quinta-feira, 18 de junho de 2020

Urso-Pardo



Os Ursos-pardos, que antigamente habitavam toda a Europa, Norte de África, Ásia a norte dos Himalaias e América do Norte, hoje só se encontram na Rússia, em regiões montanhosas da Europa e em algumas regiões da américa do Norte. De corpo pesado e robusto, pêlo castanho-escuro, cauda curta e patas fortes com cinco garras, usadas para escavar o solo em busca de alimento ou de abrigo, para pescar, para trepar e para defesa, os ursos-pardos têm uma cabeça larga com orelhas curtas e arredondadas e o focinho comprido.



Os que vivem mais a norte são os maiores e é no Outono que todos atingem o seu peso máximo graças às reservas de gordura acumuladas, podendo os machos chegar aos 780 quilos. São animais solitários, mas podem reunir-se onde haja muita comida. No inverno recolhem-se em grutas forradas com vegetação seca, ficando num estado letárgico, como se estivessem a dormir. Assim poupam energia e não sofrem com a falta de alimento.


Sobrevivem graças às reservas de gordura a cumuladas no Verão e no Outono. Em estado de letargia, o urso não come, não bebe, não defeca nem urina, mas pode acordar para se defender de predadores, como os lobos. Por isso os especialistas não falam em verdadeira hibernação.
Os ursos-pardos preferem os vegetais, mas a sua dieta é omnívora, incluindo herbáceas, frutos, insectos, mel, truta e salmão, ovos e juvenis de aves, roedores, veados, renas ou alces. 


Os bebés ursos nascem sempre na toca onde as mães passam o Inverno, de olhos fechados, sem pêlo e com cerca de meio quilo, mas crescem num instante graças ao leite das mães ursas, que é espesso, viscoso e muito rico em gordura e proteína. Mamam durante ano e meio e ficam com a mãe até aos três ou quatro anos, aprendendo com ela as técnicas de sobrevivência como adultos solitários.

Fonte: Revista Terra do Nunca
Texto: Jardim Zoológico
Fotos: Net
© Carlos Coelho

terça-feira, 16 de junho de 2020

Língua



É o órgão muscular responsável pelo paladar, localizado na boca e utilizado na ingestão de alimentos e na articulação de sons. O paladar ou o gosto está associado ao sentido do olfacto. Ou seja, o centro do olfacto e do gosto no cérebro combina a informação sensorial da língua e do nariz. A língua contem milhares de pequenas papilas gustativas que cobrem grande parte da superfície. Os receptores das papilas são estimulados assim que os alimentos ou líquidos entram na boca. Por sua vez, as papilas gustativas enviam impulsos nervosos para o centro do olfacto e do gosto do cérebro que os interpreta como sabor.


Enquanto as papilas gustativas na ponta da língua detectam o sabor doce e as dos lados o salgado e o ácido, as de trás detectam o sabor amargo. Para que distinga a maioria dos sabores, o cérebro necessita da informação de ambos os sentidos.
Um dos distúrbios mais frequente que afectam a língua é a ageusia, ou seja, a perda ou redução do sentido do gosto. Outro é a disgeusia, caracterizada pela distorção do paladar. Estas complicações são consequência de diversos factores, entre os quais se destaca o consumo de tabaco.

Fonte: Revista Nova Gente /Dicionário de Saúde
Foto: net
© Carlos Coelho

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Flor-cadáver


Flor-cadáver: maior flor do mundo floresce na Bélgica



Um espécime da Amorphophallus titanum, ou Flor-Cadáver – nome pelo qual é mais conhecida, a maior flor do mundo, floresceu nesta quarta-feira no Jardim Botânico de Meise, no norte da Bélgica, embora este ano os curiosos tenham que se contentar em assistir à floração em vídeo porque a estufa está fechado pela pandemia de coronavírus.
Esta é a décima vez que a planta floresce na Bélgica desde que chegou em 2008, mas desta vez os corajosos que, normalmente, a visitam não poderão apreciar o cheiro desagradável a carne podre que a flor emite com o objetivo de atrair insetos para a sua polinização e conservação. Foi derivado a este cheiro que esta flor ganhou o nome de Flor-Cadáver.
As cores desta planta tropical variam entre amarelo, verde e fúscia, mas só podem ser vistas durante as 72 horas em que a floração dura.
Esta flor foi descoberta em 1878 nas florestas tropicais de Sumatra (Indonésia) e está em perigo de extinção, razão pela qual a rede de jardins botânicos europeus troca sementes anualmente para conservar as espécies.
Quando floresce, pode atingir três metros de altura, embora este ano tenha permanecido em 2 metros e 12 centímetros.

Foto: net
© Carlos Coelho

domingo, 14 de junho de 2020

Sombras



“Há uma espécie de vergonha em assumir para si mesmo que ‘tendo tudo para ser feliz’, afinal não se consegue chegar lá. Que há pequenos acontecimentos de outros tempos (…) que regressam ciclicamente à mente, os sonhos e influenciam o dia-a-dia.”

É ponto assente que os povos felizes não têm história. Ainda assim, suspeita-se da afirmação, ou pela descrença num qualquer estado de beatitude relativamente permanente a que se possa chamar de felicidade, ou pela circunstância de não se lobrigar onde estejam os tais povos sem história. Por demasiadas razões, provavelmente mais das pessoas que dos povos e mais individuais que colectivas, parece que a capacidade e o desejo de provocar acontecimentos, embarcar em ideias que têm consequências, viver emoções e significar os dias e a vida, chega e sobra para entrar numa especial corrente de tempo a que depois se chama história.

Mas a ideia da afirmação percebe-se: são os acontecimentos, a ausência de rupturas bruscas, a continuidade sem sobressaltos, o fluir dos dias de forma esperada e previsível que, ao não permitirem pontuações especiais, recordações especiais e comemorações especiais, anulam um qualquer carácter histórico.

Por qualquer razão, algumas pessoas dispõem-se a adaptar à sua dimensão esta frase bonita e a fazerem de conta que não têm história, que tudo o que sentiram e viveram era exactamente o esperado e adequado e que por isso, pelo facto de não terem história, são, têm de ser, felizes, ou pelo menos contentinhas. Como não provêm de famílias disfuncionais, não sofreram maus tratos nem negligências assinaláveis, nunca tiveram fome ou frio, não foram espancadas nem perseguidas, não passaram por guerras nem tiveram doenças graves, então aconteceu-lhes o mesmo que a toda a gente, sem mérito, sem história, sem narrativa possível nem razões e argumentos para invocar como justificação ou explicação compreensiva dos seus estados de infelicidade.

Por qualquer razão, há uma espécie de vergonha em assumir para si mesmo que “tendo tudo para ser feliz”, afinal não se consegue chegar lá. Que há pequenos acontecimentos de outros tempos, pequenas sensações do passado, minúsculos dizeres de pessoas que já desapareceram ou perderam importância, que regressam ciclicamente á mente, aos sonhos, e influenciam o dia-a-dia, como se tivessem importância.
Parece estranho que memórias antigas e lembranças, de estatuto e veracidade duvidosos, deixem lastro e penetrem todas as relações e, sobretudo, na capacidade de desfrutar, ou não, o que vai acontecendo.

Queira-se ou não, o que aconteceu e o que se sentiu é, à escala individual, a forma de mensuração do mundo. Mais acontecimentos, maior espectacularidade, não se traduz em maior sensibilidade ou emoção. Cada um tem a história que tem, e porque é a sua é, necessariamente, a de referência e a mais importante. Seguro mesmo é que as pessoas felizes têm história. E sabem que a têm.

Fonte: Revista Caras
Texto: Isabel Leal / professora de Psicologia Clinica no ISPA
Foto: net
© Carlos Coelho

sábado, 13 de junho de 2020

Pierre-Auguste_Renoir



Flores de Renoir

Pierre-Auguste Renoir (Limoges, 25 de fevereiro de 1841 — Cagnes-sur-Mer, 3 de dezembro de 1919) foi um pintor francês que iniciou o desenvolvimento do movimento impressionista. Conhecido por celebrar a beleza e, especialmente, a sensualidade feminina, diz-se que Renoir é o último representante de uma tradição herdada diretamente de Rubens e terminando com Watteau.
Ele foi pai do ator Pierre Renoir (1885–1952), do cineasta Jean Renoir (1894–1979) e do ceramista Claude Renoir (1901–1969). Foi avô do cineasta Claude Renoir (1913–1993).
Pierre-Auguste Renoir foi um pintor francês que iniciou o desenvolvimento do movimento impressionista.

Fotos da Net
© Carlos Coelho

sexta-feira, 12 de junho de 2020

A bula 'MANIFESTIS PROBATUM'


A bula 'MANIFESTIS PROBATUM', documento fundador de Portugual

A 23 de MAIO de 1179 - A bula 'MANIFESTIS PROBATUM' confirmou D. Afonso Henriques como rei de Portugal e colocou o novo reino sob a protecção directa do Papa. Para os portugueses foi o coroar de anos de esforços diplomáticos.


A bula Manifestis Probatum, o documento fundador do reino

«A 23 de maio de 1179, o papa Alexandre III emitiu uma bula dedicada ao rei português D. Afonso Henriques e aos seus herdeiros, na qual reafirmava a proteção da Santa Sé e continha a seguinte declaração: “concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos”.

Assim, e pela primeira vez, o papa declarava de forma inequívoca o reconhecimento de Portugal como reino e de D. Afonso Henriques como rei, e salvaguardava os territórios adquiridos na guerra como fazendo parte integrante de Portugal. Foi um passo decisivo para a independência de Portugal e para D. Afonso Henriques, então já muito perto dos 70 anos de idade, que via finalmente ser-lhe reconhecida a dignidade e o título de rei.
Nos termos do Tratado de Zamora, em 1143, Afonso VII de Leão e Castela reconheceu Portugal como reino e D. Afonso Henriques como rei, mas isso não era suficiente. O rei de Castela e Leão intitulava-se imperador e, portanto, apelidar o seu primo de rei era até uma forma de aumentar o seu próprio prestígio.


A estratégia de D. Afonso Henriques e dos seus homens, nomeadamente de D. João Peculiar, arcebispo de Braga, visava obter o reconhecimento direto do Papa, devido à importância que possuía na cristandade europeia da época. Declarou-se vassalo da Santa Sé e manobrou nos meandros diplomáticos para obter a separação e a primazia do arcebispado de Braga sobre Toledo e Santiago de Compostela.
Esta posição fazia naturalmente parte de uma estratégia diplomática mais vasta, junto de outros reinos da Europa, para acentuar a distinção e a autonomia de Portugal como reino soberano e independente. Mas continuava a faltar o reconhecimento da Santa Sé. Ao fim de quase 40 anos, finalmente, o papa Alexandre III concedeu-lhe o estatuto desejado.

O processo foi naturalmente lento porque dependeu da alteração da conjuntura internacional. O reconhecimento da independência de Portugal não agradava, naturalmente, aos reis de Castela-Leão. Mas a morte do imperador Afonso VII e a separação destes dois reinos, em 1157, assim como a emancipação definitiva de Aragão, facilitou as pretensões de D. Afonso Henriques.
Por outro lado, a autoridade do papado esteve enfraquecida ao longo do século XII, com o envolvimento em querelas com o Sacro Império Romano-Germânico e o surgimento de vários anti-Papas.


A eleição de Alexandre III, em 1159, alterou este cenário. Alexandre III era um personagem enérgico, que pretendia desempenhar novamente um papel interventivo na cena política internacional.
No mesmo ano em que emitiu a bula Manifestis Probatum, Alexandre III convocou o 3º Concílio de Latrão, no qual a Santa Sé voltou a afirmar-se como o árbitro da Europa. O reconhecimento de Portugal e de D. Afonso Henriques constituiu, portanto, um sinal de afirmação da sua própria autoridade.»

Fonte: RTP Ensina
Fotos da net

© Carlos Coelho




quinta-feira, 11 de junho de 2020

Madonna


Fotos no set de filmagem, por Alberto Tolot.





Em 25 de janeiro de 1989, após oito meses de negociações, a Pepsi anunciou que tinha assinado com Madonna um contrato de um ano, pelo qual pagariam US $5 milhões. Madonna apareceria em uma série de comerciais de televisão e a Pepsi patrocinaria sua próxima turnê, prevista para o final daquele ano. 







O diretor contratado pela Pepsi para o comercial foi Joe Phytka, que havia planejado os anúncios de Michael Jackson para mesma empresa. Segundo Pytka, quando ele foi pela primeira vez à casa de Madonna em Hollywood Hills para discutir o comercial, ela não tinha ideia de que seria apresentado. 

Pytka diz: "Michael Jackson sempre tinha em casa um sistema de som especial para cantar e gravar, então eu perguntei a Madonna onde estava o dela. Ela disse: 'O que? cantar?'". Joe alega que ela também se assustou quando a pediu para dançar no comercial. 

Ele achava que dançar era importante, porque é uma das principais coisas que o público associa à Madonna. Quando Joe contratou um coreógrafo, Vince Paterson, e Madonna viu os passos que ele estava ensinando aos outros dançarinos, ela imediatamente insistiu em fazer sua própria dança. 


Ao contrário de Michael Jackson e Whitney Houston, Madonna se recusou a inserir a palavra Pepsi em sua música para o comercial. "Eu não colocaria a Pepsi em nenhuma das minhas músicas - a Pepsi é a Pepsi e eu sou eu", explicou ela, "Considero um desafio fazer um comercial que tenha algum tipo de valor artístico".

Durante a transmissão do Grammy Awards apareceu, uma amostra (teaser) do comercial foi exibido. No anúncio, um aborígine australiano é visto caminhando por quilômetros no interior para chegar a uma televisão a tempo de ver a estreia mundial do próximo comercial da Madonna com a Pepsi. 

Em 2 de março, conforme anunciado no teaser, o comercial foi exibido no intervalo do programa de TV número um na América, "The Cosby Show", e em todo o mundo simultaneamente em 40 países, às 20:02.


O comercial intitulado "Make a Wish" de dois minutos, retratou Madonna voltando no tempo para revisitar suas memórias de infância, publicidade que eles jamais poderiam ter esperado.

Os planos/etapas da Pepsi eram:

1) 25 de janeiro, Madonna assina seu contrato e, na manhã seguinte, o acordo se torna notícia de primeira página no USA Today.
2) 22 de fevereiro, a Pepsi divulga um teaser na transmissão do Grammy Awards anunciando a estreia do comercial, em 2 de março. Seria também, uma estreia mundial via satélite da inédita música "Lika A Prayer".
3) 2 março, o comercial com 30 segundos irá ao ar.
4) 3 de março, a MTV estreia a versão própria de Madonna, o clipe de "Like A Prayer", recebendo um mês de duração exclusivo no clipe.
5) 21 de março, o vídeo e single "Like A Prayer" chegaria às lojas, ambos tornando hits instantâneos.
6) Madonna grava um segundo comercial para a Pepsi, anunciando sua próxima turnê.
7) Madonna sai em turnê, apresentando logotipos da Pepsi em todos locais.

O comercial da Pepsi foi exibido em quarenta países ao redor do mundo, com uma audiência estimada em 250 milhões de pessoas. Não foi apenas a primeira vez que uma música de um disco estreou em um comercial, mas foi a primeira vez que um comercial de TV recebeu uma estreia especial por satélite em todo o mundo. 


Até então, tudo estava indo conforme o planejado. No entanto, no dia seguinte, quando a versão de Madonna de "Like A Prayer" fez sua estréia na "pesada rotação" da MTV, o inferno começou. 
No vídeo de Madonna, que testemunha um assassinato, se depara com uma igreja, beija a estátua de um santo, faz amor com um homem negro num banco de igreja, dança na frente de cruzes em chamas, canta com um coro da igreja e mostra estigmas hemorrágicos nas duas palmas de sua mão, como se ela tivesse sobrevivido a uma crucificação. 


Somente Madonna conseguiu fazer esse vídeo - é tempestuoso, misterioso, trágico, violento, sombrio e emocionante. Antes de sua exibição, Madonna explicou a diferença entre o anúncio da Pepsi e sua própria apresentação em vídeo: 

"O tratamento para o vídeo é muito mais controverso. Provavelmente vai causar muitos nervos em muitas pessoas. E o tratamento para o comercial é ... quero dizer, é um comercial. É muito, muito doce. É muito sentimental."

Fotos da Net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Frédéric Passy


(Prémio Nobel da Paz de 1901)


Frédéric Passy (Paris, 20 de maio de 1822 — Neuilly-sur-Seine, 12 de junho de 1912) foi um político francês. Recebeu o Prémio Nobel da Paz de 1901. Fundou, juntamente com William Randal Cremer, a União Interparlamentar. Foi fundador e presidente da Sociedade Francesa para a Paz.
O Trabalho de Passy pela paz começou durante a guerra da Criméia (1853-56). Seu apelo pela paz no periódico Le Temps (1867) ajudou a evitar a guerra entre a França e a Prússia sobre o Luxemburgo. No mesmo ano, fundou a Liga Internacional para a paz, mais tarde conhecido como a sociedade francesa para a arbitragem internacional. 


Após a guerra Franco-alemã (1870-71) declarou independência e neutralidade permanente para a Alsácia-Lorena. Como membro da Câmara dos deputados franceses (de 1881), com sucesso instou a arbitragem de uma disputa entre a França e os Países Baixos relativo a fronteira da Guiana francesa, Suriname. Ele ajudou na fundação da União Interparlamentar (1888) e permaneceu ativo no movimento de paz para o resto da sua longa vida.

Fotos: Da Net
© Carlos Coelho

terça-feira, 9 de junho de 2020

Os 10 quadros mais caros de sempre


Se pensa que poderá ver as obras mais valiosas num qualquer museu de uma capital europeia, terá de conter a sua curiosidade. Isto porque tal só será possível se um dos proprietários decidir empresta-lo a uma sala de exposições, a troco de uma choruda quantia, claro!


Saiba por quanto foram vendidas, em leilão, as pinturas mais caras do Mundo.


1. Retrato do Dr. Gachet, Vincent Van Gogh: 82,5 milhões de euros.


2. Au Moulin de la Galette, Pierre-August Renoir: 78 milhões de euros.


3. O Massacre dos Inocentes, Peter Paul Rubens: 76,7 milhões de euros.


4. Auto-Retrato sem Barba, Vincent Van Gogh: 71,5 milhões de euros.


5. Natureza-morta com cortina, Jarro e fruteira, Paul Cezanne: 60,5 milhões de euros.


6. Mulher de braços cruzados, Pablo Picasso: 55,6 milhões de euros.


7. As núpcias de Pierrette, Pablo Picasso: 51,7 milhões de euros.


8. Mulher sentada no Jardim, Pablo Picasso: 49,5 milhões de euros.


9. Íris, Vincent Van Gogh: 49 milhões de euros.


10. O sonho, Pablo Picasso: 48,4 milhões de euros.

Fonte: Revista Ego
Fotos da Net
© Carlos Coelho



segunda-feira, 8 de junho de 2020

Giotto



Giotto di Bondone, conhecido por todos simplesmente como Giotto, foi um dos maiores pintores do mundo. Nasceu em 1267, em Itália, e em criança era um pequeno pastor.
Narra a lenda que o mestre Cimabue, que era um grande artista, vi-o um dia enquanto apascentava as ovelhas. Giotto desenhava nas pedras que encontrava no prado e a sua grande habilidade levou Cimabue a admiti-lo na sua oficina. Pouco tempo depois, Giotto fez uma simpática brincadeira ao seu mestre: desenhou uma mosca sobre o nariz de um rosto que Cimabue estava a pintar. Quando o mestre viu a mosca, tentou afastá-la com as mãos… Aquele insecto estava tão bem pintado que parecia verdadeiro!!!

Giotto foi um artista único! Foi o pintor que iniciou a arte moderna, inventando um estilo novo: nos seus quadros, as pessoas exprimem os sentimentos e as emoções que experimentam: alegria, espanto, dor… Antes dele, nenhum pintor desenhara deste modo! Giotto foi chamado o “discípulo da Natureza”, porque também foi o primeiro a pintar as paisagens e as pessoas de um modo semelhante à realidade. Vendo as suas pinturas, também todos os outros artistas descobriram este novo modo de fazer Arte. As suas pinturas mais importantes são as “Histórias de São Francisco”, que pintou por volta de 1295.Estátua de Giotto


Estátua de Giotto

Conta-se que uma vez o Papa Bento XI, curioso pela fama de Giotto, enviou até ele um amigo, para lhe pedir um desenho que mostrasse a sua habilidade. Giotto pegou numa folha, mergulhou um pincel na tinta vermelha e sem o auxílio de qualquer instrumento, só com uma mão, desenhou um círculo perfeito. «Só isto?», perguntou o amigo do Papa. «Até é demais!», respondeu Giotto. E, de facto, o Papa chamou-o logo para trabalhar em Roma, porque tinha percebido o seu talento Excecional!

Fonte: Revista Cidade Nova
Texto: Patrizia Bertoncello
Fotos da Net
© Carlos Coelho

domingo, 7 de junho de 2020

O medo das aranhas


Investigação revela origem da fobia


O medo de aranhas é muito comum. Dizem as estatísticas que uma em cada três mulheres tem medo delas, e que um em cada cinco homens também. Poder-se-ia dizer que é uma reacção natural, parte do equipamento biológico do ser humano com vista á sobrevivência, já que muitas aranhas são venenosas. Foi para testar esta ideia que o psicólogo alemão Georg Alpers, da Universidade de Wurzburg, idealizou uma experiência. Se esta ideia do medo instintivo fosse verdadeira, então as pessoas teriam também medo de outros bichinhos rastejantes ou com ferrões, como as vespas. Mas os resultados mostraram que não, o que levou o investigador a colocar a hipótese de o medo das aranhas ser aprendido. Ver outras pessoas com medo é quanto basta, o que remete para um mecanismo de defesa colectivo, de espécie. “Como no tempo da peste, em que uma pessoa dava o alarme em relação a um bichinho perigoso e todos se acautelavam”, disse Alpers, citado pela revista New Scientist.

Fonte: Revista Notícias Sábado
Texto: Filomena Naves
Fotos da Net
© Carlos Coelho

sábado, 6 de junho de 2020

Há 379 anos


Outra vez independentes


Ao fim de 60 anos de domínio espanhol Portugal voltou a ter um rei português.
A 1 de dezembro de 1640, uma conspiração de nobres acabou com a união ibérica e aclamou rei D. João IV (1604-1656). Quem restaurou a independência e entregou a coroa ao duque de Bragança foram os sucessores dos nobres que em 1580 tinham reconhecido a legitimidade de Filipe I (II de Espanha) porque este lhes garantia os seus privilégios e interesses. Passados 60 anos, não quiseram suportar mais o peso dos impostos, as guerras e as desc0nsiderações do Governo de Madrid.

Quando Filipe II de Portugal (III de Espanha) fez a sua entrada solene em Lisboa, em junho de 1619, foi recebido com festejos. Mas ao fim de poucas semanas de permanência eram constantes os conflitos entre nobres portugueses e espanhóis da comitiva real. Foi o último espanhol a visitar Portugal como rei do nosso país.


Filipe II de Portugal (III de Espanha)

Em 1621, sucedeu-lhe Filipe III (IV de Espanha), que entregou o Governo a Gaspar de Gusmão, conde-duque de Olivares, estadista consciente da decadência do império espanhol e da necessidade de reformas. Uma das principais passava pelo fim da autonomia portuguesa – garantida nas Cortes de Tomar de 1581, que aclamaram Filipe I -  e pela redução do país à condição de província espanhola. Entre outras medidas, notou-se desde logo o agravamento dos impostos destinados a financiar as guerras em que Espanha estava envolvida, com destaque para a “meia anata”, paga pela nobreza, e para o “real da água”, imposto indirecto sobre o consumo da carne e do vinho, que atingia toda a população.


Filipe III (IV de Espanha)

Os nobres começaram a conspirar. Os monges de Alcobaça forjaram documentos “históricos” para legitimar a independência de Portugal, como as actas das Cortes de Lamego. O povo reagiu com revoltas sucessivas, com destaque para o motim das Maçarocas, no Porto, em 1629, e as “alterações de Évora”, em 1637. Os revoltosos chegaram a dominar a cidade alentejana e a publicar manifestos assinados por um tal Manuelino, um louco da terra.

Olivares percebeu que por detrás destas insurreições “espontâneas” estava um movimento organizado visando destruir a união ibérica. Ao rebentar a revolta da Catalunha, em junho de 1640, Olivares convocou todos os nobres portugueses para acompanharem o rei a Aragão.


Revolta da Catalunha, em junho de 1640

A convocatória visava sobretudo o duque de Bragança, D. João, que no ano anterior fora nomeado “governador geral das armas do reino de Portugal”. O cargo destinava-se a mantê-lo sobre vigilância – ou não fosse ele o herdeiro da última dinastia portuguesa, logo o principal pretendente à coroa, no caso de uma eventual restauração da independência.

Sempre que o duque de Bragança saía da sua “corte” de Vila Viçosa e se deslocava a Lisboa ou a outra localidade era recebido com banhos de multidão. Foi o que aconteceu em Almada, em junho de 1639, onde quatro nobres (D. Antão de Almada, D. Miguel de Almeida, Jorge de Melo e Pedro de Mendonça Furtado) lhe expuseram os planos para derrubar o Governo de vice-rainha D. Margarida, duquesa de Mântua.


D. Margarida, duquesa de Mântua

D. João não se comprometeu, mas nomeou um homem da sua confiança, João Pinto Ribeiro, para acompanhar os conspiradores.
Na manhã de 1 de dezembro de 1640, os conjurados entraram no palácio do Governo, ao rossio (hoje palácio da independência), dominaram os guardas, prenderam a vice-rainha, mataram o secretário do Governo, Miguel de Vasconcelos, considerando português traidor, e atiraram-no de uma janela. Foi dessa janela, perante o povo que, entretanto, acorrera ao Rossio, que o velho D. Miguel de Almeida aclamou o duque de Bragança como rei D. João IV.


D. João IV

Os representantes do povo apoiaram desde logo o golpe da nobreza, que contara com a conivência do clero, designadamente do bispo de Lisboa e dos jesuítas.
Apanhado de surpresa, O Governo espanhol tardou a reagir,ocupado com a repressão da revolta da Catalunha. O compasso de espera revelou-se precioso para sobrevivência da nova dinastia portuguesa. Aclamado em todo o país e na maior parte do Império ultramarino (com a excepção de Ceuta), D. João IV mobilizou todos os recursos para a defesa.

A guerra da Restauração durou 28 anos. Em 1668, pelo tratado de Madrid, a Espanha reconheceu a independência de Portugal.

D. Luisa de Gusmão


Antes morrer reinando

Consciente dos riscos que corria como herdeiro dos reis de Portugal, o duque de Bragança ficou conhecido pela prudência que punha em todos os seus actos. Dele se dizia que “era bom confessor: ouvia e calava”. Ao contrário, a mulher, D. Luísa de Gusmão (1613-1666), da mais alta nobreza espanhola, era voluntariosa, e notando no marido sinais de hesitação instigou-o a aceitar a coroa que lhe ofereciam os conspiradores do 1 de dezembro: “Antes morrer reinando que acabar servindo”, terá dito.

Fonte: Revista Notícias Sábado
Texto: João Ferreira
Fotos da Net
© Carlos Coelho