sábado, 17 de março de 2007

Rudolfo Nureyev

 

Um dos maiores bailarinos de sempre

Desde que foi um dos maiores bailarinos clássicos do mundo já muito se escreveu. As suas qualidades, e também os defeitos, fizeram correr rios de tinta, mas com a sua morte sobrevém a sensação de perda que só se sente quando desaparecem os expoentes maiores da cultura.

Rudolfo Hametovich Nureyev nasceu numa carruagem de comboio, a 17 de Março de 1938. A sua família não tinha nenhuma tradição no campo da dança ou de qualquer outra arte. Daí que fosse a contragosto de seu pai que, com onze anos de idade, começasse a estudar bailado na escola de Ópera de UFA.

Com quinze anos terminou o curso, integrou-se no corpo de baile desta companhia, tendo sido contratado como estagiário. Um ano depois passava a efectivo e isso levá-lo-ia a Moscovo. Corria o ano de 1955 e Nureyev, aproveitado a estada na capital, faz uma audição para a Escola de Bolshoi. Acabou por ser aceite, mas como esta escola não tinha residência para os alunos resolveu tentar a sua sorte em Leninegrado, mais concretamente na Academia de Ballet Kirov.

Em Setembro iniciava o seu treino e foi aqui que encontrou o mestre que acabou por ser decisivo na evolução da sua carreira: Alexander Pushkin. Em Junho de 1958, aquando duma competição em Moscovo, conseguiu fazer-se notado por parte de alguns responsáveis por outros corpos de ballet mais importantes e acabou por ingressar na companhia de Leninegrado. A sua estreia aconteceu com o bailado Laurencia e três anos depois dançava já todo o reportório clássico, tendo por pares Irina Kolpakova ou Alla Shelest.

Em 1961 foi incluído na visita do Kirov a Paris e obteve grandes sucessos. Foi nesta altura que Nureyev resolveu pedir asilo político ao governo Francês. É o início de uma carreira mundial.

32 anos de sucesso

Rudolfo Nureyev acabou por conhecer duas pessoas extremamente importantes para a sua carreira artística: Margot Fonteyn e Erik Bruhn. Este dançarino dinamarquês acabou por ser o seu conselheiro artístico, quase até à data da sua morte, em 1986. Margot também já falecida, levou-o para o Royal Ballet inglês. Juntos formaram uma das maisaplaudidas duplas desta metade do século.

(Rudolfo Nureyev e Margot Fonteyn)

Nureyev também esteve entre nós. Lisboa pôde aplaudi-lo, em 1969, em bailados como Giselle, Corsário e Margarida e Armando, no Teatro Nacional de São Carlos e no Coliseu dos Recreios. Mais recentemente, naquela que foi anunciada como a tournée de despedida, pudemos vê-lo de novo no Coliseu com o espectáculo Nureyev e Amigos.

Mas já não era o mesmo dançarino de outrora. A doença minara-lhe o fulgor de outros tempos e só os olhos reflectiam o fogo do grande bailarino.

A 6 de janeiro de 1993 apagou-se a estrela de Rudolfo Nureyev, vítima de Sida, mas a sua memória vai continuar viva para sempre. Com a sua morte desaparece um dos maiores bailarinos de todos os tempos, mas o seu nome fica gravado a ouro na história do bailado. Morreu Nureyev. Viva Nureyev.


Fonte: Revista TV7Dias

Fonte/texto: Desconhecido

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sexta-feira, 16 de março de 2007

Tomate-Cereja

Concentrado de nutrientes

Pelo seu tamanho e sabor, menos ácido e bastante mais doce, é a variedade de tomate preferida dos mais pequenos e a mais aconselhada para pessoas que sofrem de acidez no estômago. Este tomate miniatura é tão apetecível, que há quem o coma como se fosse azeitona.

Protege de cancro

A cor deste vegetal denuncia o grande conteúdo em licopeno, um pigmento vegetal que, para além de atrasar o processo de envelhecimento, fortalece o sistema de defesas e actua como protector face a alguns tipos de cancro, como o da próstata, do pulmão, do pâncreas, do estômago e do cólon. Para absorver melhor os nutrientes, tempere-os com azeite ou polvilhe-os com sementes de sésamo, abóbora ou girassol.

Mais do que um elemento decorativo

100 Gramas deste tipo de tomate, também conhecido como cherry ou jardim, muito utilizado na decoração de pratos, contém, por 100 gramas, 33 por cento da quantidade de vitamina C e 25 por cento de vitamina E, que requeremos diariamente.

Fonte: Revista Maria

Texto: Dr. Custódio César (nutricionista)

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©Carlos Coelho


quinta-feira, 15 de março de 2007

Enquianto

 Uma infinidade de campainhas

Nome científico: Enkianthus

Família: Ericáceas

Origem: Japão

Ao género Enkianthus pertencem uma dezena de espécies de arbustos decíduos ou semicaducifólios (segundo a temperatura e a humidade), de cerca de 6 metros de altura. Têm folhas finamente dentadas, reunidas em grupinhos terminais em ramos pequenos.

São muito apreciados pela floração abundante, com uma multitude de flores pequenas, ligeiramente pendentes, em umbelas ou racimos terminais, com a corola em forma de sino ou vasilha, e por folhas que, no Outono, adquirem uma coloração muito viva.

O Enkianthus campanulatus é uma espécie de porte esparramado. As folhas são decíduas, verde-escuras, de forma obovada ou elíptica.

As flores são de cor amarelo-creme ou alaranjada, com nervura vermelha, reunidas em racimos e abrem-se até meados da Primavera. A variedade Rubens, com flores listadas de vermelho-vivo, está muito difundida.

O E. chinensis tem flores amarelas com gradações vermelhas maiores que as das outras espécies, que florescem até ao começo do verão. As folhas, decíduas, são amplas, com o pecíolo vermelho.

O E. perulatus (ou E. japonicus), compacto, de crescimento lento, é caracterizado pelos gomos jovens vermelhos. As folhas, decíduas, são agudas. Tem flores brancas em forma de vasilha, que se abrem na Primavera.

Cultivo

(Enkianthus campanulatus, as folhas outonais)

Os enquiantos cultivam-se na terra, como plantas isoladas, ou em pequenos grupos em parques ou jardins, em canteiros mistos e também em soutos. Nos terraços e varandas, cultivam-se em jardineiras e vasos.

Planta-se no Outono (nas zonas de invernos frios) ou na Primavera, em terras ácidas ou neutras, nunca calcárias, ricas em matéria orgânica (50-70Kg/m2). As jardineiras e os vasos devem ser suficientes grandes (pelo menos com 20-30cm de diâmetro) para evitar a transplantação das plantas, pois não gostam de ser molestadas. O substrato deve compor-se de 2/3 de terra fértil e 1/3 de turfa; na Primavera, todos os 20-30 dias, junta-se à água da rega 15 g de adubo complexo por decalitro. A poda só é necessária para se eliminarem os ramos secos, deteriorados ou desordenados.

Multiplicação

(Enkianthus campanulatus, florações  de diferentes cores)

Os enquiantos reproduzem-se na segunda metade do Verão mediantes estacas semilenhosas (ramo do ano mais uma porção do ramo portador), de uns 10 cm de comprimento, que se põem a enraizar em caixotes num substrato à base de turfa e areia em partes iguais, num lugar abrigado, mas sem aquecimento. Na Primavera seguinte, distribuem-se individualmente; a plantação realiza-se transcorridos dois ou três anos.

Doenças e parasitas

(Enkianthus campanulatus, florações de diferentes cores)

Os enquiantos são resistentes às doenças e aos parasitas. As cochonilhas podem infestá-los, provocando danos directos, sugando-lhes a seiva, e indirectos, dando origem à fumagina. Tratam-se com anticóccidios, após se terem eliminado as partes mais infestadas.

(Enkianthus perulatus)

Exposição

Os enquiantos podem-se colocar em posições soalheiras, na semi-sombra e também em soutos.

Temperatura

São plantas resistentes tanto às altas como às baixas temperaturas.

Rega

Só é necessária nos períodos de seca prolongada, sobretudo nas plantas jovens e nas cultivadas em jardineiras ou vasos.

Fonte:

Texto/Autor:

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quarta-feira, 14 de março de 2007

Medusa-de-Pintas

Nome comum: Medusa-de-pintas

Nome Científico: Phyllorhiza punctata

Habitat do pacífico: Oceano Pacífico

Onde encontrar no Pacífico: Habitat do pacífico

Estatuto de Conservação: não atribuído, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.

Como ajudar? Evita poluir as praias, assim estarás a proteger as espécies marinhas.

Mais conhecidas por alforrecas, as medusas são do mesmo grupo das anémonas e dos corais. Enquanto os corais e as anémonas têm os tentáculos virados para cima, as medusas têm-nos virados para baixo, fazendo lembrar um chapéu-de-chuva. As medusas pairam nos oceanos, movimentando-se calmamente ao sabor da corrente. Para fazerem estes movimentos delicados, abrem e fecham a parte do corpo em forma de disco. Acredita que este disco pode ter sessenta centímetros de diâmetro? Aliás, esta impressionante medusa pode pesar até dez quilogramas! A medusa-de-pintas surpreende pelas pintas que apresenta no corpo!

O corpo azulado salpicado de pintas brancas torna-a muito fácil de reconhecer! O que é mais engraçado é que estas pintas são, na verdade, algas muito pequenas que vivem no corpo da medusa. Para se alimentar a medusa-de-pintas usa os seus oito braços, curtos e grossos, que têm várias «bocas» armadas com pequenos arpões, que servem para capturar pequenos organismos que vivem na água. Estas estruturas, que têm um nome muito esquisito, nematocistos, são pequenas cápsulas que contém um dardo que dispara contra uma presa ou mesmo contra um agressor! Por isso, quando se mergulha perto das medusas tem que se ter sempre muito cuidado!

As medusas são o alimento favorito de muitas tartarugas marinhas. Mas há um problema, os sacos de plástico à deriva são confundidos com medusas por estes animais, que acabam por ingeridos, pondo a sua vida em risco.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/Autor: Oceanário

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terça-feira, 13 de março de 2007

Tatuagens

 Misérias e grandeza da tatuagem

(Homem maori tatuado. Crédito: Thomas Chambers a partir de arte original de Sydney Parkinson, século 18/Wikimedia Commons)

O tempo, no seu longo e vertiginoso rodar, não conseguiu banir por completo, mesmo entre os povos de maior civilização, certas usanças e crenças dos nossos mais remotos antepassados.

A responsabilidade deste facto cabe em maior quinhão, como pretende Lombroso ao atavismo e á tradição que ele magistralmente define como outra espécie ou género de atavismo histórico.

No número dessas baldas perduráveis conta-se a tatuagem.

Vinda, presumivelmente, do paleolítico inferior, do período denominado mousteriano, ela constitui, por isso um dos múltiplos e dos mais resistentes elos desta grossa cadeia que jungue certos hábitos da época presente aos das mais antigas eras.

Como um imperturbável viandante, audacioso e resoluto, a tatuagem conseguiu, apesar de perseguida pelas religiões, pelas leis e pelo preconceito social, galgar, com serenidade e pertinácia, todas as barreiras que lhe opuseram as idades e as civilizações.

A tatuagem na antiguidade

(Nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia realizavam rituais religiosos que incluíam a confecção de figuras colorizadas definitivas sob a pele.)

Servindo quase sempre a vaidade, se a vemos muitas vezes, rastejando pelos antros e ruelas da amargura, dando o braço ao vício, ao crime e á ignomínia, também a encontramos, a cada passo, altaneira e triunfante, pondo os seus préstimos ao serviço do amor, da mística, do patriotismo e de todos os mais elevados e belos sentimentos. Por esta razão entra nos templos, ornamentando os braços das vestais; desenhando o instrumento do suplício de Cristo, patenteia-se nos braços e nas mãos dos pagãos, convertidos ao cristianismo pelos Apóstolos; adorna o corpo dos sacerdotes romanos, na pele, de cada um dos quais, mostra o símbolo de Deus a que ele rende culto.

(Crédito: Christina Enrich, H2Fotografie)

E, nessas épocas da velha Roma dos Césares e do antigo Egipto dos Faraós, ainda mais alto se vê erguer o prestígio, a honra e a grandeza da tatuagem: os imperadores ostentaram-na, sobranceira ao seu «braçarium», em emblemas com o desenho duma águia, que define e sintetiza todo o poder Imperial Romano. Da sua passagem gloriosa pelo Egipto colhe-se notícia na «Biblioteca das Colunas», sobre as margens do Lago Meris, conhecida também por «Tesouro dos Remédios da Alma».

Nesta vetusta biblioteca, a mais velha das que a História faz referência, pois remonta ao ano 2188 a.C., se pode ir conhecer o ensinamento de que Osimandias, o Faraó promotor da conquista dos Bactros, vindos da Ásia, em sinal de regozijo por este feito e em acção de graças aos deuses, fez gravar nas carnes do seu peito o desenho do «Ocaso do Sol», símbolo de Osíris.

A tatuagem de Eduardo VII

Igual aura e destino lhe têm proporcionado, algumas vezes, estas últimas dezenas de anos, que continuaram a abrir-lhe as portas dos paços reais e dos palácios imperiais.

Assim, a princesa Maria, enamorada do principe Valdemar, da Dinamarca, oficial da marinha de guerra, saiu um dia do palácio vestida com o fato da sua criada particular, para mandar tatuar na pele do seu braço uma âncora, em homenagem ao seu futuro marido.

Para ninguém é também estranho que o rei Eduardo VII, quando Príncipe de Gales, viajou pelos lugares santos, e aí, sensibilizado e cativado pelos olhos negros aveludados e meigos da filha de um tatuador, pagou ao pai para lhe gravar no braço esquerdo o símbolo da religião cristã. Parece, até, que este facto lhe deu uma certa satisfação, segundo o afirma Gabriel de Charmes, no artigo «Viagens na Síria», publicado no número de Junho de 1881 da «Revue des Deux Mondes», corroborando-o com esta certidão passada ao tatuador:

«Ceci est le certificat de Francis souwan. A grave la croix de jerusalem sur le bras de S. A. Le prince de Galles. La satisfaction de Sa Magesté a éprouvée de cette opération prouve qu’elle peut être recommandée. Signé: Vanne, Courrier de la suite de S. A. Le prince de Galles. Jerusalem, le 2 Avril 1862».

Este gesto do monarca rapidamente se divulgou. Então, a tatuagem espalha-se profusamente entre a gente e a corte Inglesa. Além do Duque de Saxe-Coburgo Gotha e do seu cunhado grão-duque Alexis, tatuaram-se o sobrinho daquele, duque de York, muitos lords, damas e a fina flor aristocrática.

 

Pela leitura e ilustrações das revistas e jornais ingleses fez-se ideia nítida e perfeita da autêntica epidemia de tatuagem, que assolou a pele do povo da Grã-Bretanha, para solenizar a coroação do rei Jorge VI.

(Sutherland Macdonald)

Durante o reinado do seu avô, um professor Williams especialista em tatuação, tornou-se notável e rico pois estipulava para as suas tatuagens o preço mínimo de 50 libras; posteriormente, um outro artista londrino, de nome Macdonald, montou um escritório e uma oficina de tatuador na Jeremyn-street, que foi largamente visitada e utilizada pela gente mais distinta e celebre da corte. Este tatuador conseguiu também amealhar uma boa fortuna.

As epidemias da tatuagem

Estas epidemias e endemias da tatuagem, originadas por acontecimentos de natureza patriótica ou de natureza política e outros, são vulgares dentro das fronteiras de alguns países, alastrando, mesmo, pelo mundo civilizado.

No decurso da chamada Grande Guerra, desde 1914 a 1918, houve nas trincheiras milhares de tatuações. Indivíduos pertencentes às mais diversas classes sociais, que, no geral, não costumavam ser portadores desses desenhos dérmicos, resolveram deixar-se tatuar. Assim foi com médicos, advogados, empregados comerciais e de escritório, operários, etc.

Entre nós, durante os agitados tempos das lutas e da implementação do regime liberal, bem como no período da propaganda da Républica e nos primeiros anos após a sua proclamação, registou-se um notável acréscimo da tatuagem, apresentada em emblemas políticos, respectivamente, coroas reais, barretes frígios, figuras e bustos da república, bandeiras, etc.

E por estar estudado e averiguado, desde há muito, este recrudescimento dos desenhos da derme, sempre que aparece uma nova mística ou que um novo regime se interpõe na mancha política de uma nação, não deve surpreender-nos que os nazis se tivessem tatuado á farta com o símbolo sectário da cruz suástica.

«Morte aos reis»

E inconveniente destas ideias extravagantes são as surpresas que o futuro reserva, por vezes, aos portadores desses desenhos, que os colocam em sérios embaraços. É que esses símbolos num dado momento podem tornar-se altamente comprometedores e prejudiciais.

Assim aconteceu a muitos combatentes da outra guerra, assim está sucedendo aos nazis, mas com piores consequências. Já assim tinha acontecido, certo dia. Aquele general Bernardotte, que Napoleão sentou no trono da Suécia, com nome de Carlos XIV. De uma vez, sentindo-se gravemente doente, recusou com toda a sua energia a deixar-se sangrar, apesar do seu médico assistente lhe preconizar essa intervenção cirúrgica como única esperança de salvatério. Por fim julgando-se perdido e continuando a ser assediado pela insistente teimosia do clínico, conformou-se a consentiu, embora contrariado e mal disposto. Impôs, porém, uma condição: o médico prestaria juramento prévio de que a ninguém contaria o que ia observar no seu régio braço.

Assim foi. E … porque o cirurgião cumpriu religiosamente o seu juramento revelam os livros – não o médico – Esse segredo: al levantar-lhe a manga da camisa, o clínico viu, com surpresa e espanto, que o monarca, na região do sangradouro, tinha tatuado um barrete frígio e sobre ele, esta curiosa legenda: «Morte aos reis».

Beethoven tinha dedicado a sua famosa 3ª sinfonia – a «Heroica» - a Napoleão, em cujos feitos inspirara o seu trabalho. Ao saber, porém, que Napoleão, tomado de cega cobiça do mando, se fizera coroar Imperador, tirou-lhe a dedicatória e pôs-lhe este título: «Grande Sinfonia heroica, composta para festejar a memória de um grande homem».

Fonte: Revista Ver e Crer nº6 Outubro 1945

Texto/Autor: Dr. Rodolfo Xavier da Silva

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segunda-feira, 12 de março de 2007

Ben Nicholson

(1894-1982), 1936

Ben Nicholson nasce na Grã-Bretanha em 1894. Depois de uma série de viagens por França, Itália e Nova Iorque, casa com uma artista chamada Winifred Roberts e passa a viver entre Inglaterra, Estados Unidos da América e Suíça.

Mais tarde, conhece uma escultora chamada Barbara Hepworth e divorcia-se, para poder casar-se com ela. Na década de 1930 faz muitas viagens a paris e conhece muitos artistas importantes como Picasso, Braque, Hans Arp e Mondrian.

(Pintura, Vermelho Cádmio, Limão e Cerúleo)

Por influência do pai que também era artista, as suas pinturas iniciais eram naturezas mortas (que quer dizer, pintura de algo que não se mexe), mas ficou muito conhecido pelas suas obras abstratas, inspiradas no construtivismo e no cubismo.

 Esta obra, intitulada Pintura, Vermelho Cádmio, Limão e Cerúleo, é um excelente exemplo da pintura abstracta de Ben Nicholson.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/autor: desconhecido

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domingo, 11 de março de 2007

Alface Roxa

 


Ganhe energia!

Este legume, tão utilizado na confecção de saladas e sopas, contém inúmeros benefícios para o organismo. A sua cor verde escura denuncia a riqueza em clorofila, um pigmento que actua como reconstituinte em anemias e estados de convalescença, alivia a prisão de ventre e elimina parasitas do intestino.

Rico em Betacarotenos

A alface roxa contém um elevado conteúdo destes nutrientes, que ajudam a proteger as mucosas do aparelho respiratório, um pormenor especialmente importante para pessoas que sofram de asma ou de alergias.

Essencial para Futuras mães

Este alimento é rico em ácido fólico, muito importante para mulheres que estão na fase de gestação ou que desejam engravidar. Esta vitamina intervém na multiplicação celular e previne a espinha bífida e outras malformações do feto.

Na dieta dos mais pequenos

Devido ao sabor e à textura, este tipo de alface é facilmente apreciado pelas crianças. Por isso, inclua-a na dieta deles, uma vez que aumenta as defesas e fortalece os ossos.

Fonte: Revista Maria

Texto/autor: Dr. Custódio César, nutricionista

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sábado, 10 de março de 2007

Malta

Pode correr-se o risco de se ficar esmagado pelo gozo de gozar em gozo. O calão permite-se quando está em causa o melhor da vida. Isto é, uma capital excêntrica com nome de mulher e rainha – Victória -, águas semi-virgens do Mediterrâneo e terra de cavaleiros do templo. Uma das três ilhas do arquipélago de Malta, o lugar imaginado da utopia. Se numa noite de verão o viajante subir à Cidadela de Gozo, verá divisar-se, entre as nuvens de pó que se erguem na planície, a figura mística do quinto cavaleiro. Como um mensageiro de Deus ou um anjo (ou uma alma penada), este virá montado num possante corcel, oculto por um longo manto e a dobra espessa do turbante.

Quando o vento acalmar e a investida e as patas empinadas lhe estiverem a dois palmos do nariz, o viajante fará uma vénia e subirá para o dorso musculado do corcel, levantando do chão apenas pelo sopro vulcânico da terra.

Antes de o sol nascer, e no tempo de um pestanejar, acordará deitado num tapete de Damasco e diante dos seus olhos pasmados terá no lugar de ouro, incenso e mirra, ou de um burro, uma vaca e um charolês, a sublime visão de Malta. É neste clima épico que se pronuncia a fantasia. Diz-se que os malteses herdaram o melhor dos ingleses, o que está patente na arquitectura das casas, na pontualidade, na gastronomia – as tartes são um prato recorrente – ou na língua que usam como mãe. Mais recentemente, as noções de aculturação estendem-se ao futebol e as ruas de Gozo e Malta encheram-se de sósias de David Beckham. Assim, rapaz que preze a virilidade usa patilhas com madeixas, muda de penteado dia sim, dia não e sonha em ter uma namorada de nome Victória, uma rainha ocidental com voz de cotovia. Talvez isso explique a metamorfose das raparigas, que se juntam aos grupinhos para ensaiar temas da pop inglesa vestidas como as Doce nos seus tempos áureos, como se o seu futuro sentimental e a hipótese de constituir família dependessem do talento para as cantigas.

(Grand Harbour em 1801)

Depois há as senhoras de meia-idade e as avós com caras – e bigodes – de lobo mau, que olham de lado estes excessos, pesarosas de as filhas e netinhas trocarem promissora carreira no convento por um espectáculo tão deprimente. Tudo se passa na rua e o momento é risível. Mas, se pergunto a Maria – uma das muitas Marias da terra – se se importa com os maneirismos da neta, só comenta que gostava mais de vê-la na igreja a ajudar o padre-cura na missa ou a cursar catequese. Parece medieval, mas é o que é. Os tempos mudam, porém. Os filhos e netos malteses preferem hoje imaginar-se nos palcos de concertos de música, nos estádios de futebol – onde nunca lograram sucesso – ou nas salas de cinema com o cabedal de Brad Pitt e os penteados de David Beckham.

O fervor religioso foram busca-lo aos italianos, os únicos que os superam na proporção de igrejas por habitante.

(Plano da cidade de Valeta, 1680)

Dos turcos consta que a herança está no poder de encaixe… das bebidas pesadas. E se numa noite de verão o viajante se deita à varanda depois de um dia inteiro de romaria, ocorre-lhe pensar que a religião é o ópio do povo e o povo, é quem mais ordena, e o que lhe apetece, afinal, é demolhar as papilas num Lavagulin ou fumar ervas por um cachimbo de água. Um daqueles cachimbos de essências lúbricas dos souks do Cairo que depois de fumados deixam um homem santo. E nada é impossível de conseguir se até um reluzente disco de vinil dos Abba lhe foi dado comprar no mercado de Gharb, em Victória, ou um escafandro untado de um verdete falso posto à pressa nessa manhã e que o hábil vendedor o tentou convencer ter sido pertença de um marujo de Drake. Onde andaria o Drake quando Malta era potência do Mediterrâneo e vespeiro onde todos procuravam assentar o ferrão? Ainda se fosse de algum corsário fariseu a soldo de Filipe II… De resto, para animar em Malta não faltarão pretextos: das rotas esotéricas do glorioso Corto Maltese, aos trilhos dos cavaleiros da Grã Ordem, das farras olímpicas possíveis em qualquer taverna de estrada e a qualquer hora aos mais selectos restos de paleta mediterrânica, como o impagável Sultan, um grego cipriota rendido aos ares malteses, com tabanca posta nos areais de Comino.

 Nota Histórica              

(Cerco Otomano a Valeta em 1565)

Malta é habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que baptizaram a ilha principal Malat, o que significa refúgio seguro. Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Ciclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do Sul da Itália. Por volta do ano 1000ª.C. as ilhas eram uma colónia fenícia. Em 736 a.C. foram ocupados pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.), e depois dos romanos (218 a. C.), quando recebeu o nome de Melita. Segundo a lenda nos Actos dos Apóstolos, no ano 60 da era Cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão dos seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje. Com a divisão do Império Romano em 395 d.C., a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram o seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A Influência árabe pode ser encontrada na moderna língua maltesa, uma língua fortemente romanizada que deriva do árabe vernáculo.

As Ilhas que fazem parte da União                 

(Vista geral da cidadela de Victoria)

A República de Malta é composta por um arquipélago de cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km do sul da Ilha da Sicília, a Sudoeste da Itália, e a 290km ao Norte da Líbia, na África. Está situada no centro do Mediterrâneo. As cinco ilhas do arquipélago maltês são: Malta, Gozo, Comino, e duas ilhas desabitadas, Cominatto e Filfla, as quais, no total, têm uma superfície de 316km2 e abrigam uma população estimada em 400 214 habitantes. A República de Malta passou a fazer parte da EU – União Europeia – a partir de 2004.

A terra de Corto Maltese

Entre os ilustres nativos malteses, o herói da banda desenhada. Corto (Maltese) mantém a sua popularidade intacta. O viajante deve munir-se de notas biográficas de Hugo Pratt (‘O desejo de ser inútil’, edições Relógio d’água) e fazer-se ás estradas, cavernas, grutas, rochedos, mares…

Muitas missas e festas

O Arquipélago maltês é um dos lugares com mais religiosos praticantes por metro quadrado. Recomenda-se ao visitante ateu ou beato que assista pelo menos a uma missa, e se for em época de festas, que acompanhe o corso ou a romaria.

Fonte: Revista Domingo

Texto: Tiago Salazar

Fotos da net: Alma de Viajante

sexta-feira, 9 de março de 2007

William James Sidis

A trágica história do "homem mais inteligente de todos os tempos"

William James Sidis, que já foi chamado de "o humano mais inteligente de todos os tempos", nasceu em Nova York, em 1898. O QI de um humano mediano é de 90 a 110 pontos. O de um adulto superdotado (6% da população) é de 111 a 120 pontos. Sidis possuía um QI de 250 a 300.

Sidis começou a ler antes de completar dois anos de idade, escreveu livros de Anatomia e Astronomia entre os 4 e os 8 anos, idade na qual já falava oito idiomas. Aos 11 anos, ingressou na Universidade de Harvard, onde se formou em matemática aos 16. No entanto, ele não deixou nenhum legado extraordinário nem para a ciência nem para a humanidade em geral.

 A verdade é que as ambições dos seus pais, que constantemente o submetiam a exames para medir sua inteligência, resultaram num cotidiano torturante.

Sidis passou a vida adulta em isolamento quase absoluto, num pequeno apartamento em Boston, que somente abandonava para visitar  países, ou ir a reuniões políticas, o único ambiente social do qual eventualmente participava. Foi em uma dessas reuniões que conheceu Martha Foley, ativista irlandesa que pouco se importava com a sua reputação de gênio superdotado.  Os dois chegaram a ser presos juntos durante um protesto no Dia do Trabalho, em 1919.

(Foto, William James Sidis e Martha Foley)

O seu pai, Boris Sidis, assumiu um compromisso com o magistrado local para manter William fora da prisão, e internou-o no seu sanatório em Nova Hampshire durante um ano, subsequentemente levando-o à Califórnia, onde passou outro ano em internamento. Enquanto ficou no sanatório, os seus pais tentaram "reformar" a sua visão política, ameaçando transferi-lo definitivamente para um asilo. Willian  declarou-se  socialista!

Mas a ligação entre Sidis e Foley acabou após ambos se terem  mudado para Nova York. Pouco depois, ela casou-se com outro homem. Em seguida, Sidis, ficou cada vez mais recluso, deixando de ver o seu pai e de frequentar eventos políticos.

Além das 40 línguas que falava, o gênio também escreveu vários artigos sobre história, governo, política, economia, antropologia, filologia, entre outros. Segundo Abraham Sperling, diretor do Instituto de Teste de Aptidões de Nova Iorque, William "tinha facilmente um QI entre 250 e 300 pontos”.

Ele passou os últimos anos de vida a trabalhar anonimamente como contador, trocou de emprego quando era reconhecido como ex-criança-prodígio. Morreu a 17 de julho de 1944, aos 46 anos de idade, de uma embolia cerebral. Da mesma maneira, que o seu pai faleceu em 1923, aos 56 anos.  Atualmente, o seu corpo está sepultado no Cemitério do Sul, em Nova Hampshire nos Estados Unidos.

 Uma semana depois, quando as autoridades descobriram o corpo, encontram um único pertence mais pessoal em sua carteira: uma foto amassada de Martha Foley.

(Foto,William James Sidis quando se formou em Harvard, 1916)

Pseudônimo(s): John W. Shattuck, Frank Folupa,  Parker Greene,  Jacob Marmor

Nacionalidade        Estados Unidos estadunidense

Alma mater: Universidade Rice Harvard Law School, Universidade Harvard

Ocupação: Matemático, Antropólogo, Historiador, Linguista, Inventor, Escritor, Médico, Psicólogo, Advogado, Ativista pela paz.

Empregador:  Universidade Rice

Magnum opus: The Animate and the Inanimate (1925), The Tribes and the States (c.1935)

Fonte: https://super.abril.com.br/

Texto/autor: desconhecido

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quinta-feira, 8 de março de 2007

Estradas Romanas

 Por que os romanos antigos construíram tantas estradas retas?

Nem todos devem ter notado, mas quando olhamos mais de perto descobrimos que a maioria das antigas estradas romanas são retas. Algumas dessas estradas têm curvas ou curvas, mas a maioria das estradas na Europa construídas por romanos antigos são retas e há uma razão para isso.

Os romanos antigos não construíam estradas que deveriam ser usadas por pessoas comuns.

A Via Munita, eram estradas construídas regularmente, pavimentadas com blocos retangulares de pedra local ou com blocos poligonais de lava. Estes tipos de estradas foram construídas para serem usadas por unidades do exército e funcionários do governo. Apenas pessoas com um passe especial foram autorizadas a usá-las. O motivo era a necessidade de velocidade. Quando os exércitos tiveram que ser movidos ou os funcionários tiveram que lidar com emergências, a velocidade era de grande importância.

Todos os outros tiveram que processar usar rastros de terra locais. Colinas e vales íngremes não afetaram a retidão da Via Munita. Estradas romanas antigas foram direto para as encostas e o homem marchando era esperado seguir a estrada e descansar no topo da colina antes de seguir em frente.

A partir de aproximadamente 450 a.C., as Leis das Doze Tabelas especificaram que uma estrada deve ter 2 metros de largura, onde reta e 16 pés onde curvada. As práticas reais da lei ocasionalmente variavam a partir deste padrão.

No auge do desenvolvimento de Roma, nada menos que 29 grandes rodovias militares irradiaram da capital, e as 113 províncias do falecido Império foram interligadas por 372 grandes estradas.

O todo compreendeu mais de 400.000 quilômetros de estradas, das quais mais de 80.500 quilômetros foram pavimentadas em pedra. Muitas estradas romanas sobreviveram por milênios. Os romanos antigos certamente sabiam como construir edifícios e estradas que duravam muito tempo.

Fonte:https://fatocuriosos.club/por-que-os-romanos-antigos-construiramtantasestradasretas/?fbclid=IwAR0epSBj03odwMEtx66aBEFnjZtkpymgkiuiHQzFWBbWsV0TB99mFpa

Texto: ancientpages 

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