundo do mar mil milhões de espécies.

Uma das surpresas dos investigadores foi a descoberta de um “tapete microbiano” no fundo do mar, ao largo da costa do Chile, mais  ou menos do tamanho da Grécia.


 


 Fonte: Revista Sábado 22 de Abril 2010

Texto/Autor: Ana Paula Gouveia

Fotos da net



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Kilimanjaro



Os famosos glaciares na Tanzânia estão a derreter a um ritmo acelerado. Segundo uma equipa de cientistas norte-americanos, o Kilimanjaro, com 5,895 metros, pode desaparecer dentro de 20 anos. As camadas superiores de gelo diminuíram 17 metros desde 1962, o que representa a perda de meio metro por ano.

Com ele desapareceram também os registos de onze mil anos de história do clima africano e as paisagens lendárias do cinema.

Social e economicamente, pode significar a perda de milhares de turistas e dos recursos hídricos que permitem a sobrevivência das aldeias locais.

Fonte: Revista Mulher Moderna

Foto da Net