sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Soares dos Reis

As duas únicas estátuas que Soares dos reis esculpiu em granito

Retrato de Soares dos Reis por Marques de Oliveira

No alto da rua que o célebre Corregedor Almada e Mendonça abriu e tem o seu nome, ligando a «baixa» com o campo de Santo Ordeo, foi construída, no último quartel do século passado, a Capela do Divino Coração de Jesus, réplica da famosa «Sainte Chapelle» de Paris.

É do melhor granito de S. Gens e mandou-a edificar o abastado capitalista José Joaquim Guimarães Pestana da Silva, engenheiro e figura de grande relevo e destaque nos meios portuenses.
Tanto pelas linhas, conjunto arquitectónico e ornamental, como pelas preciosidades que a valorizam, interior e exteriormente, é um monumento digno de alto espírito do seu fundador e das melhores jóias do tesouro artístico da capital do norte.
É que na Capela do Divino Coração de Jesus, mais conhecida pela Capela dos Pestanas, encontram-se numerosos trabalhos do mais desventurado e genial artista português – Soares dos Reis -, que modelou e esculpiu no granito, ao jeito gótico, as estátuas de S. José e S. Joaquim; os ornatos do interior e do exterior; os pináculos, rosetões e mísulas, os doceis, as platibandas, etc.


A cerimónia do lançamento da primeira pedra realizou-se em fins de 1878, gastando-se na sua construção a avultadíssima soma de 22 mil libras.
«A frontaria é preenchida a meio por uma torre saliente e amparada nos cunhais, até à altura da nave, por gigantes decrescentes, de três secções, providos de cornijas. Rasgam-na interiormente arcos ogivais, um em cada face, de duas arquivoltas emolduradas, o que lhe permite servir de átrio ou alpendre, coberto com abóbada, nervada, uma rosácea em trevo, quadrilobulada e cingida por uma orla de miosótis soltos de oito pétalas, em alto-relevo, cujo vivo cerra um vitral, sobrepujando o arco da frente, á qual correspondem nos outros parâmetros seteiras vazadas.
«No andar superior, onde se guardam os sinos, alinham-se, em cada lado, janelas gémeas e ogivadas, mui esguias, de dois toros emoldurados e com os vivos ocultos com rótulas; nos ângulos das arestas chanfradas erguem-se colunelos, os quais rematam acima da cornija, pináculos apainelados e cogulados nas esquinas.
«Cada empena tem a decorá-la um sóbrio florão. Constitui a cobertura da torre um alto carochéu em flecha, vazado com duas séries de trilóbulos, no vértice do qual se firma a cruz de ferro à altura de 20 metros. Aos lados da fachada é que, em mísulas, estão as duas estátuas de S. José e S. Joaquim, as únicas que Soares dos Reis esculpiu em granito».


Esta é a descrição sucinta que um arqueólogo e crítico de arte faz do exterior da Capela do Divino Coração de Jesus, dando também conta das opiniões discordes de escritores ilustres sobre as estátuas de S. José e S. Joaquim. Fortunato de Almeida apontou-lhe o defeito de serem muito humanas e Teixeira Gomes classificou-as de obras de falsa ingenuidade. O Professor Joaquim de Vasconcelos elogiou-as sem restrições, sendo aplaudido pela maioria dos críticos e amadores de arte.
O interior da capela é muito gracioso e a luz coada através dos vitrais dá místico encanto ao ambiente. Nas paredes e nas abóbadas foram pintadas primorosas imitações de tapeçarias. Uma grade de bronze separa a nave do altar-mor, também de bronze, dividido em sete nichos de fundo esmaltado, ao gosto bizantino, sendo a base decorada com blocos de cristal. O sacrário, lâmpadas e lampadários são góticos e de bronze dourado e foram executados em Gand, sob desenhos do barão de Béltume.

Interior da Capela dos Pestanas

A Capela está ligada ao Palácio dos Pestanas por uma «passerelle» coberta de vidro, que bastante lhe prejudica a elegância e beleza. Se se encontrasse no meio de um jardim, em ponto elevado, ofereceria aos olhos dos amadores de arte, motivo de surpreendente efeito, ressaltando em toda a plenitude as suas linhas admiráveis.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Como se orientavam os primeiros navegantes?


As aves possuem um maravilhoso instinto de orientação que está vedado à espécie humana. O homem não saberia orientar-se se, carecendo dos aparelhos que para isso se têm inventado, o situássemos numa planície deserta ou na imensidade dos mares, onde não encontrasse um ponto de referência.


Sabemos que, com o auxílio da agulha náutica, cruza o marinheiro os mares duma para outra parte do globo com precisão matemática; que também serve a bússola para determinar o caminho conveniente se pretendêssemos atravessar os imensos areais dos desertos do Sahara ou da Arábia. Mas tão úteis instrumentos, ainda que date o seu uso de era remotíssima, não existiam, sem dúvida, na época das primeiras navegações. Se isso foi assim como se orientariam no mar os primeiros aventureiros que se atreveram a sulcá-lo?

Primeiras navegações


Segundo o testemunho assente dos historiadores, foram os fenícios os primeiros navegantes: povo eminentemente produtor e comerciante, não é de estranhar que, impelido pela necessidade de expansão, surgissem dele os iniciadores da navegação, que, anos mais tarde, devia unir entre si os povos e confundi-los numa comum civilização.
Naquela época isto representava uma proeza que só podia ser levada a cabo pelos povos superiores. O perigo não estava só nos temporais que nos aterram ainda hoje, navegando nas modernas moles transatlânticas, tôdas solidez, luxo e confôrto; nem nos furacões que faziam naufragar facilmente as frágeis canoas, mas também em que os perigos mais terríveis nasciam na imaginação daquelas gentes como fruto das superstições religiosas da época. Segundo aqueles seres, as águas do mar, que por isso eram amargas, achavam-se coalhadas de sereias, ninfas, tritões e demais monstros aquáticos, que devoravam sem compaixão o ser humano que se atrevesse  a profanar, penetrando no seu elemento, o segrêdo das suas impúdicas leviandades. De bôca em bôca, contadas e acreditadas cegamente, divulgavam-se tôdas estas lendas tenebrosas…
Os primeiros navegantes transferiam-se, por isso, de um para outro país, ao amparo das costas, que não se atreviam a abandonar por temor do misterioso influxo das fascinantes nereidas.
Os pontos de referência que iam descobrindo, os acidentes das costas, os montes elevados, a variada vegetação, o desaguamento dos rios eram conhecimentos preciosos que se gravavam em sua mente para as próximas expedições e, assim, em cada viagem, navegavam com mais segurança, devido à acumulação de dados obtidos em anteriores expedições.

Sempre mais longe…



Dêste modo, foi decorrendo o tempo, sem que experimentassem a necessidade de inventar melhores meios de orientação.
Mas esta necessidade surgiu por fim: já não bastavam aos fenícios as costas do Mediterrâneo para as suas expedições. Mais que o desejo de expansão, o afã aventureiro levou aquelas gentes muito longe, mais longe de onde lhes parecia que terminava o Mundo. Existem dados históricos de navegações efectuadas pelos fenícios até ao Golfo da Guiné. Ainda que não saibamos a forma em que tais viagens se realizaram, poderia supôr-se que as fizessem sem perder de vista a costa. Mas contra essa  suposição está o facto de que, numa navegação longa como aquela, o embate dos ventos e das ondas e correntes marinhas do Atlântico dominariam as frágeis embarcações e a vontade férrea daqueles titãs.
E, uma vez internados num mar sem limites, rodeados de um imenso círculo de água que, além nos longes, se confunde com o céu, como se arranjariam para voltar às costas perdidas de vista?...
Aqueles homens, à falta de uma cultura que não podiam possuir, tinham engenho e talento naturais. Não poderia assegurar-se, entretanto que os fenícios, na sua viagem à Guiné, tivessem usado o simples sistema que vai expôr-se para averiguarem de que lado estava a terra; mas, estando enraizado o processo entre os primeiros navegantes, que nas suas incursões chegaram até aos países do Norte da Europa, muito posteriores aos fenícios, nada aventurado resulta o juízo, atendendo a que a origem do sistema pode atribuir-se a um episódio bíblico: aquele em que Noé, quando o diluvio universal tinha submergido o Mundo, lançou da sua arca uma pomba para que explorasse o estado do tempo…

Aves de exploração


Imitando Noé, aqueles primitivos navegantes, que desconheciam ainda as vantagens da agulha magnética, embarcavam corvos e, quando a incerteza de encontrarem a terra que tinham abandonado os embargava; soltavam um e observavam a direcção que empreendia. Se não regressava, podia deduzir-se que, seguindo o caminho do corvo, encontrariam terra em tempo relativamente curto. Outros corvos rectificavam ou ratificavam a direcção que seguiam, e já não cessavam de lança-los até que chegavam finalmente à vista de terra firme.
Reconhecido o terreno, observavam, mediante a direcção dos raios solares, a sua situação com respeito ao ponto da sua partida; examinavam detidamente, para que ficassem gravadas em sua mente, as irregularidades das costas e adquiriam, enfim, conhecimentos geográficos práticos, muito benéficos para o feliz êxito das posteriores excursões às mesmas paragens.
Entregues os fenícios à navegação, foi-lhes preciso, para poderem praticá-la com relativa segurança, adquirir, em Astronomia, Geometria e Matemáticas, conhecimentos superiores aos que possuíam  os demais povos.

A Bússola

Naquele tempo era o Império Chinês o que possuía uma cultura mais sólida e uma maior civilização.
Tinham os chineses realizado importantes inventos, que não se generalizavam, por um lado, pelas dificuldades de comunicação entre os povos, por outro, pela grande aversão que os chineses sentiam pelos naturais dos outros países. Conheciam êles, de longa data, a propriedade do íman e, quando conheceram a sua polaridade, tiraram disso inúmeras e úteis consequências.
Há historiadores que afirmam que os povos do Oriente, nas suas viagens marítimas através do Oceano Índico, durante os primeiros séculos da era cristã, já usavam bússola. E Destres comenta que, dez séculos antes de J.C., para caminharem pelas áridas terras da Tartária, se orientavam por meio de uma balança magnética que «semelhava uma figura humana, um dos braços indicando constantemente o sul».
Não obstante, datam do século XII as primeiras notícias que da existência dêste aparelho têm os povos do Oriente. Parece incrível que, sendo a bússola conhecida de recuados tempos pelos orientais, tardasse tantos séculos em propagar-se aos outros povos.

Caminho aberto!


A primeira bússola empregada pelos povos do Ocidente foi uma agulha magnetizada, a que davam o nome de «Pedra Marinheira» e era usada pelos navegantes do Mediterrâneo. A agulha flutuava num recipiente de água sôbre um pedacito de cortiça, indicando sempre o mesmo ponto do horizonte, e era igual á que usavam os navegantes do mar da Síria.
Mais tarde, no século XIII, um napolitano chamado Flavio Gioja, que efectuou frequentes viagens pela Arménia e pelo Japão, viu a aplicação que na Ásia davam à propriedade do íman e aperfeiçoou notavelmente a bússola. Por isso algumas vezes o navegante napolitano é apontado como inventor de tão importante instrumento.

Fonte: Revista Ver e Crer nº3 (Julho 1945)
Autor: Desconhecido
Fotos da Revista e da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

As Mansões dos famosos - 22

Pamela Anderson 


Tem quatro quartos, quatro casas de banho, sete lareiras e acesso fácil à praia.
Esta casa de Malibu, num estilo muito agrado das estrelas de Hollywood, é uma cópia de um Castelo Francês e esta avaliada em seis milhões de euros. É aqui que Pamela Anderson vai passar o Verão. Perguntarão os leitores: por que razão terá ela alugado esta mansão se já tem uma pequena cabana na mesma zona? Simplesmente porque já tinha entregue a dita para aluguer enquanto arrendava uma outra casa de praia a poucos quilómetros…
Confuso? Imagine então que a actriz que já foi seguramente a loira mais famosa do Planeta, é agora assistente de Hans Klok, um mágico que dá espectáculos em Las Vegas.

Fonte: Revista Nova Gente
Fotos da net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Não eram demónios

Não eram demónios, apenas alucinações


Quando os gregos praticavam os ritos de Eleusis em honra da Deusa Demeter e da sua filha Perséfone, bebiam uma poção chamada ‘kykeon’ que os induzia a estados de êxtase e que, por conseguinte, os levava a ter alicinações. Hoje, crê-se que a substância responsável por estas viagens imaginárias era o claviceps purpúrea, um fungo que parasita os cereais (principalmente o centeio). Possuidores de alcalóides, que têm como núcleo o ácido lisérgico, não só fazem a pessoa ‘flipar’ como intoxicam, e muito, o organismo humano. O seu efeito produz gangrena nos dedos, nariz e orelhas. Provoca também ataques epilépticos e asfixia. Em abundância, pode até causar a morte.
Até ao século XVII foram muitos os que comeram pão contaminado e que juraram a pés juntos ver demónios. É o caso de Santo António quando andava de eremita. Daí que o mal fosse conhecido por fogo de Santo António. Os antonianos consagraram-se suas vítimas e encomendaram o quadro que ilustra esta peça de Brueghel. O resultado é simplesmente alucinante.

Fonte: Revista Domingo
Foto da revista
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Raul Dufy


No dia 23 de Março de 1953 as artes Plásticas perderam um dos seus cultivadores mais apaixonados – o pintor Raul Dufy.
Em 1952, na Bienal de Veneza – onde lhe reservaram uma sala no Pavilhão francês -, obteve o grande prémio da pintura internacional. Repórteres procuram-no para entrevistas – encontram-no a pintar uma procissão na Praça de S. Marcos.
No Verão de 1952, em Genebra, tem uma última alegria ao ver a exposição retrospectiva organizada pelo Museu desta cidade.
Já não assistiu à inauguração da bela exposição do Museu de Arte de Paris – que até hoje nunca consagrara tão grande certame a um só pintor. O catálogo desta exposição – prefaciado por Jean Cassou e anotado por Benard Dorival – assinalava mais de 260 obras.


Com setenta e cinco anos Dufy demonstrou sempre, com clareza e serenidade, o seu bom humor e a sua agudeza de observação.
Gravador, pintor, ceramista, cartazista, decorador de teatro, de tecidos e tapeçarias, em tudo demonstrou talento.
Jamais se poderá olvidar o gravador das madeiras do Bestiaire, de Apollinaire; ou o gravador dos cobres de La Belle Enfant. É inegável que se lhe deve a ressurreição da gravura no livro de luxo.
As cerâmicas decorativas dos jardins-miniaturas de Artigas são duma enorme graciosidade.
Em pleno período 1910/25, em que as Artes Plásticas sofrem forte influência do «ballet» russo, da exposição de Artes decorativas de Munique, do Salão de Outono (Paris, 1910) e sobretudo das criações do costureiro Paulo Poiret, em 1920 Dufy torna-se um inovador da impressão de tecidos – O Caçador é simplesmente admirável.
As tapeçarias O Sena, O Oise,e o Marne dão-nos outra bela faceta deste homem elegante e levemente trocista.
Além de tudo isto executa a maior pintura mural feita nos últimos séculos – a decoração para o Pavilhão da Electricidade da Exposição Parisiense de 1937. Nestes magníficos painéis – que fazem a história da electricidade – estão expressos todos os dotes deste pintor: a profunda fantasia, a imaginação apoiada na realidade e a riqueza infinita da sua cor.


Esta última qualidade, a cor da sua paleta, creio bem que se filia no facto do seu nascimento no Havre. Foi a busca da cor, feita sem a menor nota de pessimismo, com um ar de simplicidade, que levou certos apressados a considera-lo um petit-maitre, foi essa busca que o levou a ser impressionista aos 21 anos, fauvista na maturidade, estudante apaixonado dos processos de Cezanne e admirador profundo de Van Gogh.
Os azuis, os verdes-amarelados, os vermelhos e os negros dos seus quadros hão-de ajudar a romper uns restos de falso academicismo porventura ainda existente.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Joaquim Navarro
Foto da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

domingo, 9 de outubro de 2016

Grécia


Uma viagem cultural
Aliar o descanso à descoberta do passado é sinónimo de optar por uns dias de férias num país onde a cultura e as raízes passadas sempre falaram e continuam a falar por si mesmas.

Foi a anfitriã de um dos maiores encontros mundiais, ou seja dos Jogos Olímpicos, mas a Grécia tem, na sua natureza, muitas e diversas atracções turísticas. Na verdade, este é um país bastante procurado, tanto pela sua beleza como pela grandiosidade e sumptuosidade dos seus patrimónios centenários e afamados além-fronteiras. Se quer reunir a tranquilidade à ânsia de descoberta, a Grécia é um destino a ser considerado.

Um passado com história


De acordo com os historiadores, a Grécia antiga construiu uma civilização que, ainda hoje, continua a exercer o seu fascínio nos vários domínios do saber humano. Desde a ciência até à política, passando pela literatura, a filosofia, a arte, entre outros campos de interesse, a sua influência mantem-se intacta e vários são os turistas que procuram conhecer um pouco melhor os segredos de um país que está tipicamente ligado ao mistério e a um passado pautado de diversos testemunhos efémeros e eternos. Apesar de quase todas as cidades serem conhecidas pelas suas raízes históricas, Atenas parece ser, ainda hoje, o local mais procurado. Para além dos Mosteiros de Meterora, uma das curiosidades mais célebres da Grécia, os turistas poderão ainda admirar o centro religioso e monástico datado dos séculos XII ao XVII, constituindo-se como uma verdadeira obra de referência.

A Paixão pelos Deuses


Se há países que são conhecidos por serem católicos ou protestantes, esta é uma nação vista como puramente mitológica. Na verdade, falar da Grécia é falar da deusa Afrodite, da Atena ou mesmo do deus Dionísio e ninguém consegue dissociar a ideia da mitologia ao conhecimento mais profundo deste país. Quem visita os locais históricos depressa se vê a “penetrar” num mundo diferente onde descobrir é a premissa principal, ao mesmo tempo que nos deixamos levar pelo mistério de uma tradição singular e única.

O Povo


Para além dos monumentos tão populares, a Grécia é também conhecida pelo seu povo. Desde sempre os gregos se destacaram em variadíssimos temas, como por exemplo, na cultura, na escrita e na matemática. Quem não conhece as divagações de Sócrates ou então o tão falado Onassis, um empresário de renome, já falecido, mas em tempos portador de uma fortuna que, ainda hoje, é vista como a maior do mundo? Uma coisa é certa: quem visita este país não se dedica apenas ao descanso. Visitar a Grécia é aprofundar os nossos conhecimentos e, acima de tudo, aprender a gostar de uma cultura que, apesar de ser uma das mais antigas, continua a ser de referência e de eleição mundial.

Fonte: Revista Click In
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da Revista
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

sábado, 8 de outubro de 2016

O Sushi

Japoneses e ocidentais estão a extinguir o atum azul, cuja carne é a base do sushi.
No Pacífico e no Índico já quase desapareceu.



Está a provocar a extinção de várias espécies de peixes. A pesca industrial já levou a que  12 tipos de tubarão ficassem comercialmente esgotados no Mar Mediterrâneo. No Mar do Norte, o fiel amigo, o bacalhau, praticamente desapareceu. E a próxima vítima, ao que parece, será o atum azul. A sua carne macia e muito apreciada – especialmente a da barriga – faz as delícias do Mundo inteiro, sob a forma de sushi e do seu “primo”, o sashimi.
A captura deste animal começou a duplicar regularmente durante a década de 1990, á medida que os pratos japoneses se tornavam populares na Europa (uma moda que chegou tarde a Portugal) e
Nos Estados Unidos da América. A actividade dotou-se de recursos tecnológicos poderosos – como sonares, aviões de reconhecimento e satélites – eliminando as hipóteses de fuga dos cardumes perseguidos.
No Mediterrâneo, há em vários países viveiros, para nde esta espécie é levada depois de pescada. Aí, ficam dentro de gaiolas, ou aquários, em processo de engorda. Quando atingem o peso ideal, são abatidos e comercializados. Claro que, com uma procura tão intensa, as populações não têm tempo para se renovar.


Cada exemplar nascido demora dez anos a ser capaz de procriar. Agora são capturados antes de conseguir fazê-lo. As duas principais zonas onde este ser cobiçado é apanhado são o Mediterrâneo e o Atlântico. Nas duas, as quantidades existentes hoje representam dez por cento das que havia na passada década de 1950. Nos oceanos Pacífico e Índico, os Japoneses capturaram-no com tal intensidade que se encontra semiextinto. Na Escandinávia, já não existe.
Mesmo nos viveiros que foram construídos no Ocidente, os stocks baixaram 25 por cento nos últimos dois anos.
Em Espanha, por exemplo, seis deles já foram encerrados.
Foi no ínicio dos anos 1960 que os nipónicos concluíram ser o atum azul um ingrediente inagualável na confecção do sushi. Mas só três décadas depois é que o consumo aumentou drasticamente.


Um estudo do Governo daquele país indica que a culpa foi do aumento do número de mulheres a trabalhar fora de casa e de pessoas a viver sozinhas. Os japoneses passaram a gastar menos 30 por cento com a alimentação no lar, ao passo que a compra de sushi em restaurantes de fast-food cresceu 30 por cento. Nos supermercados e lojas de conveniência a subida foi de 70 por cento.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Rosana Zakabi/Revista Veja
Fotos da Net

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Tikashi Fukushima


Tikashi Fukushima nasceu em 1920 em Suma, Fukushima, no Japão. Trabalha na lavoura e como desenhador de aviões. Com 20 anos emigra para o Brasil, instalando-se no interior de São Paulo, em Lins, onde conhece Manabu Mabe. Começa a pintar. Seis anos depois muda-se para o Rio de Janeiro e estuda pintura com Tadashi Kaminagai. Regressando a São paulo, em 1949 casa-se com Ai Saito, abre uma oficina de molduras e forma o Grupo Guanabara, fazendo tertúlias com vários pintores, entre os quais Arcangelo Ianelli. Participa em diferentes iniciativas, como o Salão Paulista de Arte Moderna, tendo obtido vários galardões, entre os quais p Prémio Leirner na pintura, e figurado sete vezes na Bienal de São Paulo, desde o início, em 1951, até 1967. Foi eleito presidente da comissão do Salão de Artes Bunkyo, cargo que ocupou até 1999.


“ Composição em Vermelho e Azul”, óleo sobre tela (135,5cm x 65cm), executado em 1962.

Tikashi Fukushima é mais um dos pintores nipo-brasileiros que tem grande responsabilidade na afirmação da pintura abstracta no Brasil, talvez porque, no pensamento japonês, o abstracto é o concreto firmem relações dialécticas de proximidade e intensidade. Germinando no seio de uma comunidade que se fixa no Brasil na altura da Segunda Guerra Mundial, as linguagens abstractas permitem na sua padronização a liberdade individual expressa na cor, matéria e gestualidade, que marca formalmente a tela e se afirma no primeiro plano. A obra de Fukushima, inicialmente, nas décadas 40 e 50, centrada na pintura de paisagens com alguma referência pós-impressionista, a partir de 1957 evolui para um registo mais emocional e para uma linguagem claramente abstracta. Estruturada a partir de registos de grande carga dramática, que neste caso a enorme porção de vermelho acentua. A sua pintura é sobretudo uma exposição de sensações numa simbiose entre referências a estados de espírito subjectivos e paisagens atmosféricas ou eventos cósmicos.

Fonte: Revista Caras
Texto/Autor: Júlio Quaresma
Foto da Revista
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Tiróide

Tiróide ou Triplo Reaquecedor?


A tiróide produz e liberta para a circulação sanguínea as denominadas hormonas tiroideias, as tiroxinas T3 e T4, cuja função é a de obter diversos efeitos no metabolismo e desenvolvimento do corpo, por exemplo, para a utilização da gordura corporal, a temperatura basal, a frequência cardíaca, a pressão arterial, os estados de humor, a velocidade cerebral…
Para a tiróide funcionar bem, há que ter em conta que ela necessita de duas hormonas que são geradas noutros órgãos, a hipófise e o hipotálamo, que produzem, respectivamente, as hormonas TSH e TRH, e ainda que exista um bom equilíbrio da imunidade, pois muitas vezes a origem das doenças da tiróide é a falha na imunidade, ou seja, quando o organismo fabrica anticorpos (“defesas”) contra si próprio, neste caso contra a tiróide, resultando quase sempre em quistos e nódulos, para além dos erros na quantidade de tiroxinas fabricadas. Acontece por exemplo, na tiróide de Hashimoto, muito frequente em Portugal. Os problemas de tiróide são muito comuns, sendo mais frequentes nas mulheres do que nos homens, e traduzem-se em hipertiroidismo quando há excesso de hormonas tiroideias e hipotiroidismo quando há falta destas.
O hipertiroidismo, torna o organismo “acelerado”, sendo o mal estar evidente, podendo desenvolver: palpitações, transpiração excessiva, ansiedade, tremores, perda de peso, intolerância ao calor, queda de cabelo, fraqueza geral, exoftalmia…
Já o hipotiroidismo, causa uma “lentidão” no organismo, promovendo por exemplo, aumento de peso, fadiga física e mental, dores sem causa aparente, obstipação, etc.


A medicina chinesa, identificou os quadros clínicos de disfunção tiroideia há três mil anos, enquadrando a tiróide num órgão não material, que designa por Triplo Reaquecedor, tendo funções que incluem as da tiróide e as da imunidade; ao regula-lo, pela acupunctura e fitoterapia, equilibra a tiróide em particular e os metabolismos em geral, tratando com sucesso os hipo e os híper “tiroidismos”. Curiosamente pelo mesmo mecanismo estabiliza a imunidade, o que beneficia igualmente os que sofrem de tiróide por auto-anticorpos.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Dr. Pedro Choy
Fotos da net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Coliseu dos Recreios - Lisboa

Há 126 anos a dar espectáculo
Foi a 14 de Agosto que o Coliseu abriu as portas e, desde então grandes personalidades artísticas têm brilhado no maior palco cultural do país.


Há um século, vicissitudes várias tinham levado ao desaparecimento de várias salas de espectáculo. Urgia, então, a construção de um espaço lúdico e multifuncional, vocacionado para acolher as mais diversas actividades culturais.
No dia 14 de Agosto de 1890 é inaugurada, no coração de Lisboa, uma enorme sala de variedades com capacidade para mais de 4000 espectadores: o Coliseu dos Recreios. Erguido de raiz e de arquitectura moderna, o espaço viria a ser aberto ao público ainda a sua conclusão estava longe do fim.
A honra de estreia coube à ópera cómica italiana Bocaccio. De então para cá, no subpalco escondido fizeram-se gerações de palhaços e ilusionistas, viveram-se noites de tertúlias artísticas, musicais, literárias e até se reuniram grandes vultos da I Republica, bem como da oposição á ditadura. Desde que, em 1994, se concluíram as obras de remodelação, o Coliseu dos Recreios, agora com um aspecto mais moderno, e confortável, está aberto a todo o tipo de actividades, desde congressos a catering, feiras, exposições e, até mesmo, ao circo.

Grandes Artistas num grande palco


A título de exemplo, só em 1901, o Coliseu dos Recreios registou mais de 200 exibições. Pelo recinto cultural passaram companhias artísticas dos quatro cantos do Mundo. 


Margot Fontaine
Todos os grandes nomes nacionais pisaram este palco, mas também personalidades internacionais, como é o caso do Ballet Russo, Nijinski, da grande cantora Conchita Supervia, Margot Fontaine e Maurice Béjart.

Fonte: Revista Maria
Texto: Samuel Ferreira
Fotos da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Curiosidade


Somos todos curiosos. Não faz mal, dá jeito e, em termos desenvolvimentais, é mesmo garante de sobrevivência. Desde pequeninos que usamos o que de inato isso tem para conhecermos melhor o mundo que nos rodeia, para aprendermos os sinais de perigo e os de gratificação, para chamarmos a atenção das pessoas e estabelecermos relações.
São os mais curiosos que se interessam por mais e diferentes coisas, que exploram e levam para a frente empreitadas e obras que passam ao lado dos que, permanentemente, consideram que o que acontece ao lado não lhes diz  respeito. Claro que há curiosidade e curiosidade.
Se uma parte substancial da nossa curiosidade nos ajuda a crescer e nos serve no sentido de sermos mais e melhor, uma outra parece supérflua e até mesquinha. Prende-se a detalhes insignificantes, toma a parte pelo todo e a partir daí galopa na construção de histórias, que, mesmo não sendo, bem que poderiam ser, que, mesmo que sejam maledicentes, bem que poderiam ser legítimas.
É essa parte da nossa curiosidade que nos faz calar para ouvir a conversa da mesa ao lado entre pessoas que nunca vimos; que nos faz abrandar, quase parar, para ver o tal acidente na auto-estrada; que nos conduz a ler nas revistas aspectos picantes ou triviais da vida de artistas ou figuras públicas, ilustres desconhecidos que têm casas giras, profissões diferentes ou nomes de família.
Interessamo-nos cheios de lata ou disfarçadamente, por aspectos que, juramos a pés juntos, não têm interesse nenhum, não nos dizem respeito, nem tocam, mesmo que ao de leve, no nosso quotidiano morno. Dizemos sempre que aproveitamos as idas ao médico ou ao cabeleireiro para nos pormos a par dos pequenos escândalos e dos acontecimentos sociais, que, valendo o que valem e sendo o que são, nos dão espaço para acreditar que há vidas leves e despreocupadas, que há criaturas que passam os seus dias a preparar-se para noites de festa.
Passamos os olhos pelas notícias dos jornais e das televisões e o que parece sobressair são os eventos romanescos dos maridos e mulheres que se mataram a tiro e à facada, as criancinhas desaparecidas ou abusadas, os crimes pequenos ou grandes que vão acontecendo.
Seremos voyeurs? Cuscos? Criaturas infelizes com vidas chatas? Uma nova espécie de alcoviteiros de aldeia ou de senhoras que passam na janela parte do dia a controlar entradas e saídas de vizinhos e construindo a propósito enredos dignos de novelas?
Para que nos servirá saber como corre o namoro de um actor americano com uma cantora inglesa? Porque é que os maridos e os ex-maridos de uma qualquer princesa, os carros de um magnata, as viagens de uma “tia”, nos farão falta? Porque é que a violência doméstica, os acidentes de viação, a delinquência escabrosa, nos emocionam ou, pelo menos, nos chamam a atenção?
Porque é que polarizamos a vida e os acontecimentos em duas categorias simplistas e reducionistas: de um lado os contentinhos bem cheirosos a quem só acontecem coisas boas e do outro os desgraçados da sorte enredados em tragédias e cenas tristes?
Sabendo nós que estes extremos correspondem à espuma insignificante das representações possíveis, porque é que preferimos umas ou outras, porque é que não nos contentamos coma trivialidade das informações precisas e desapaixonadas que, por mero acaso, nos chegam às mãos?
Há respostas sofisticadas para isto. Mas serve perfeitamente a justificação que ouvi hoje: “ Ainda bem que dá para perceber que o mundo está cheio de gente mais estranha que eu.”

Fonte: Revista Caras
Texto: Isabel Leal (Professora de Psicologia)
Foto da Net

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Marrocos

Taghazout - Na rota do surfe



Taghazout fica alguns quilómetros a norte de Agadir. Ao todo, desde Lisboa, são mais de mil e duzentos quilómetros. Cerca de dois dias na estrada e algumas horas na fronteira, a correr de um guiché para o outro, sem perceber muito bem porquê. Porém toda esta distância, física e psicológica, é o pretexto ideal para ir parando ao longo da viagem em locais como Chefchauen, Fés ou Marraqueche.


Chegámos quatro dias depois de termos partido de Lisboa, perfeitamente extasiados pelas primeiras impressões de Marrocos. Visitar um país tão diferente pela primeira vez parece que abre todos os poros dos sentidos. Por mais que se oiça falar de um sítio, experiências são experiências, e cada um faz as suas. São coisas que não se aprendem em livros, vivem-se. E intensamente…


Longe do luxo de Agadir, que caracteriza a que é considerada a mais bela e hospitaleira estação balnear de Marrocos, Taghazout é uma pequena vila piscatória, destino popular para surfistas, numa pequena enseada que abraça o mar. Como habitual, é em redor de uma pequena praça que se desenrola o tradicional comércio marroquino, onde se compram as coisas essenciais, desde o peixe ao tabaco. É atrás de uma fachada de casas simples e ruas poeirentas que existe um conjunto de ruelas que desemboca, invariavelmente, num pequeno porto de pesca. E é lá, junto ao mar, que se consegue ter a verdadeira percepção da extensão e beleza da vila.


Tal como a maioria dos destinos de surfe, Taghazout oferece condições básicas. Com a evolução do turismo de surfe surgiram as primeiras infra-estruturas, como pequenos restaurantes e lojas familiares. No entanto, é também neste tipo de locais, que de um momento para o outro, sem darmos por isso, já tratamos os donos das pensões por tu e somos nós próprios a galgar a recepção para apanhar a chave do quarto. As portas vão-se abrindo e de repente, por alguns instantes, sentimos que fazemos parte deste lugar.


A harmonia que se vai criando, com as pessoas da vila, marroquinas ou estrangeiras, o mar lindíssimo a dois palmos das janelas, picos de surfe invejáveis e consistentes mesmo à frente das casas e a simplicidade com que se vivem os dias ajudam a sentirmo-nos bem. É também nestas pequenas vilas que todos os dias se conhecem novas pessoas, com um livro de histórias para contar, que enriquecem inevitavelmente qualquer viagem.

Só em lugares como este é que os dias vão passando um a um, sem se dar conta. Que faz também com que o dia seguinte chegue como dádiva de Alá, que traga boas ondas, bom sol e boa gente.

Fonte: Revista Caras
Texto: Alexandre Khull de Oliveira
Fotos da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

sábado, 1 de outubro de 2016

Elvis Presley

A vida atribulada de Elvis Presley – Muito sucesso, mas infeliz no amor


 O maior ídolo musical do Seculo XX morreu sozinho, há    anos, vítima de um ataque cardíaco. Resumindo: Partiu milionário mas triste.

Elvis Presley foi dono de uma voz verdadeiramente inconfundível. Decorridos alguns anos após o seu falecimento, a melhor prova  do que acabamos de afirmar é as suas canções continuarem a ser ouvidas e apreciadas no Mundo inteiro. É assim que acontece com os mitos: vivem eternamente e têm dons extraordinários. E Elvis era ainda dono de uma rara beleza e elegância em palco, que fazia as mulheres delirarem.


O seu estilo inovador de actuar no palco – agitava de um lado para o outro o microfone – e o modo de interpretar as letras das suas canções revolucionaram a música. O disco Heartbreak Hotel, editado em 1956, foi o primeiro grande sucesso de Elvis; vendeu mais de um milhão de cópias, nos EUA, e deu origem ao género rock and rol. Apesar de estar morto, conseguiu manter dezenas de clubes de fãs dedicados ao culto da sua imagem no Mundo. Ironia das ironias: Elvis nunca saiu para dar um espectáculo fora dos Estados Unidos.
O cantor nasceu no dia 8 de Janeiro de 1935, em Tupelo, Mississípi (EUA). Filho de Vernon e Glady Presley, a adolescência foi vivida em condições muito precárias. Elvis sempre foi muito ligado á família, mas a pessoa que mais amava era a mãe. Ele era também “doido” por música, mas essa paixão contrastava com as más notas no colégio e o desinteresse pelos livros. Por conseguinte, assim que terminou os estudos, teve de ir trabalhar numa empresa de electricidade. Mais tarde foi também motorista de camião e porteiro num cinema.
Musicalmente, Elvis foi muito influenciado pelas baladas populares e o country da sua época, assim como pela música que escutava na igreja ou nas reuniões evangélicas que frequentou na juventude. O género blues acentuou, também, a sua formação musical.
Assim, antes de tornar-se famoso, os editores discográficos norte-americanos souberam logo que tinham entre mãos uma mina de ouro.

A decadência

Com efeito, nas décadas de 50 e 60 (período áureo da carreira do cantor), Elvis vendeu milhões de discos, no Mundo Inteiro, juntando uma fortuna incalculável. Aventurou-se também no cinema – o seu maior sonho era ser actor – fazendo mais de 30 filmes. No entanto, nunca alcançou o mesmo sucesso do qual gozou enquanto cantor.


No princípio dos anos 70, fazia ainda muito sucesso, cantando em espectáculos ao vivo. Porém, o consumo de drogas excessivo e os diversos romances extraconjugais em que se envolveu, acabariam por ser-lhe fatais. Nesse período, foi mesmo abandonado pela mulher. Ainda se envolveu com uma jovem modelo, de 20 anos, que lhe fazia lembrar Priscilla, mas a relação, naturalmente, acabou mal.

Priscilla trocou-o por um professor


Só duas mulheres marcaram o cantor: Ann-Margret e Priscilla Presley. A última tinha 14 anos quando conheceu Elvis, na Alemanha, onde este se encontrava a cumprir serviço militar. Três anos depois deram o “nó” e da união nasceu Lisa Marie. O casamento durou apenas até 1972. Priscilla fartou-se dos seus excessos (o cantor ingeria drogas e era regularmente infiel) e apaixonou-se por um professor de karaté.

Fonte: Revista Maria
Texto/Autor: desconhecido
Fotos da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð