sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Burro

Perigo de extinção


Já foi um precioso auxiliar do homem nas tarefas agrícolas, mas rapidamente foi substituído pela máquina e quase se extinguiu.

O burro doméstico faz parte da família dos Equídeos e parece ter no burro selvagem africano um dos seus antepassados. Este último, cada vez mais raro, tem vindo a cruzar-se, naturalmente, com o primeiro. Os seus efectivos foram muito afectados pela competição com os animais domésticos e pela caça descontrolada. Das quatro subespécies conhecidas, uma está extinta e duas estão em vias disso. O burro selvagem africano habita as planícies herbosas, terrenos rochosos irregulares, semidesertos e montanhas Nordeste de África. As fêmeas vivem em récuas pouco estáveis com as suas crias, mas também podem integrar grupos mistos com jovens dos dois sexos. Os machos mais velhos optam por uma vida solitária ou em grupos próprios.

Protecção da espécie

São cada vez mais os entusiastas da protecção do burro doméstico, ideia que parece ter começado no algarve, por iniciativa de estrangeiros ali residentes. É uma ideia positiva, visto que se chegou a temer a extinção. Para manter um ou mais burros é necessário um terreno amplo, dotado de estábulos. A alimentação é feita á base de palha de cereais, feno, verdes, cereais ou uma ração composta completa, mas também apreciam frutos (maçãs) e raízes (cenouras).

Fonte: Revista Correio Mulher
Foto da Net
Texto; Vasco Cardoso
© Carlos Coelho

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O biôco (ou biuco)

Uso da burka ou do chador proibido no Algarve


«Faço saber que pelo regulamento policial d’este Governo Civil, de 6 do corrente mês, com execução permanente, aprovado pelo governo, determino o seguinte:

Artigo 32º – É proibido nas ruas e templos de todas as povoações deste distrito o uso dos chamados rebuços ou biôcos de que as mulheres se servem escondendo o rosto.

Artigo 33º – As mulheres que, nesta cidade, forem encontradas transgredindo o disposto no precedente artigo serão, pelas vezes primeira e segunda, conduzidas ao comissário de polícia ou posto policial mais próximo, e nas outras povoações à presença das respectivas autoridades administrativas ou aonde estas designarem, a fim de serem reconhecidas; o que nunca terá lugar nas ruas ou fora dos locais determinados; e pela terceira ou mais vezes serão detidas e entregues ao poder judicial, por desobediência.

Parágrafo único – Esta última disposição será sempre aplicável a qualquer indivíduo do sexo masculino, quando for encontrado em disfarce com vestes próprias do outro sexo e como este cobrindo o rosto.

Artigo 34º – O estabelecido nos dois precedentes artigos não terá lugar para com pessoas mascaradas durante a época do Carnaval, que deverá contar-se de 20 de Janeiro ao Entrudo; subsistirão, porém, as mesmas disposições durante a referida época, em relação às pessoas que não trouxerem máscara usando biôco ou rebuço.

Artigo 41º – O presente regulamento começa a vigorar, conforme o disposto no artigo 403º do código administrativo, três dias depois da sua publicação por editais – Governo Civil de Faro, 28 de Setembro de 1892. – Júlio Lourenço Pinto.»

O biôco (ou biuco) – Algarve

Raul Brandão escreve a propósito do biuco no seu livro "Os Pescadores", em 1922:

"Ainda há pouco tempo todas (as mulheres de Olhão) usavam cloques e bioco. O capote, muito amplo e atirado com elegância sobre a cabeça, tornava-as impenetráveis.

É um trajo misterioso e atraente. Quando saem, de negro envoltas nos biocos, parecem fantasmas. Passam, olham-nos e não as vemos. Mas o lume do olhar, mais vivo no rebuço, tem outro realce... Desaparecem e deixam-nos cismáticos. Ao longe, no lajedo da rua ouve-se ainda o cloque-cloque do calçado - e já o fantasma se esvaiu, deixando-nos uma impressão de mistério e sonho.

É uma mulher esplêndida que vai para uma aventura de amor? De quem são aqueles olhos que ferem lume?... Fitou-nos, sumiu-se, e ainda - perdida para sempre a figura -, ainda o som chama por nós baixinho, muito ao longe-cloque..."

Trata-se de uma capa que cobre inteiramente quem a usava. A cabeça era oculta pelo próprio cabeção ou por um rebuço feito por qualquer xaile, lenço ou mantilha. As mulheres embiocadas pareciam “ursos com cabeça de elefante”

Oficialmente a sua extinção ocorreu em 1882 e por ordem de Júlio Lourenço Pinto, então Governador Civil do Algarve, foi proibido nas ruas e templos, embora continuasse a ser usado em Olhão até aos anos 30 do século XX em que foram vistos os últimos biocos.

Fonte: http://portugalglorioso.blogspot.pt 
Foto da net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Catarina Eufémia

A morte tragicamente violenta de Catarina Eufémia, assassinada a tiros de metralhadora pela GNR fez despertar quase de imediato, o mito na sua pessoa, como figura ímpar da verdadeira contestação ao regime político autoritário do Estado Novo, personificado por Salazar.


Papoila vermelha cedo arrancada do chão


No dia 19 de Maio, passam 61 anos, sobre a morte de Catarina Efigénia Sabino Eufémia (1928-1954), assassinada a tiros de metralhadora pelo tenente das forças da GNR, no Monte do Olival- Aldeia de Baleizão (distante 12 km da sede do conselho Beja), à frente duma concentração de trabalhadoras rurais nas searas de trigo e estava em tempo de ceifa, que reclamava um simples aumento dos magros salários. Se ela fosse viva teria feito em 13 de Fevereiro, 80 anos.
A sua morte tragicamente violenta (na boca do povo, possivelmente grávida) e com outro filho ainda de meses ao colo, fez despertar quase de imediato, o mito da sua pessoa, como figura ímpar da verdadeira contestação ao regime político autoritário do Estado Novo, personificado por Salazar.

Catarina Eufémia, símbolo da mulher alentejana


Esta mulher simples, de hábitos moderados, natural de Baleizão, casada, ceifeira de profissão, pobre e analfabeta, filha de José Diogo Baleizão e de Maria Eufémia, começa a trabalhar ainda cedo no campo, mas vai passar para a História no imaginário popular, como ícone e mártir da resistência e luta (representante da gente simples e humilde do orgulhoso povo alentejano) a todas as formas de opressão e violência gratuita, logo bem aproveitada, como bandeira e slogan político, sujeita ao interesse e à estratégia dos partidos que rapidamente tentaram descobrir, na sua pessoa, uma qualquer atitude de proselitismo militante.
Para o fim trágico desta jovem mãe de três filhos, “de estatura mediana, de cor branco marmórea, de cabelos pretos, olhos castanhos, de sistema muscular pouco desenvolvido”, inevitavelmente logo estaria traçado desde o início, o seu destino. Ingenuamente, terá pensado que com o seu gesto abnegado iria obter algum favor perante toda a iníqua carga policial. Este singular acto pacífico de audácia, exemplo da forte determinação feminina perante toda e qualquer adversidade, vai servir de tema e modelo narrativo perfeito, à figura dos contadores de histórias (intimamente ligada como viandante infatigável, ao entretinimento cultural e ao incentivo da leitura), dispostos a calcorrear as muitas aldeias e vilas dispersas por esse país fora.
A sua vida de vã glória, terá sido tão anónima e omissa como a de tantos outros portugueses, se não tivesse ocorrido, esta morte prematura, difícil de entender, mas que por força das circunstâncias, está simbolizada na corajosa e heróica oposição duma simples assalariada rural que morre a lutar de peito aberto, pelos seus direitos, inconsciente aos perigos que daí possam advir. Ao opor-se romanticamente à força quase feudal dos latifundiários- os grandes senhores da terra- sonha na utopia de transformar a terra de quem trabalha em campos férteis de esperança, contra os tempos de miséria, as desigualdades e todas as injustiças sociais que o regime vigente tentava por todos os meios perpetuar.
Sem dúvida que o seu acto, algo involuntário de heroicidade, carrega em si até hoje, o ónus da oposição histórica (desta terra larga e bonita de gentes e tradição que mantém vivo o sabor da sua singularidade com o passar dos séculos), como símbolo incontornável contra qualquer atitude mais repressiva e iníqua das forças do poder político de então.
O Alentejo (historicamente terra de latifúndios- grandes extensões de terra pouco cultivadas e de baixa produtividade) há 50 anos era uma província insulada, estigmatizada política e socialmente básico, com elevadas taxas de mortalidade infantil e de fracas acessibilidades. Estes eram tempos difíceis para viver- as famílias eram numerosas, com demasiadas bocas para sustentar, sujeitas a empregos sazonais que apesar de trabalharem à jorna, do nascer ao pôr-do-sol, não conseguiam ganhar o suficiente para alimentarem os filhos, quanto mais dar-lhes a educação básica.
Mas sem dúvida que Catarina ajudou a colocar a terra de Baleizão no mapa de Portugal, sendo a pessoa daí natural, mais notável. A freguesia (orago de Nossa Senhora da Graça) tem 141km quadrados de área e tal como toda a região, apresenta uma tendência gradual para uma certa desertificação, com a deslocação das populações para as zonas mais urbanas do litoral e estrangeiro, sendo o número actual de habitantes, 1056 (censo de 2001). Tem como actividade económica, a agricultura e a pecuária, bem representada na heráldica do seu escudo de armas. Saliente-se a qualidade da gastronomia típica regional.
Até hoje, muitos foram os nomes conhecidos de poetas e músicos, a escrever e compor sobre a sua desdita, inspirados pela atitude e o sentido de coragem desta malograda alentejana, com o desígnio de manter viva na memória de todos nós, a lenda da sua vida para além da morte, entre os quais: Sofia de Mello Breyner, Ary dos Santos e Vicente campinas, com o seu célebre poema Cantar Alentejano, musicado por José Afonso, no álbum Cantigas de Maio, vindo a público no Natal de 1971.

Cantar Alentejano

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campino
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar.

“… Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste/E a busca da justiça continua…”
Sofia de Mello Breyner


Fonte: Revista Terra Mãe
Fotos da Net e Revista

Texto: João-Maria Nabais
© Carlos Coelho 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Sabia que... (1)

Sabia que…

Reserva Natural de Massai Mara

- A famosa Reserva natural de Massai Mara, se situa no Quénia, que é um país africano?

- A Síria faz fronteira com a Turquia, o Iraque, a Jordânia, o líbano e Israel?

- O Escudo é a unidade monetária de Cabo Verde?
  
- A Nicarágua e as Honduras partilham a Costa dos Mosquitos?

Mapa Costa dos Mosquitos

- Que a capital da Gâmbia é Banjul?  

- Que Abuja é a capital da Nigéria?
  
- A Cidade Inglesa de Liverpool fica situada nas margens do estuário do Rio Mersey?

Liverpool - Rio Mersey

- A Cidade de Pitsburgo fica situada no estado norte-americano da Pensilvânia?

- O Suriname faz fronteira com a Guiana, a Guiana Francesa e o Brasil?

- A Ilha mais pequena das chamadas Antilhas Holandesas chama-se Aruba?

Ilha Aruba

Fonte: Revista Diário de Notícias
Fotos da Net
© Carlos Coelho

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Orquídea Negra

Cymbidium Kiwi Midnight - Orquídea Negra

Como e onde identificar um híbrido


Quando vocês estiverem interessados em descobrir a origem do nome de uma orquídea híbrida, o melhor lugar a se procurar é a Royal Horticultural Society, uma instituição inglesa fundada em 1804, sob o nome de Horticultural Foundation of London, por sir Joseph Banks. Trata-se de uma das mais tradicionais sociedades de horticultura do mundo. Os registros de novos híbridos são feitos através dela. Algo como um registro de patentes, uma vez que o registro tem menos a haver com as características botânicas do que com o seu valor comercial. O nome científico de um híbrido é normalmente desconhecido do público, que se satisfaz, normalmente, com o nome comercial.

Por exemplo, recentemente ficou muito famosa uma Phalaenopsis Blue Mystique, que na verdade, não é um híbrido, mas um processo de tingimento desenvolvido em Phalaenopsis x hybrida. O “x”, no caso, determina que se trata de um híbrido, e os nomes anteriores e posteriores indicam os “pais”.
Assim, temos Dendrobium bigibbum Lindl. x Dendrobium phalaenopsis Fitzg., em que a orquídea “mãe”, que acolhe o pólen, vem indicada primeiro, e é chamada em inglês, pot (ou seed) parente, enquanto a segunda, o fornecedor de pólen, ou pollen parent.

Cymbidium Janet Holland x Cymbidium Khairpour

No caso dessa nossa Cymbidium Kiwi, ela é o resultado da “interacção” entre duas outras Cymbidium que, por sua vez, também são híbridos, a Janet Holland, e a Khairpour. Cymbidium Kiwi Midnight, portanto, é apenas um nome comercial. No entanto, mesmo o nome comercial dá algumas informações interessantes quanto a origem dos híbridos. No caso, entre aspas, temos Geyserland, que vem a ser o nome de uma horticultora australiana, a Geyserland Orchids. Os responsáveis por ela, são Andy Easton, hoje no comando da holandesa New Horizon, e W. D. Bailey.

Sei que muitas pessoas na nossa fan page do Facebook torceram o nariz para essa orquídea, cuja cor preta parece antinatural, mórbida, ou até mesmo a faça semelhante a um morcego. Na verdade, a cor preta não está ausente nas flores naturais, como é o caso do Dracunculus vulgaris, que vocês podem ver abaixo (e imediatamente repudiar, pois realmente não é o que se pode chamar de exuberante). De toda maneira, nossa Kiwi Midnight já recebeu duas premiações, sinalizadas em seu nome. As siglas FCC e AOS significam, respectivamente, “First Class Certificate” e “American Orchid Society“.



Como cultivar seu Cymbidium

Quanto ao cultivo, basta observar os mesmos cuidados que merecem outras orquídeas do mesmo género. Valho-me de informações colectadas na Cymbidium American Society. Também recomendo a leitura desse texto do Orquídeas no Apê, do Sérgio Oyama Júnior, em que ele relata como deixou o uso de químicos e obteve bons resultados com cuidados básicos de iluminação, rega e substrato com suas Cymbidium.


O género Cymbidium ocorre principalmente na Ásia (China e Japão), mas algumas espécies podem ser encontradas também na Austrália. São plantas de clima temperado de altitude que florescem entre o inverno e a primavera em seu habitat natural. O fato de necessitarem de dias quentes e noites frias para obterem uma boa floração leva muitas pessoas a prática de borrifar água gelada durante a noite. Não posso afirmar que o método traga resultados, pois nunca fiz uso dele em minhas plantas. De toda maneira, o importante é que, durante os meses quentes, essas orquídeas gostam de regas mais contantes (2 ou três vezes por semana) e abundantes. Água corrente é recomendável, especialmente em regiões litorâneas onde a exposição a maresia é facilitada e, em geral, quando a água encanada for rica em cal. Essas plantas não gostam de salubridade nas suas folhas e a água corrente, com boa drenagem, pode diminuir a quantidade de sal.


O ambiente deve ser muito bem iluminado, sem incidência directa de luz solar. Ao contrário do que ocorre com a água, no inverno podem tomar um pouco mais de sol e, no verão, evitá-lo totalmente.

Quanto ao substrato, pode ser usado composto bem drenável, levemente ácido. Cymbidiums são espécies terrestres, por isso, podem ser plantadas tanto no solo directo, em canteiro preparado, ou em potes, com substrato adequado.

Fotos da net
©Carlos Coelho

domingo, 18 de janeiro de 2015

O sorriso do diabo


O Diabo da Tasmânia é uma espécie da família dos ursos em vias de extinção e que, para piorar a situação, está a ser dizimada por um tipo de tumor facial. Na foto, um diabo da Tasmânia mostra os dentes, num centro de quarentena em Hobart, na Austrália.

Fonte: Revista Flash
© Carlos Coelho

sábado, 17 de janeiro de 2015

As Mansões dos Famosos - 17

Michael Douglas & Catherine Zeta-Jones

Um ninho de amor, de luxo e à prova de bala


Inspirada nas mansões de Hollywood, a nova residência da família Douglas, em Swansea, no País de gales, possui todas as mordomias próprios de duas conceituadas estrelas da sétima arte. Depois de dois anos de problemas legais e disputas com a vizinhança, Catherine Zeta-Jones e Michael Douglas vão, finalmente, poder ocupar a sua nova moradia, avaliada em três milhões e meio de euros.


Os cerca de 1500 m2 da habitação albergam quatro quartos duplos com casa de banho privativa, jacuzzi, sauna, ginásio, biblioteca, duas salas de estar, uma sala de jantar e uma cozinha. Acrescente-se, ainda uma penthouse destinada, exclusivamente, a ser o espaço de divertimento dos dois filhos do casal. Como se não bastasse, Catherine Zeta-Jones e Michael Douglas exigiram que todos os vidros da habitação fossem à priva de bala e aproveitaram também para revestir o seu exterior com varandins com banho de cobre (no valor de 60 mil euros). Note-se que, além desta luxuosa moradia, o casal possui, em Nova Iorque, nas Bermudas e em Palma de Maiorca.

Nada falta no novo “refúgio” do casal de estrelas de Hollywood. Avaliada em cerca de três milhões e meio de euros, a moradia reúne os mais  variados luxos e até está protegida contra ataques criminosos.

Fonte: Revista VIP
Fotos da revista
Carlos Coelho

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Fabergé

A visão de um génio


São os ovos imperiais mais famosos do Mundo e têm a marca de Peter Carl Fabergé, o joalheiro da corte russa, durante o reinado do czar Aleksandre III e de Nicolau II. Cada ovo era talhado com uma perfeição quase sobrenatural e nele ficava bem implícito a visão de um génio que iria marcar para sempre o mundo da joalharia. A tradição das encomendas do czar a Fabergé tiveram início em 1885 e até 1917, 56 destas obras primas foram produzidas. A leiloeira leiloou algumas  dessas peças do génio, que se crê valerem mais de 90 milhões de euros cada uma, mas que valem cada cêntimo.


























Fonte: Revista Ego
Créditos: Reuters
Foto da net
© Carlos Coelho

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Audrey Hepburn

Uma “Lady” inesquecível

Impossível esquecer a personagem que a celebrizou: Eliza Doolitle, uma pobre florista mal educada, refilona, tagarela e com um forte sotaque cockney que, em My Fair Lady, o professor Higgins quer transformar numa senhora de alta sociedade. Depois de muito cantar The Rain In Spain Stays Mainly in the Plain, Higgins lá consegue transformer a gata borralheira numa verdadeira princesa.


A atriz deu voz às famosas canções do filme e ficou chocada quando viu que tinha sido dobrada por Marni Nixon, o que a fez ficar insegura, porque a sua escolha para interpretar Eliza, imposta ao realizador George Cukor, não tinha sido pacífica.
Este queria que o papel principal fosse atribuído a uma jovem estrela ascendente da Broadway, Julie Andrews (que nesse ano foi nomeada para o Óscar de melhor actriz com o filme Mary Poppins).


Apesar de todos estes contratempos, Audrey Hepburn fez de My Fair Lady um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema, e ficou, ao longo da sua carreira, para sempre associada à imagem juvenil de Eliza.

Uma beleza que desobedecia aos padrões da Época

No Auge da carreira de Audrey, nos anos 50, o corpo franzino, mas esbelto, os seios pequenos e as ancas estreitas iam contra os padrões de beleza das estrelas mais famosas da altura, como Marilyn Monroe (que chegou a ser proposta para protagonista de Boneca de Luxo) e Elizabeth Taylor, mulheres de seios fartos e ancas bem torneadas. No entanto, o seu ar de maria-rapaz, assexuado quando comparado com as sex-symbols da altura, conquistou todos.


Talvez devido à sua aparente fragilidade, os actores que eram escolhidos para contracenar com Audrey ou eram mais velhos ou tinham ar de másculo e paternal. Humphrey Bogart (em Sabrina), Henry Fonda (em Guerra e Paz), Gary Cooper (em Ariane),Cary Grant (em Charada), Rex Harrison (em My Fair Lady) ou Sean Connery (em A Flecha e a Rosa) foram alguns dos seus pares românticos na tela.
O que mais fascinava os realizadores em Audrey era o seu porte majestoso embora humilde, os eu longo e belo pescoço de cisne, os seus olhos tristes, mas sobretudo, os eu rosto expressivo, para alguns só comparável ao de outras actrizes europeias, as igualmente grandes Greta Garbo e Ingrid Bergman.


O rosto de traços geométricos, a elegância e a fotogenia de Audrey desde cedo chamaram a atenção dos editores das revistas de moda. Foi sete vezes capa de uma das mais importantes publicações americanas, a “Life”, proeza só igualada por Marilyn Monroe.

De Princesa a Anjo-da-Guarda


Com o seu porte elegante, o rosto perfeito – dizia o realizador Billy Wilder: “Deus beijou o rosto de Audrey… e ei-la” – e um olhar doce e meigo, era impossível que Audrey não tivesse um papel de princesa no primeiro filme americano que protagonizou, ao lado de Gregory Peck, o adorável Férias em Roma, que lhe valeu um Óscar.


Edda Kathleen Van Heemstra Hepburn-Ruston pertencia, de facto, à aristocracia, pois era filha de uma baronesa Holandesa e de um banqueiro Britânico, nascida na Bélgica em 1929, teve uma adolescência difícil na Holanda ocupada pelos nazis, que destruíram o seu sonho de se tornar bailarina. O encontro com a escritora Colette, que insistiu que ela fosse a sua Gigi na Broadway, seria o primeiro passo na sua carreira de actriz. Daí em diante, os êxitos bateram-lhe à porta: Sabrina, Cinderela em Paris, Boneca de Luxo, entre outros.


Aos 60 anos, no seu último filme, Sempre, de Steven Spielberg, etérea, de branco vestida, Audrey encarnou a personagem que sempre pareceu: um anjo.
Filha de uma baronesa holandesa e de um banqueiro britânico, Audrey tinha para oferecer a Hollywood a distinção que faltava às americanas. O seu porte elegante, a sua graciosidade e os eu rosto perfeito, que Billy Wilder considerou uma dádiva divina, fizeram o resto.

Uma “Boneca de Luxo” humilde e generosa

Desde os tempos de “Sabrina” quem desenhava a roupa que Audrey usava nos filmes era Givenchy. Em “Quando Paris Delira” na foto e “Cinderela em Paris”, com Fred Astaire aparece elegante e sofisticada como sempre.
Se a sorte lhe sorriu em termos profissionais, na vida pessoal Audrey não foi muito feliz. Casada duas vezes, a primeira com o actor Mel Ferrer, a segunda com o neurologista italiano Andreia Dotti, teves grandes dificuldades em concretizar um dos seus maiores desejos: ser mãe. Ao longo da sua vida teve cinco abortos espontâneos, que nem o nascimento de dois filhos ajudou a ultrapassar. 


Fumava muito e perdia muito peso, ela que já era bastante magra. Talvez devido à sua dificuldade em engravidar, e pelo seu visível amor pelas crianças, em 1987 foi oficialmente nomeada embaixadora da boa vontade da UNICEF, uma organização para a qual anteriormente tinha contribuído, ajudando a angariar dinheiro. Nesta qualidade, viajou por todo o mundo, de Macau ao Japão, passando pela Etiópia, Honduras e Guatemala, levando ajuda financeira e a doçura do seu sorriso às crianças. 


Já afectada pelo cancro no cólon que a viria a matar, empreendeu a mais difícil dessas viagens, à Somália, onde a extrema pobreza que viu a marcou profundamente. A quatro meses do seu 64º aniversário, a doença venceu-a após um longo período de sofrimento. Audrey Hepburn morreu na sua casa, na Suíça, onde viveu nos últimos anos. A princesa tornava-se, finalmente, um anjo.

Fonte: Revista Caras
Fotos: Atlantis Press / AEI
CarlosCoelho

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

As Mansões dos Famosos - 16

Federico da Dinamarca & Mary Donaldson

Um palácio de presente

De personalidade discreta e extremamente recatada, o príncipe Federico da Dinamarca é um verdadeiro mestre do secretismo. Pouco se sabe da sua vida privada – que não seja com o seu inteiro consentimento – e nem mesmo o amor o tornou mais solto. Aos 35 anos, o herdeiro à coroa é pressionado pelo seu povo para casar e arranjar descendência, mas o príncipe Federico não quer saber de imposições.
De namoro firme com a australiana Mary Donaldson, de 32 anos, o príncipe continua sem querer marcar data para a boda, talvez porque já faz vida de casado. Seja como for, antes de falecer, a rainha Ingrid deixou-lhe em testamento uma belíssima prenda de casamento: nada mais nada menos do que o palácio Federico VIII, uma das quatro propriedades de Amalienborg.
O edifício, com 4000 metros quadrados de área, data de 1750 e foi mandado construir pelo barão Joachim Brockdorff. As últimas obras de restauro aconteceram em 1934, por ordem do casal real Federico IX e Ingrid, avós de príncipe Federico.
Agora, é também intensão do príncipe e da sua bonita namorada renovarem algumas divisões do grandioso palácio, nomeadamente, a cozinha e casas de banho, que se encontram muito degradadas. Enquanto isso, é na casa Kandelli, anexa ao Castelo de Fredensborg, que os “noivos” têm a sua “modesta” residência.

Fonte: Revista Nova Gente
Fotos: Dana Press / Cityfiles
Carlos Coelho